quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Gozador


Sempre tem aquele gozador. Aquele contador das piadas mais engraçadas, da última do Luiz Inácio, do português ou do futebol. Aquela do papagaio que não largava o telefone; a do cara que sonhou que estava caindo no abismo, etc.
O gozador parece que vive no mundo da gozação. Nada passa despercebido pro sujeito. Ai de quem vacilar na sua frente.
Um gozador de primeira grandeza tem saber o momento certo de entrar numa conversa, e dar aquele palpite definitivo sobre qualquer assunto. Tem que estar por dentro da moda, da cultura, ou seja: de tudo que estiver rolando a sua volta, na sua cidade, