segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Viagem III = Paris e um banho de civilização

Muita gente fala em banho de civilização e a grande maioria acha que nos países ditos civilizados os nativos são educados com os outros, principalmente com turistas. Nada disso. Os franceses de Paris ou parisienses, são extremamente mal humorados e conseqüentemente mal educados, não gostam de turistas e não falam com quem não sabe francês ou inglês. Simplesmente ignoram.
Porem ir a Paris não quer dizer conhecer franceses e sim desfrutar de uma das cidades mais belas, bem equipadas e preservadas do globo terrestre.
As linhas de metrô (sub way) são maravilhosas e em todas as direções imagináveis, as estações são incríveis e cheias de surpresas como músicos se apresentando, mágicos e pessoas de tudo quanto é tribo.
Chegando a Paris no aeroporto Charles De Gaulle, logo notei que o padrão de vida era muito superior ao de Portugal e conseqüentemente do Brasil. Era outono e um vento frio já soprava o entardecer com o céu totalmente limpo...
O hotel, na região do Moulin Rouge, nos brindou na chegada com champagne e canapés. No meio do coquetel conheci um português que ganhava a vida numa Van, transportando brasileiros do hotel para uma das lojas de perfume mais completas que já conheci. Dezenas de atendentes em vários idiomas e prateleiras lotadas dos “parfum’s” mais incríveis como os Poison, Chanel, Paris, Fahrenheit, Picasso, etc.
Esse português me perguntou se eu queria comprar perfumes eu disse que sim porem na verdade gostaria de conhecer a Torre Eiffel em primeiro lugar. Ele me disse que pela manhã iria pegar clientes no hotel e que passaria em frente à Torre e me levaria com prazer.
Dito e feito no dia seguinte, após conhecer os arredores do hotel, a Place de Clichy onde se concentram as casas de shows, principalmente pornográficos com os artistas na vitrine te chamando: -Entre, venha me ver em ação... Lá estava eu e outros conhecidos, que não foram pra Bruxelas (tinha uma brecha no pacote pra quem quisesse passar um dia na Bélgica. Muito cansativo). Eu preferi ficar em Paris e conhecer melhor a cidade luz, esperando a van rumo a Torre Eiffel.
Impressionante! Indescritível! Aquela coisa de ferro com mais de 300 metros de altura, as margens do Rio Sena (recentemente despoluído. Idos de 1988), na nossa frente esperando pra ser escalada. Sem pensar muito comprei ingresso, bem caro como tudo em Paris e logo estava eu com centenas de turistas de tudo quanto é canto do mundo sendo a maioria alemã ou japonesa. O poder aquisitivo pesa é nessas horas.
A subida do primeiro trecho, ou seja, em um dos quatro pilares de sustentação é feita de elevador em plano inclinado (tipo o da Rua do Russel na Glória, acesso ao Mosteiro da Glória - RJ), é de tirar o fôlego e fica a sensação de estar andando de lado e pra cima. Desci no primeiro patamar totalmente boquiaberto olhando pra tudo quanto era lado. Imensas esquadrias de ferro , piso de ferro e a cidade linda a redor. Pensei em não voltar dali...Escadas em todas as direções, pequenas lojinhas de lembranças, maquete da torre, como foi construída, etc. Nisso olhei pra cima e procurei a forma de continuar subindo. Outro elevador. Verificaram se meu ingresso dava direito ao segundo round e lá fui de novo. Agora o frio na barriga é intenso e o frio começa a incomodar. O visual é deslumbrante pra todos os cantos. Champs Elysées, Arco do Triunfo, Quartier Latin, Georges Pompidou, Museo D’Orsay, Louvre, La Defense (parte nova de Paris), etc.
Faltava o ponto culminante e encarei. Cheguei no topo. O ar rarefeito e os ventos sopram forte. Chegar na extremidade parece estar voando, plainando sobre Paris. As horas foram passando e nem percebi que já estava há mais de três horas contemplando o Sena, a igreja de Sacrè Coeur, a Catedral de Notre Dame. Pensei, ainda tenho quatro dias na cidade...
As únicas fotos que tenho da viagem são uma em Portugal e a outra ao lado da Torre Eiffel, pois tinha comigo uma filmadora ligada direto, o tempo todo...
 

Amilcar foi anestesiado geral!





domingo, 19 de dezembro de 2010

A Viagem II – Lisboa


Chegamos em Lisboa num domingo pela manhã e fomos caminhar pelas imediações do hotel, logo depois de deixarmos as malas nos devidos quartos. Saímos em quatro como se fossemos velhos conhecidos. Um mineiro e três paulistas, Edson Eloy, Marcos Screpeliti e Walter, esse último um grande gozador que logo estava enturmado com a grande maioria dos excursionistas.
O domingo parece ser igual em qualquer parte e Lisboa apesar de ser a capital de Portugal também é idêntica as outras cidades, pouco movimento, o comércio fechado e as ruas desertas. Porem estávamos ali pra curtir tudo e as novidades eram crescentes à medida que andávamos: bondes daqueles antigos cheios de publicidade, de madeira com ferro, automóveis minúsculos, táxis (todos Mercedes modelo sedã antigo preto com o teto verde oliva) pra todo lado, paradas de ônibus urbano com todos os horários afixados, estações do metrô, etc. Lisboa assim como o Brasil engatinha em termos de metrô, principalmente se tratando de um país que estava prestes a entrar para a comunidade européia. O metrô de Lisboa era de apenas uma linha em forma de bumerangue e mais um pequeno trecho até a exuberante estação de trens.
Eu me identifiquei rapidamente com a cidade por ser parecida com Ouro Preto, porem moderna, conservada e naquela época efervescente. Portugal estava tentando entrar para o mercado comum europeu e tinha que mudar, tinha que crescer, obras urbanas e mudanças de comportamento teriam de ser implantados. A filosofia do mercado comum europeu é principalmente a qualidade de vida de seus habitantes e isso quer dizer: transporte coletivo de ótima qualidade, segurança, economia de mercado, grau de escolaridade, previdência para aposentados de bom nível, justiça rápida e justa, leis claras e regras estáveis tanto na política quanto na economia.
Chegamos a Praça Fernando II com canteiros formando um imenso labirinto que me lembrou no mesmo instante daquele filme com o Jack Nicholson, O Iluminado. Sentamos e ficamos apreciando a paisagem. Ao longe uma lua cheia, apesar de ainda estar claro já surgia num céu limpo, ao fundo o Rio Tejo com uma ponte pênsil imensa sobre ele (Ponte Vasco da Gama), me pareceu à ponte Rio Niterói, pelo tamanho e também pela altura.
Os casais usam e abusam dos gramados na Europa. Ocupam seus lugares e fazem verdadeiros piqueniques ou namoram de uma forma bem liberal e os guardas apenas observam de longe como que os protegendo.
No lado oposto da praça depois de alguns dias de Lisboa é que fui me situar, ficava a Rotunda, quer dizer um local onde várias avenidas desembocam, uma rotatória, sendo no meio a estátua do navegador fulano de tal.
Almoçamos e jantamos ao mesmo tempo perto da praça numa espécie de self service com roleta, porém uma comida comum tipo salada e bife.
Depois fomos ao Museu Guggenheim que por incrível que pareça estava fechado, justamente num domingo. Continuamos a caminhada de volta ao hotel. Combinamos de tomar um banho rápido e encontrar no saguão para sairmos de novo e então conhecer o que seria meu local predileto: antiga zona portuária de Lisboa, que começava a ser restaurada e ocupada novamente por bares e restaurantes: o Rocio...
Não me lembro bem mas acho que fomos de táxi e num instante estávamos na Rua do Comércio que lembra muito o Rio antigo, as ruas do centro do Rio com seus vários bares e restaurantes com mesas nas calçadas.
Restaurantes de frutos do mar com vitrines em aquários onde você escolhe a lagosta ou a sapateira (um caranguejo gigante). Os preços ainda muito aquém dos preços europeus, parecidos com os Rio ou mesmo de cidades a beira mar.
Preferimos um restaurante que tinha mesas nas calçadas, mais popular, porém sempre pensando em voltar num daqueles de lagostas.
O Eloy falando com sotaque pediu um vinho da casa ou nacional e uma entrada enquanto escolhíamos o prato principal. O clima de outono, frio pra nós, o céu limpo e chega uma cesta de pães, manteiga e queijo de cabra. Não dá pra explicar o nível do pão de tão saboroso e torrado, manteiga idem e o queijo esse eu nunca vi nada igual. Ele é meio duro por fora e quase um requeijão por dentro. De dar água na boca. Pedi outra porção antes do peixe grelhado com legumes (a Jardineira), também generoso e saboroso. Nisso passamos pro vinho branco, outra preciosidade e então eu já estava flutuando.
Nisso bate a saudade da terra, da família e dos amigos. Pensei no meu pai que sempre falava de Portugal e não teve essa oportunidade que eu estava tendo e era só o começo...
Essa viagem, além de turística, tinha também o propósito de um seminário no Laboratório de Nacional Engenharia Civil (LNEC). Seria uma semana de palestras e aulas sobre obras de escoamento de águas pluviais e de preservação das construções históricas nas grandes cidades.
O LNEC é um centro de estudos localizado na periferia de Lisboa, muito bem montado, com vários galpões e departamentos, numa área arborizada e bem protegida tipo um Campus Universitário, só que voltado pra pesquisas na área de engenharia, principalmente engenharia náutica.
O curso foi ministrado por professores aposentados, grandes nomes da engenharia e da arquitetura de Portugal, empolgados em passar para os irmãos brasileiros seus conhecimentos.
Os portugueses são exímios projetistas de barragens, eclusas e ancoradouros. Ficamos deslumbrados com a réplica do Rio Tejo em escala proporcional, desde sua nascente, seus afluentes e construções ribeirinhas...

Amilcar é gajo ora pois pois

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O ET de Bicas

Somente agora, neste ano de 2010 (último de Luiz Inácio), que o inquérito aberto pelo Exército em Varginha, sobre o suposto ET de Varginha, como ficou conhecido, foi concluído.
Pelo que entendi, foi um mal entendido, já que, o tal extraterrestre na verdade era um caboclo que gostava de ficar agachado num terreno baldio com a camisa amarrada na cabeça e óculos escuros de noite.
O problema disso tudo é que existem pessoas que já viram objetos voadores não identificados e outras que já tiveram contato imediato do terceiro grau...Esses indivíduos são conhecidos como UFÓLOGOS, ou observadores e amigos dos extraterrestres.
Os ufólogos não concordam com a conclusão do inquérito pois acham que o ET de Varginha existiu, existe e ainda mora no estado de Minas Gerais.
Porque Minas Gerais foi à escolhida pelos ET’s em detrimento de outros estados e outros países?
Diz uma versão que um ET encontrou um mineirim na beira da estrada e perguntou: - Essa estrada vai pra onde? E o mineirim respondeu: Sei não, sô ET...
- E pra lá do outro lado?
- Sei de nada, coisa d’otro mundo!
- Então o sr. está perdido?
- Ocê é que tá na durvida, sô Alien...eu sei pra donde eu vou...
Até hoje esse ET continua pelos arredores e agora alguém ligado “nessas paradas” de eram os deuses astronautas, dia desses me confidenciou que o ser de outro mundo está aqui em Bicas!!!
O Ricardo Aceba, que é um estudioso da questão e que tem provas de que na Lua já existiu uma civilização altamente evoluída e lunática, acha que esse ET vive entre nós como se fosse um de nós...
Imagine que você senta, analisa e pensa nessa questão, não da maneira estatal como alguns companheiros, mas pelo ângulo agudo da visão cosmológica e científica da coisa, é bem provável que você já deparou com algum ser alienígena e nem notou.
Isso acontece porque o cinema, a literatura e alguns relatos sempre descrevem o caboclo de outro mundo como sendo um bicho cabeçudo, zuiudo e com três dedos.
Na verdade um ET pode ser exatamente igual a você, pode ser o seu cunhado ou genro (o Tarso tem pinta de PT, digo de ET), pode ser um animal que mora no mesmo habitat que você, um gato, um porcão, uma vaca, uma mula ou um jumento qualquer.
Estive pensando muito ultimamente sobre esse assunto, já que o céu está lotado de discos e cheques voadores, naves e bugigangas espaciais e cheguei à conclusão que aqui em Bicas tem um ET, ou melhor, uma ET.
Ela tem um formato diferente das demais terráqueas, o cabelo é parecido com sobra de material sintético (bidim), o penteado forma uma espécie de capacete e sua voz é estridente e esganiçada.
Sempre que estou na rua, vejo-a articulando com outros seres, digo, outras pessoas que provavelmente foram abduzidas ou possuem o mesmo espírito da porca, digo da extra...
O senso de 2010 reclamou que passou pela moradia dessa alienada, digo alienígena, sem nunca conseguir fazer contato do terceiro grau, nem do primeiro, nem do segundo.
Talvez seja melhor assim, pois não devemos considerar como habitantes de Bicas seres extraterrestres, que podem querer o nosso extermínio...
Informantes e especialistas em OVNI’s me relataram que existem outros ET’s em Bicas como um cidadão que sempre entra no ônibus pra JF no mesmo lugar e no banco do lado do motorista. O problema é que o cara vai e volta umas quatro vezes por dia... Outro tem neura de poluição e dificilmente é visto fora de seu habitat. Tem outro que adaptou sua nave espacial digo bicicleta com protetor solar e papa vento...Um outro finge que é office boy e vai pra fila do banco só pra na sua vez falar oi com o caixa...Também tem aquele que já fez seu túmulo e deixou um comentário dizendo que logo estará ali...
Mas o fato mais verídico, ocorrido em Bicas, aconteceu com um sujeito que é apaixonado por discos voadores e seres do outro mundo. Sempre lendo tudo o que se publicava a respeito desse assunto, tanto que ficou fanático e vivia na expectativa de encontrar algum alienígena. Toda a noite saía a rondar por lugares esmos e outras quebradas, para ver se encontrava um extraterrestre. Certa noite, numa de suas incursões noturnas, lá pro's lados da Água Santa, a lua estava cheia e nascendo por entre as montanhas, avistou um vulto de cabeça bem grande, baixo, braços longos tocando no chão, pernas curtas, rentes ao chão. Emocionado, com voz embargada, ele acenou pro vulto e falou em tom solene:
- Juvenal Cardoso, fazendo contato!
E de imediato o ser estranho, também acenou e respondeu:
- Severino da Silva, fazendo cocô!

Amilcar acredita em quem acredita!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Viagem – Parte I



Desde pequeno que sonho em conhecer outros lugares, outros países e suas culturas e também suas culinárias. Sempre que posso consulto um mapa mundi, um globo. Às vezes me deparo folheando mapas geográficos da Grã Bretanha, de Portugal ou do Brasil, por exemplo, e leio sobre os meios de transporte, os locais mais visitados, os museus e os costumes dos “nativos”, por curiosidade e também pela imensa vontade de conhecer “in loco” o Velho Continente, o berço da civilização e conseqüentemente países mais adiantados.

Pois foi sonhando dessa forma que um belo dia me apareceu uma oportunidade única, uma oportunidade de conhecer alguns países da forma como eu sempre sonhara: com poucos recursos, bem hospedado, com tempo pra realmente tocar e curtir os locais visitados, transitando como alguém do lugar.

Tudo pra mim era uma grande novidade já que tinha feito algumas viagens pelo Brasil de avião como: BH - Montes Claros em avião Bandeirantes e para Fortaleza, num Boeing médio, quando participei de um congresso da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária. Agora estava eu no aeroporto do Galeão, no Tom Jobim e com passaporte liberado para quase um mês de Europa, Oriente Médio e África. O corpo parecia não me caber de tanta adrenalina ou alguma coisa terminada com lina, talvez como se o corpo estivesse dormente, a base de morfina ou mescalina...

O check in foi rápido e eu estava livre da mala e de outras bagagens pra poder adentrar nos free shoppings e salas de espera de vôos internacionais. Gente de tudo quanto é tipo e lugar, idiomas, vestimentas e destinos se cruzando nos saguões do Tom Jobim e eu me lembrando como é que fui parar naquele lugar, sozinho, sem conhecer ninguém e com dinheiro contado no bolso. Parte era emprestado, parte eu havia juntado e comprado travel´s cheques do BB e outra parte em espécie.

Era apenas mais um esperando a  hora de embarcar rumo a Lisboa, Portugal.

Nisso uma coisa me destacava dos demais passageiros, não porque eu queria, porém naquela época, filmadoras não eram tão comuns, ainda mais a minha Panasonic 420, com tudo o que tinha direito de tecnologia, além de grande e volumosa (10 vezes maior que as atuais). As pessoas acabavam olhando e vendo aquele sujeito grande, barbudão, calça desbotada, jaqueta Lee e tênis, empunhado um equipamento "diferente". A vontade que dá é de sair filmando tudo e todos, só que você não aproveita a viagem, fica refém das lentes e “zoons”.

Fui de TAP, Transportes Aéreos Portugueses, bitelo, daqueles com quatro turbinas e primeira classe, três carreiras de poltronas, telão e várias aeromoças, que se desdobravam pra acomodar aquela galera de engenheiros e arquitetos do Brasil.

O vôo fretado não estava lotado e, logo procurei uma carreira de poltronas vazias pra poder enfrentar às 10 horas de viagem sobre o Atlântico. Outras figuras mais tarimbadas, também tomaram conta da parte dos fundos do avião e logo estávamos “trocando figurinhas”, nos conhecendo.

Afinidade é uma coisa que existe e acontece de primeira ou de classe turística, como a primeira impressão é a que fica. Num instante eu já estava enturmado com algumas pessoas que nunca mais eu veria, mas que naquele momento eram como velhos amigos, gente da família, pois assim como eu, estavam sozinhos, com pouca grana, mas com uma vontade pantagruélica de sair pelo mundo conhecendo tudo, saboreando novidades e bebendo todas.

Alguns amigos como os arquiteto Eloy e o cenógrafo Screpelitti (a pronuncia é essa), já tinham viajado para o exterior, porém não conheciam Lisboa, Bruxelas (Bélgica), Londres (Inglaterra), nem Jerusalém, e Tel Aviv (Israel) e  Cairo e Memphis (Egito), que na verdade eram a grande expectativa da maioria.

Adormeci no meio do papo e do champagne que nem notei quando pousamos na cidade do Porto, norte de Portugal, apenas uma parada estratégica, logo estávamos de novo rumo ao sul rumo a Lisboa, a linda e acolhedora Lisboa.

O hotel, um cinco estrelas básico da rede Marriot nos esperava com um belo coquetel a base de champagne e vinho do porto além de salgadinhos e canapés. Na verdade eu queria mesmo era sair, conhecer, começar a ver o sonho real, de perto e logo estávamos na rua, andando sem rumo, ou melhor, orientados pelo grande Eloy que sempre sacava de sua bolsa mapas e dicas turísticas. E eu filmando tudo...

Pra que andar de ônibus da excursão (city tour), pra que se limitar em horários e bandos de turistas deslumbrados se você pode fazer tudo sozinho, mais barato, de metrô, de taxi ou a pé e da forma mais liberal possível?

E assim foi ao início da minha viagem inesquecível...Era outubro de 1988...



Amílcar se perdeu em Lisboa!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Cultura em Bicas

Bicas já foi mais cultural, aliás está deixando de ser o pouco que tinha de cultura pra ficar a mercê dos embaleixons de final de semana.
Lembro-me do Salão Paroquial que ou bem ou mal sempre rolava um show de calouros (daí surgiu o Vicente Chacrinha), pequenos grupos teatrais e até coral.
Bicas já teve festival de música e era muito bom!
A Semana Santa era encenada de forma soberba e me lembro do Salim Jorge que atuava e dirigia todo o drama, do Said Felipe, do Jonas como Cristo. Era cultura popular.
Os times de futebol disputavam campeonatos micro regionais e todo domingo tinha estádio cheio.
Existia o cine São José e lá também aconteciam espetáculos musicais e teatrais. Não era só cinema.
Cataguases tem o Cine Edgar e lá acontece cada coisa que só indo para crer. Eu fui conferir o “Camel”. Uma banda de rock progressivo que é fundamental pra quem gosta desse tipo de musica. Poderia ter vindo aqui????
Lembro do Milton Nascimento no Cine Central, em 1975, nos idos do Clube da Esquina com uma banda que tinha Toninho Horta, Wagner Tiso, Nivaldo Ornellas, Robertinho Silva e uns meninos mais novos: Lô, Beto, Venturini...Foi a primeira vez que escutei Ponta de Areia.
Hoje estamos limitados a exposição agropecuária e ao gosto duvidoso da pesquisa. A TV é que manda e o aché com funk + pagode é empurrado goela abaixo. Atrações de primeira linha da MPB, com preços bem mais razoáveis do que esses empresariados licitados, nem são cogitados...
Que tal um João Bosco numa quarta feira de exposição? Um Alceu Valença, conhece? E uma Marisa Monte com direito a banda? Já pensaram no Arnaldo Antunes? Só sua presença já é um show a parte. O Lobão, o Djavan, o Luiz Melodia, o Gil, o Ney Matogrosso...
Tem que estar na moda? O empresário é que define? O secretário de cultura dá a palavra final?
E os artistas da cidade, os novos que podem surgir, os antigos que estão melhores?
Tá faltando é fazer. Secretaria da Cultura tem e isso anos atrás não existia. Quer dizer, dá pra fazer um arroz com feijão bem temperado muito melhor do que um escargot caro e de gosto duvidoso.
A grana que rola nesses “mega eventos” de um dia dá pra fazer cultura popular o ano todo.
Um festival de musica atrai figuras de todo canto se for bem organizado e com um bom prêmio. O retorno é grande pra cultura, pra cidade, pra juventude.
O que se gasta com saúde, ou melhor com médicos que não ficam no plantão, com remédios (cadê a profilaxia?), com educação...
O terreno da Rede tá lá ensinando pra qualquer Manézinho: Construam um anfiteatro...com um café...com uma livraria...com uma sala para exposição de quadros e esculturas e artesanatos...uma arborização...uma pista de caminhada...um espelho d’água...uma concha acústica...
Vamos reerguer a nossa Furiosa, a nossa banda. Festival de Banda movimenta a cidade, o comércio e a cultura.
O Parque Florestal existe no papel...porém tá abandonado...por que não ativá-lo? Orquidário, trilhas, concurso de pipas, horto, mudas, verde, meio ambiente, cultura, turismo, caminhada ecológica, mudas e sementes, bicicross, duchas naturais, lagos, churrasqueiras, aparelhos de ginástica...
O intercâmbio cultural com outras cidades também é bom e barato. Tá faltando é repensar a cultura!
Não dá pra fazer cultura se as pessoas que militam nessa área não forem consultadas. Achismo é o Lula!
E olha que a galera de Bicas tem muita gente boa pra ativar essas atividades. Não é só liberar alvará pra carro de som automotivo perturbar quem tá quieto sem motivo algum.
Nem montar palco e destruir as poucas e mal conservadas praças, pra vândalos cagarem e mijarem nos logradouros e nos imóveis do entorno...
Um festival de musica é fácil de orçar...não estou dizendo vá fazendo pra ver no que vai dar...vamos pensar em tudo, em cada detalhe...a cidade vai agradecer, a cultura vai fluir e aí sim poderemos dizer: em Bicas tem coisas pra se fazer além da exposição de cachês elevadíssimos!!!

Amilcar não quer só comer...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Princípio Ativo

Tudo tem um início e, partindo desse pressuposto digo que tudo tem um principio ativo!
É filosófico porém alguém tem que falar, alguém tem que escrever sobre o assunto. Mesmo que estejamos em ano de eleições presidenciais e as repartições públicas já devidamente repartidas e aparelhadas...
De cara podemos dizer que o primeiro princípio ativo surgiu lá no princípio de tudo. Antes até do princípio de Newton!
Naquela época não existia preconceito e o princípio ativo foi fundamental pra origem das espécies, já que “no início só existia uma coisa de cada um ou menos” (Charles Bário).
No momento exato em que cada coisa existente passou a resvalar na coisa do outro, como num acelerador de partículas, é que o bicho começou a pegar, ou melhor cada coisa no seu devido lugar.
O princípio ativo é um componente químico que confere as plantas medicinais e em alguns casos a fauna existente e atual (racional e irracional), atividades semânticas, hermenêuticas e terapêuticas.
Nas plantas essas atividades podem estar nas folhas, no bendito fruto, no caule, na flor, na raiz ou em toda planta.
Na verdade alguns princípios ativos podem deixar o caboclo sem nenhum princípio e cheio de atividade...outros são relaxantes e a princípio você deverá deitar pra não dormir no ponto!
Tem planta que a princípio deixa o cidadão doidão e sem a atividade normal, outras transformam o eterno romântico num rápido cafajeste... Um Mané num Zé Mané...um queijo numa goiabada ou um Romeu numa Julieta!!!!???
Alguns elementos usam o princípio ativo de um tipo de cipó pra se relacionar com os espíritos e a religião, como é o caso do Epadú (ayahuasca). Também conhecido como alcalóide. Não confunda com “um débil lorde que toma álcool.”
Tem princípio ativo pra tudo nesse mundo e é coisa que não acaba mais. Incrível é que ainda não conhecemos nem a metade dos componentes existentes no planeta. Imagine no universo?
Tudo bem, o problema é quando você começa a descobrir que certas “figuras” também têm princípio ativo, que pessoas com ativos às vezes não tem princípios.
Se você está afim de uma mulher, a melhor maneira de demonstrar isso é ficar ativo logo no princípio, porque ninguém sai por aí adivinhando que o seu componente químico tem poderes medicinais ou terapêuticos!
Já no caso da mulher a melhor maneira de demonstrar que está com vontade de sentir o princípio ativo de alguém é tirando a roupa, se despindo na frente do caboclo. Se o camarada for valete a mulher fica sabendo na hora e se for dama é carta fora do baralho...seu princípio é passivo...
Com alguns políticos, quer dizer, uns 100% deles, no momento de pedir o seu voto, o princípio ativo é o mesmo de um ilusionista. Hipnotiza a platéia e se elege.
Depois, por princípio, seus ativos são transformados em grandes passivos e enormes latifúndios municipais (no caso de prefeitos e vereadores), latifúndios estaduais (no caso dos deputados estaduais e governadores) e latifúndios federais (no caso de todos os demais, inclusive você caro leitor). Temos também os internacionais, porém isso é caso para a CIA e a Interpol.
Resta dizer que todo princípio ativo tem um início, um meio e um fim, ou seja, no início todo princípio é ativo até demais. Depois, ou melhor, no meio já não é tão no princípio assim e quem está ativo tende a desativar a qualquer momento. Do meio pra frente.
E por fim, o princípio já ficou pra trás há um bom tempo e o ativo prefere outras atividades mais vagarosas e mais prazerosas...
Na verdade tenho por princípio o seguinte lema: não faça nada precipitadamente! Quem quiser que ative a primeira pedra!

 

Amilcar tem princípio e ativo!



terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Aposentado

O tempo vai passando, a idade vem chegando e você entra na fase dos enta que começa aos quarenta (tempo muito bom) e daí pro’s cinqüenta (por hora tá ótimo)...
Tá na hora de começar a pensar na aposentadoria e claro que todo mundo chega nessa hora, nesse dia. Não adianta achar que sempre será mais pra frente.
Nos primórdios da previdência oficial tínhamos oito trabalhadores para um aposentado. Nos dias atuais temos 1,2 (um virgula dois) trabalhadores para um aposentado!!!
É uma relação muito ruim pra quem pode se aposentar agora, pois é sinal que o caixa tá baixo e  quem tá na ativa recolhe 20% (empregado + patrão). Se você tem direito ao salário teto da previdência, pra te pagar, alguém tem que ganhar no mínimo R$18.500,00 por mês!!!!??!?!
A conta não fecha nunca e a grande maioria dos aposentados, desavisados, acabam seus dias de descanso sem descansar. Estão aposentados trabalhando pra completar as despesas...
Pensando nisso é bom ficar esperto enquanto é possível e tentar montar outras maneiras de entrar algum, por que saídas tem pra todo lado.
Vejo a vida de aposentado como uma vida sem patrão, quer dizer, você tem “o seu” no fim do mês sem ter que bater cartão, é só passar o cartão na máquina que todo mês vem aquele provento (por enquanto é assim...).
O problema é que a vida é cruel. Você já não paga mais aluguel, nem colégio pro’s filhos, porém a conta do plano de saúde e dos remédios dá saudade das mensalidades escolares ou da prestação da casa própria.
Nessa etapa aumenta muito a conta da farmácia e do plano de saúde (tenha sempre dois planos: um de saúde e um plano B)!
Os aposentados quase sempre fazem as mesmas coisas.
Primeiro: a bermuda com chinelo de dedo passa a ser seu novo uniforme, novo visual, vestimenta padrão.
Segundo: as esposas logo dão um jeito de expulsá-lo de casa pela manhã e também à tarde. Apenas quando anoitece é que você pode voltar tranquilamente pra casa, logicamente depois de tirar o chinelo...
Acompanhar novela é outro passatempo do aposentado que sabe de todas, inclusive as “vale a pena ver de novo.”
Quem gosta de futebol é bom ter no mínimo dois televisores em casa, já que a patroa é que manda.
Terceiro: aprenda a jogar dama, purrinha, buraco, truco e bisca de rela pra poder se enturmar com a nova galera (nova é exagero...);
Quarto: tenha sempre mais de uma praça pra freqüentar e nunca fale pra ninguém aonde você está indo. Nem precisa, todo mundo já sabe seu paradeiro...
Quinto: carregue sempre remédios de pressão, isordil e viagra (quem sabe pinta um broto?*);
Sexto: aprenda a mexer no computador...têm paciência, filmes pornôs e noticias de futebol;
Sétimo: tenha sempre um estoque de bermudas e chinelos (pro’s dias de festa, dia dos pais, das mães, finados, enterros, batizados, churrascos, etc.);
Oitavo: mesmo que não goste de pescaria reúna os amigos e suma no Rio São Francisco por uma semana (enquanto não sumiram com ele).
Nono: estão facilitando os empréstimos para aposentados. Faça o maior que puder...ninguém sabe o dia de amanhã!
Décimo e último: anote seu endereço na carteira. A gente acaba esquecendo...
Enquanto isso o mais “novo” aposentado do pedaço vai morar na casa da filha casada e com netos. Todos são muito atenciosos.
Logo no primeiro dia, senta na cadeira de balanço no terraço. Fica ali sentado observando o jardim e, de repente, se inclina fortemente para um lado. Todos se aproximam e ajeitam o vovô na cadeira. Daí a pouco, se inclina para o outro lado e todos se aproximam outra vez e o ajeitam de novo. Apruma-se na cadeira e, pouco depois, pende para um lado. Todo mundo chega rapidamente e ajeita o vovô na cadeira mais uma vez. Nisso chega o médico e pergunta como ele vai, como tem sido tratado.
Mais ou menos doutor. Até que não está mau não. O único problema é que não me deixam nem soltar um pum...pufruuuuu...



* gíria do século passado, quer dizer: gata, mulher nova, bonita e carinhosa.



Amilcar é a favor de aumento no salário do aposentado!



terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Palmada

Existem três versões sobre a origem das palmadas. Uma versão religiosa, uma científica e outra popular.
A versão “teológica” conta que Deus tentou de todas as formas conter as investidas de Adão sobre a Eva e vice versa. Esgotado todos os argumentos divinos, apelou prá's palmadas tentando botar ordem no Paraíso.
Dizem os mais antigos que foi nesse momento é que a Eva e o Adão passaram a usar panos enrolados nas nádegas pra minimizar as palmadas do Criador.
Já na versão científica a versão dessa história conta que a mãe da Partícula de Higgs, cansada de tanto ver a filha pular de lá pra cá e de cá pra lá, meteu uma mãozada no Bóson da Partícula de Higgs, que com mais de mil gigas-elétron volts criou o Big Bang...(?)
Na versão popular o ditado diz que numa relação entre pessoas (o sexo não importa), "uma ou duas palmadinhas não doem..."
Nos dias de hoje vemos que as palmadas que não foram aplicadas devidamente em alguns elementos, estão fazendo muita falta tanto no mundo da ciência quanto no mundo religioso.
Como esse impasse continua até agora, o onipresente Lula (não acerta uma e o polvo alemão acerta todas), que não tomou uma quantidade suficiente de palmadas quando era nariz escorrendo e barriga de lombriga lá em Garanhuns, resolveu criar a Lei da Palmada e do Beliscão!
A militância, que está sendo obrigada a votar em antigos desafetos, tais como: Hélio Costa, Roseana Sarney e Fernando Collor de Mello, além do vice Michel Temer, do Barbalho e outros, acha que a Dilma, mesmo na presença da ditadura, não deu a mão nem nádegas a palmatória...
Na época do descobrimento do Brasil, ou seja, antes do Lula, os índios foram catequizados pelos padres jesuítas na base das palmadas. Depois veio a rebelião dos Palmares!!!??
Os escravos que não comungavam com os métodos de trabalho da época, ou melhor, sem carteira assinada, vale de tudo (de menos a Vale do Rio Doce), bolsa de tudo (luis vuiton só a Roskóffi), farmácia popular, FGTS, greve remunerada e seguro desemprego, eram amarrados em troncos de árvores e ali recebiam palmadas (pedaço de pau sem alma).
Alguns psicólogos e educadores pregam que a palmada não corrige o pau que nasce torto, porém aceitam a tese de que morre torto !
Outros já discutem que a palmada, enquanto na bunda, pode despertar pequenas vibrações no final da coluna vertebral e com isso deixar o indivíduo advertido, mais alegre, mais divertido.
Quem já foi advertido quando criança e depois de adulto continua a praticar atos indevidos tais como: enganar o povo, usar a Bíblia em benefício próprio, utilizar do dinheiro público para enriquecer, praticar uma profissão sem habilitação, fazer xixi nos logradouros comunitários e instalar auto-falantes em veículos pra poluir o sistema auditivo alheio, entre outros, deverá continuar a receber palmadas, não só na região glútea sentante, mas também palmadas na cara de pau do caboclo!
Segue abaixo a relação de algumas pessoas, entidades e outros que se ainda não levaram o suficiente já está passando da hora de levar muita palmada...
Um presidente de um país da América do Sul (diplomata, poliglota e biriteiro);
Outro presidente de um país do mesmo continente;
Mais outro de origem indígena;
Uma presidenta também da América do Sul;
Um ditador aposentado do Caribe e seu irmão;
Um senador de bigode por outro estado e sua filha;
Vários senadores e seus suplentes;
Vários deputados federais e estaduais;
Um ex prefeito que renunciou;
Governadores, prefeitos, vereadores e seus eleitores...
A lista é tão grande que começo a pensar: Será que essa lei vai pegar?
Neste caso acho que vai pegar porque a grande maioria das pessoas que precisa não só de palmadas mas de uma boa e bem aplicada sova, vão querer imunidade palmadantar!!!
Nessas horas é que não deveria existir hierarquia, pois assim qualquer um poderia dar umas boas e merecidas palmadas no Luis Inácio (pra parar de falar borracha), outras tantas no Dunga (pra desistir de ser técnico de futebol), no Galvão (pra calar a boca), na Marta Suplicy (só pra relaxar), no Aécio (pra ficar mais em Minas), na Dilma (pra mentir menos), pro Serra (pra ser menos), no Ricardo Teixeira (pra deixar a CBF) e nos plantadores de papel moeda no quintal, dentre outros...

 
Amilcar é contra o MSP (movimento dos sem palmada)!

Nota do autor: a pomada foi introduzida logo após a palmada!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estressado

Até há pouco tempo atrás, essa palavra - estressado -, nem existia no vocabulário luso brasileiro. No dicionário local e nacional. Dizem que é coisa de gringo do primeiro mundo e que se escreve stress.
Tudo bem sei que muita coisa existe desde os primórdios até hoje em dia, porém essa rotulação, essa definição, essa descrição das coisas, negócios e preferências, começou há pouco tempo, talvez há uns 504 anos, pra ser mais preciso...
Tem gente estressando só porque não se tem uma data precisa de quando começaram a rotular as coisas. Muita calma nessa hora, pois se uma data já te estressa, imagine um calendário histórico completo das rotulações e seus rotulantes?
Fontes confiáveis do governo que militam nessa área e ainda não foram rastreados pelas operações da Policia Federal, que vem fazendo um excelente trabalho, diga-se de passagem, dizem que o caboclo mais estressado que já existiu no sistema solar foi o Nostradamus.
- Nostradamus!!!??? Exclamou alguém interessado neste assunto.
É ele mesmo e tudo porque Nostradamus sabia que no futuro teria avião, liberação sexual, silicone, chicletes, viagra, filme pornô, comida a quilo, musica sertaneja e pagode, radar, eleição pra deputado e senador, etc., e ele não iria nunca desfrutar de nada disso.
Alguns pesquisadores, cientistas e outros birutas pensam em até viajar no tempo, ao passado, pra mostrar pro Nostradamus e outros videntes da época que hoje em dia, quer dizer em 2004, a grande maioria do povo brasileiro vive num estado de estresse da ordem de 23 megabibas (unidade de medida de estresse, que vai de 11 a 24).
Imagine você chegando lá nos idos de “lá vai pedrada” (não confunda com a Idade da Pedra e a invenção da roda), e mostrando pro “Nostra”, que o estresse tomou conta de todo mundo capitalista e consumista de produtos orgânicos, enlatados, tóxicos, diet’s e outros.
Basta observar o dia-a-dia das pessoas e de como o estresse vai entrando dentro de você, do seu eu, até atingir o seu âmago...
Chegar no açougue e perguntar: - Essa carne é de boi ou de vaca?
Na livraria: - Aqui vende livros, né?
No posto de gasolina: -Tem gasolina? É misturada ou adulterada?
Na farmácia: - Se você tomar aspirina é melhor do que supositório pra gripe?
E por aí vai. É cada coisa somando, acumulando, estocando sobre sua envergadura, sua coluna vertebral, sua pessoa, que no fim do dia um pequeno desvio pode deixar o sujeito em estado de calamidade pública, incomunicável e que alguns acabam cometendo atos desabonadores e traiçoeiros, se posicionando de forma napoleônica...
Algumas profissões ou situações realmente são mais estressantes que as outras, por exemplo:
Jornalista de futebol: ter que escutar todo santo dia que o novo reforço recentemente contratado veio pra somar, pra dar tudo de si...
Presidente da República: nomear figurinhas difíceis e ainda ter que escutar lamúrias, engolir asseclas e outros.
Juiz de futebol: escutar todo tipo de xingamento, antes da partida, durante e sair escoltado, pra não apanhar da torcida.
Padre: rezar missas idênticas todo santo dia e escutar a confissão dos mesmos pecadores durante anos.
Anotador de Bicho: descarregar ou não, eis a questão!
Operador de vôo: no Santos Dumont avião subindo e descendo de tudo quanto é lado. No aeroporto de Goianá avião sumido ou desaparecido até aposentar...
Motorista na BR267: participar ativamente do crescimento desordenado dos buracos, crateras e afins e acabar caindo em vários deles.
Santo: ser solicitado a resolver problemas de toda natureza e fingir que acredita no pagamento das promessas...
Então eis que surge o estressado. Esse cidadão atual, moderno, inteirado, ciente de seus direitos (muito) e de seus deveres (muito menos), em dia com o alistamento militar e com a taxa de licenciamento de veículos (apesar de não ter salário de embaixador), ligado nas questões de interesse social, voltado para o bem comum, a mercê da violência urbana e da carga tributária de primeiro mundo, que pode ser apagado do sistema a qualquer momento, no momento em que por qualquer motivo sair da linha!
Portanto meu caro candidato a estressado, fique tranqüilo, tenha paciência e tolerância, porque quando você menos espera, quando você acha que já pagou todos os tributos é então que a coisa pode estar querendo te pegar, a coisa está na espreita. Nesse caso relaxe e aproveite, pois pode ser melhor com o seu consentimento...

Amilcar está fora!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Ouvidor


Está a maior polêmica na cidade por causa de um novo cargo criado pelos nobres vereadores e o poder executivo municipal: o cargo de Ouvidor!
O salário realmente muito bom, a nível de Zona da Mata, é o principal argumento das rodas de bate papo ou nos papos dentro de um quatro rodas.
Quem não gostaria de na atual conjuntura, apertura e amargura, passar a receber todo mês, durante os próximos dois anos, a modesta quantia de R$ Quase 5 mil, com direito a dois assessores, secretária, moto boy, sala com ar condicionado, banheiro, cafezinho, água mineral, móveis confortáveis em local privilegiado além de outras vantagens empregatícias?
Tudo bem, o Brasil tá precisando é disso mesmo: criação de novos postos de trabalho, aumento da renda e crescimento econômico, só que ninguém falou como deve ser o candidato, seus atributos, suas qualidades e sua formação.
Se fossemos escolher o distinto interessado pelo nome do cargo, poderíamos avalia-lo da seguinte forma:

• Os interessados deverão ter pelo menos uma orelha (não precisa ser orêiudo);

• Escutar pelo menos de um lado;

• Ouvir tudo sem reclamar;

• Não usar fone enquanto o contribuinte estivar falando, nem tampão, nem escutar conversas paralelas durante a entrevista;

Pela sua formação acadêmica seria:

• Saber ler e escrever;

• Saber fazer as operações aritméticas básicas;

• Falar a nossa língua;

• Entender as frases e as palavras emitidas pelo contribuinte;

• Saber o significado de algumas palavras-chave tais como: poste, calçamento, lixo, esgoto, barranco, fedentina, ponto de ônibus, asfalto, parquinho, campo de pelada, quadra, posto de saúde, bueiro entupido, cano d’água, lamaçal, SPM, orelhão, vale transporte, remédio, internação e outras (vide O Manual do Ouvidor do escritor Yuri Nol Bário);

• Saber assinar o nome por extenso e rubrica.

O desempate entre os candidatos poderia se dar se:

• O candidato toma banho todo dia;

• Sabe ser educado. Exemplo: bom dia, boa tarde, até logo, como vai?, etc.;

• Escova os dentes;

• Aperta a descarga após a utilização;

• Esteja sóbrio;

• Coma de boca fechada;

• Ande vestido;

• Não coma no escritório. Nem a secretária;

• Não desapareça durante o horário do expediente.

Portanto senhores, a partir daí, acho que teremos um bom ouvidor, com todas as qualidades necessárias para desempenhar bem o papel para o qual foi escolhido.
O problema maior é que se o ouvidor não for um bom “convencedor”, ou seja, convencer e conseguir junto à prefeitura o máximo de solicitações aprovadas, vamos ter que criar um novo cargo, porém sem remuneração: o de Surdo!

Amílcar não quer ouvir mais nada!

O Desorganizado

Ô caboclo desorganizado sô!
O sujeito era tão desorganizado, mais tão desorganizado que sua casa parecia casa de ex-deputado, sem mandato, sem partido e de oposição, tentando arrumar recursos pra sair do buraco...
Ser desorganizado às vezes exige anos e anos de dedicação exclusiva, anos de observação ou repetição de movimentos, noção de que está totalmente perdido dentro da própria casa.
Lá perto de um lugarejo chamado Pregos, tem um pessoal que tampa na cerveja o dia inteiro. De manhã, de tarde e de noite, e é a família toda. Nisso a casa fica uma zona. Panela suja, vaso sem dar descarga, chão sem varrer há mais de ano, as mulheres sem depilar os cabelos da perna, fronha babada, bolinhas de meleca na poltrona...O verdadeiro caos!
O pior desorganizado é aquele que cisma que é organizado e resolve organizar o armário do outro ou a escrivaninha ou ainda a caixa de ferramenta de alguém, depois de achar que suas coisas estão organizadas.
O Brasil já foi um dos países mais desorganizados do mundo, conforme uma pesquisa divulgada recentemente por uma revista da OMO-Organização Mundial dos Organizados (organizacion world organics).
De lá pra cá muita coisa mudou e a primeira vista parece que as coisas estão mais organizadas, mais equilibradas, senão vejamos:
A questão do nepotismo: com a subida do PT ao governo esse procedimento que só traz desorganização para a nação deixou de existir...
A previdência: aquela farra das aposentadorias ficou limitada somente pra’s classes organizadas, pro’s maiores de noventa anos, a turma da caixa preta, caixa de maldade...
Os presídios de segurança máxima: antigamente preso tinha que quebrar pedra o dia todo pra ganhar o almoço e a janta. Hoje o detento quebra tudo e ainda: anda de avião, fala de celular, recebe namoradas, vende drogas, etc. Tudo na mais perfeita harmonia e organização.
Os partidos políticos: até pouco tempo atrás só existiam dois partidos, a ARENA e o MDB. Quando resolveram criar o pluripartidarismo (nisso o Sirney, já tinha sido biônico pela Arena, presidente da republica pelo PMDB e senador pelo Amapá), tudo passou a ser ninguém é de ninguém. Tem deputado filiado em oito legendas...É um legendário!??!!
A prestação de contas da campanha: quando não tinha prestação, a coisa era muito mais organizada. Hoje com a prestação, a licitação é fraudulenta, existem caixa um, dois, três, cem...Fornecedor fica sem ver dinheiro, marqueteiro que não decolou vai ter que esperar a próxima...
A Seleção Brasileira de Futebol: Em 2014 se o Brasil não levar o Ricardo Teixeira já tem uma desculpa: ERRAR É O MANO!
Situação financeira dos clubes cariocas de futebol: pior do que caixa dois é o caixa d’água; o embrulho é tão grande que os clubes estão nas mãos de procuradores e agentes de jogadores que por sua vez estão no xilindró!!!!
Propinas e lavagem de dinheiro: Melhorou muito, está muito mais organizada e menos abusiva. Era 10%, agora é 1%. Quer dizer é uma propina honesta!!!!!!!!!!!!!!!!




 







Amílcar é organizado!

A festa no céu

Outro dia aconteceu uma festa no Céu!
Muita gente boa foi convidada, gente muito boa..., desmaiada...(como diria o Sr. Torto)... porém, a grande maioria dos convidados teria de ir por seus próprios meios.
Os indivíduos alados como os urubus, águias, corvos, abutres, condores, pterodátilos, pombos, pardais e outros flutuantes além das aves de rapina, não tiveram nenhum problema pra chegar no local combinado: Rua das Galáxias, numero ∞, bairro Nebulosa, Céu, Universo Atual.
Outros tiveram dificuldades, pois com a quebradeira da aviação civil e os altos preços cobrados pela NASA, basicamente foram de carona com os portadores de sistema de vôo independente ou de sucata espacial soviética.
Alguns, apesar de convidados, preferiram ficar aqui na Terra mesmo, só que a todo o momento ligavam a Internet pra saber novidades a respeito da mais famosa festa já realizada dentro do sistema intergaláctico. Logicamente que o POLIVERSO deverá ter outras raves ou luais, só que no nosso universo é a festa do ano-luz, uai!
Eu fiquei sabendo que um sujeito que não foi convidado, ou foi convidado a contra-gosto pelos organizadores do evento (os querubins, os politiquins, a que saiu da roça mas a roça não saiu dela, os puxasaquins e os ascones), escondeu-se dentro da sigla do partido, ou melhor, dentro do instrumento musical (que toca conforme a música), daquele urubuzão do contra baixo (baixo acústico) e ali ficou até entrar na tão sonhada festa.
Lá chegando logo se enturmou, como se tudo o que tinha dito até o momento fosse mentirinha, suas idéias agora estavam praticamente idênticas às daqueles seus “novos” e inseparáveis amigos.
A festa tinha de tudo, pessoas importantes, gente mais importante do que árvore, prefeito de várias obras, prefeito de duas obras, prefeito de obra nenhuma, plantadores de florzinhas e cortadores de árvores adultas, pessoa séria que já pediu demissão, pessoa que pediu e continuou, etc.
E como toda festa, no inicio tudo era festa, todos se entendendo muito bem, alegria o tempo todo, poses pro´s retratos, entrevistas pro jornal da situação, que dizem a boca miúda, vai mudar de nome, entrevistas na rádio que saiu do ar porque antes da festa era do contra, muito circo e pouco pão...
Nisso apareceu um sujeito que queria aparecer mais que o dono da festa, sempre tem um sujeito assim, diga-se de passagem, que queria além de mandar e desmandar, comprar e vender, fazer obras que deveriam ser de frente pra traz, de traz pra frente, dar palpite na organização da festa como se aquela festa fosse só a do venha a nós. E o vosso reino? Exclamou alguém que começava a desconfiar que aquela festa não iria acabar bem!
Quero ir embora agora. Não sei voar, mas pode me jogar na pedra! Disse irado um dos convidados.
Não, deixa disso! Disseram em coro a turma do deixa-disso.
Acalmado os ânimos a festa continuou rolando, ou melhor, toras empilhando e logo depois aquele mesmo irado pediu: - Agora eu vou, me joga na pedra!
- Espere, não me deixe só! Exclamou o dono da festa. Os outros já não se manifestaram.
Mais uma vez acalmado os ânimos, a festa já ia pra metade do tempo previsto e o bi irado mais uma vez gritou: - Agora é pra valer, quero sair, me joguem na pedra!
Dessa vez ninguém moveu uma palha, ninguém disse um nada e o cara meio que sem graça falou: - Já que ninguém quer me jogar na pedra eu vou ficar aqui no cantinho esperando uma carona pra sair...
E foi ficando...



Amílcar não toma red bull!

A Bolsa

Nunca se falou tanto e de tantas formas possíveis e imagináveis deste acessório que surgiu pra carregar trecos e documentos, que é a bolsa e que acabou virando nome de programa de governo.
Tem bolsa de grife que vale mais do que um automóvel ou do que uma viagem inesquecível pela Escandinávia...
Uma boa bolsa pode levar muita coisa, pode levar coisas valiosas e badulaques, documentos, preservativos, cartões de crédito, cílios postiços, carnê das Casas Bahia, escova de dente, lenço e pente, além das chaves do carro e da casa.
Porem a bolsa vem sendo adulterada de forma desumana e sistemática nesses últimos 500 anos, vem sendo avacalhada, vem sendo desfigurada e descaracterizada. Sendo inclusive usada para divulgar programas populistas de governo, programas clientelistas e de retorno social muitíssimo duvidoso. Alimentando obesos, por exemplo.
Praticamente hoje em dia todo mundo tem uma bolsa, uma bolsa de viagem, uma bolsa de estudos, uma bolsa de gelo na cabeça, um bolsão de miséria ou uma bolsinha de veludo.
Desde que alguém inventou ou adotou a bolsa como sendo a melhor invenção de todos os tempos pra divulgar esses sumidouros de dinheiro público de uma forma mais “técnica”, mais simulada, mais social, quer dizer mais mutretada, a turma que nunca quis fazer nada na vida, adotou a vagabundagem como meio de vida: a proliferação das famílias com pouca renda e muitos filhos. Quanto mais filho + bolsa!
Será que essas famílias são numerosas porque só nascem heptagêmeos ou porque as mulheres engravidam com o tanque de lavar roupa? Será que as pessoas finalmente resolveram parar de ver televisão, de assistir programas de efeito nefasto sobre os poucos neurônios que ainda funcionam na sua cabeça, ou será que tudo isso é uma campanha dos fabricantes de fraldas através de lavagem cerebral?
É meu caro leitor, hoje em dia temos que ficar espertos com tudo, nada é o que parece ser. Quando menos se espera é porque algo estranho está para acontecer e pode estar certo que se tiver prejuízo, conta pra pagar ou aumento de imposto, você é o primeiro da lista a ser lembrado pra morrer com o desfalque, pra “pagar a nota”.
Vejam vocês o Bolsa Família, o Bolsa Escola, o Bolsa Desemprego, o Bolsa Renda Mínima, o Bolsa Fome Zero, o Bolsonaro, o Bolsa de Sabugosa sem falar da bolsa do masurpião ou seria do canguru? Só falta falar que tucano tem bolsa.
O certo seria: a bolsa de qualquer coisa, pois até homossexualizar a bolsa chamado-a de o bolsa, eles fizeram. Talvez pra simpatizar com os gays, lésbicas e simpatizantes, que usam e abusam das bolsinhas...
São vários tipos de bolsa que podem deixar você, seus amigos e familiares com a bolsa atrás da orelha. Quer dizer quem não tem pulga caça de bolsa...
O problema maior é que a gente começa a falar de um assunto que parece ser muito importante e é, só que logo vem um engraçadinho e quer saber se eu trabalho pra alguma loja de bolsas.
Eu nunca fui de freqüentar a sociedade enquanto local, enquanto lugar de mostrar sua ascensão social e econômica através de uma bolsa. Sei que algumas bolsas pequenas são muito mais “caras” do que verdadeiros “malas”, daqueles que cabem até mudas de roupa para alguma eventualidade, por exemplo.
Muitas são as bolsas desse mundo atormentado e lesado dos dias de hoje, eis algumas: bolsa de valores, bolsa escrotal, a bolsa ou a vida, bolsa de jacaré, bolsa de palha, bolsa nova, bálsamo, Rebouças, bolsa Luis Vuiton e bolsada na moleira.
Portanto a melhor de todas as bolsas é a bolsa escolar e essa por incrível que pareça geralmente é distribuída de forma irregular, loteada ou serve de moeda de campanha pra’s pessoas que não precisam. Carta marcada é roubo...Bolsa vazia é blefe!!!!
 
Amilcar não usa bolsa e nem é bolsista!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sabedoria e filosofia de botecos e pés sujos

Já escrevi ou pensei em escrever sobre ditados populares e filosofias de botequim.
Cada dia que passa aprendo alguma coisa nova ou velha que ainda não havia escutado.
Dias atrás numa roda de amigos e filósofos discutíamos sobre dinheiro, ganhar dinheiro, gastar dinheiro e guardar dinheiro. Nesse ínterim eis que surge uma perola de frase:
“Não me mandem juntar dinheiro! Não fui eu que espalhei...”
Foi então que cada um lembrou de alguma frase filosófica e olha só o que saiu:
Errar é humano, persistir no erro é americano e acertar no alvo é mulçumano!
Nunca desista de um sonho...se não encontrar na primeira padaria procurar na próxima...
Qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, porém somente um gênio é capaz de vendê-lo!
Tudo é relativo. O tempo que dura um minuto depende do lado que você está da porta do banheiro...
Roubar idéias de uma pessoa é plágio, roubar de várias é pesquisa.
Devo tanto que se eu chamar alguém de meu bem o banco toma.
Na vida tudo é relativo. Um fio de cabelo na cabeça é pouco, na sopa é muito.?"?"?"?"?!?!?
Eu queria morrer dormindo e tranqüilo como meu avô e não desesperado como os 40 passageiros do ônibus que ele dirigia...
Ninguém morre por trabalhar muito...mas, na dúvida, é melhor não arriscar.
Se os bêbados estivessem no poder teríamos tudo em dobro.
Não leve a vida a sério. No final das contas você não sairá vivo dela.
Os homens são como banheiros, ou são uma merda, ou estão ocupados.
Barriga cheia, cagada certa!
Tentei me suicidar e quase me matei.
Os especialistas afirmam que um em cada cinco indivíduos tem alguma deficiência psíquica. Se você está com quatro amigos e não nota nada estranho, então... O retardado é você!
O duro não é agüentar o peso do chifre... É manter a vaca!
Se um dia a pessoa que você ama te trair e você está pensando em pular da janela, lembre-se: você tem chifres, não asas!
O sexo é como jogar baralho. Se você não tem uma boa companhia... É melhor ter uma boa mão!
As garotas "perdidas"... São as mais procuradas.
Se alguma vez você sentir um grande vazio, come algo. É fome!
Enquanto não encontro a pessoa certa, me divirto com as erradas.
O que é um peido para quem já está todo cagado?
Qual é a semelhança entre o PAC e o Viagra? Os dois servem para a aceleração do crescimento.
Se eu não te ligar, eu ligo avisando.
Quem disse que pra ser feliz precisa ser normal?
Não há melhor momento que agora pra deixar pra amanhã o que você não vai fazer nunca!!!
Amar sem ser amado é como limpar a bunda sem ter cagado.
Quando você percebe que não corre, é porque está deitado.
O álcool é prejudicial à saúde, por isso devemos consumi-lo o mais rápido possível!
A vida são 3 dias e 2 são levados pelo imposto de renda, aproveite o que resta.
Ter a consciência limpa é sinal de perda de memória...
É bom ter um homem para os seus gastos e um para os seus gostos.
Existem duas palavras que abrem muitas portas: puxe e empurre!!
A preguiça é a mãe de todos os vícios e, como é mãe, temos que respeitá-la.
Não sou totalmente inútil, pelo menos sirvo de mau exemplo.
A inteligência me persegue, mas eu sou mais rápido.
Quando sou bom, sou bom. Quando sou mau, sou melhor.
Os últimos serão os primeiros de trás pra frente...
Meu telefone não é celular. É molecular...mando o moleque ir lá...
E pra concluir não poderia deixar de citar uma brilhante argumentação de um amigo de longa data que prefere o anonimato:
-Num tá sabendo não? Ninguém tá pagando ninguém não cara!!!

Amilcar não é filósofo!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Desencontro no Planalto

Antes de narrar essa pequena história, quero deixar bem claro que os diálogos são muito fortes e que qualquer coincidência com fatos acontecidos em Brasília recentemente, são meras semelhanças...
Era um belo dia do ano quando a ex guerrilheira, a temível e recauchutada Lilma Rosbife se encontrou com a ex leoa e xerifa da receita Dina Dinheira...
Nisso, todas de crachá, devidamente identificadas pelas diversas câmeras de vigilância e pelas recepcionistas nomeadas por atos sacanas e secretos, se deparam e começam a se digladiar, digo a dialogar, logicamente com tudo sendo gravado, pelo menos esse trecho da conversa que passo pra vocês, prezados leitores:
- Oi Dina, é verdade que você está querendo pegar o Ribamar na malha grossa? Nossa!?!?!
- Oi Lilma, que nada, esse menino é gente fina! Biônico desde criancinha lá em São Luiz...
- Mas ele não anda meio esclerosado querendo meter o bigode no pré-sal?
- Sim, porem eu já avisei pra galera da receita que ele é hipertenso e na nossa receita é só uma pitada de sal e não uma bigodada de sal...
- Então faz o seguinte libera minha restituição pra pagar o bisturi, quer dizer: o Pitangui, porque a campanha já começou e eu vou pedir ao Delúbio, ao Dirceu e ao meu pessoal que sobrou do Araguaia pra montarem o esquema do caixa de campanha!
- Foi bom você me dizer, porque esse ano, não vamos permitir o caixa 2. Porém o caixa 3, 4, 5, 6 e 7, que é conta de mentirosa, aí pode!
- Menina você caiu do céu, porque é justamente sobre essa caixa dois que eu queria te falar!
- É melhor conversarmos esse assunto em outro lugar, já que estamos sendo gravadas e monitoradas por essas geringonças eletrônicas que o pessoal da ABIN (agencia dos brasileiros inteiramente nocauteados) colocou em todo canto.
- Pois então me conta como é que anda a declaração do Luiz e dos outros todos da cúpula. Aqueles que estão sempre no avião ou entortados, digo na Granja do Torto...
- Lilma, a do Inácio é uma declaração de amor ao Brasil! De um ano pra outro é tanta variação que o nosso medidor de variação patrimonial, também conhecido como enriquecimento ilícito, quebrou. O dispositivo do aparelho foi projetado para medir bens por ano e na verdadeira declaração de amor ao tesouro nacional desses cidadãos, diga-se de passagem incomuns, a unidade de medida é BPM (bens por minuto)!!!!!!!
- Dina, que bom saber dessas coisas assim in off. Eu já me sentia cercada de pessoas da mais alta desconfiança desse hemisfério sul, agora então eu tenho certeza de que se eu ganhar essa eleição contra o Vampiro Brasileiro (Serra) ou o A, e ci o u...vou acabar de vez com essa corrupção. Vai ser a maior e a última...
- Então já que é assim me ajuda a comprar um novo aparelho de variação patrimonial pra mim e um decibelímetro pra algumas prefeituras que ainda não criaram a vigilância sanitária, pra conter o barulho produzido por alguns, que ultrapassam os decibéis recomendados...
- Pode contar comigo! A partir de agora, a receita vai arrecadar muito mais pra podermos manter esse padrão elevado de gastos com cartões corporativistas e nossas viagens a lazer ou turísticas.
- Minha cara Lilma me conta só mais uma coisa: como é que você consegue ter todos esses cargos sem ter o devido diploma, que é a exigência mínima para obter o emprego?
- Só te conto se você negar na CPI (Criada Para Indefinir), que nós nunca nos vimos, nunca nos encontramos nem falamos para agilizar logo com as coisas do Maranhão. Esse estado de coisas sem conclusão, sem definição, sem complementação, apenas com inauguração!
- Só nego, como também sonego, assim como todos os profissionais liberais, pra fugir do leão. Juro pelo Banco Central que não vou mentir, ou melhor nem te conheço...adeus!
- Tchau...



Amilcar acha que o som nasceu pra todos!!!

sacadinha do pum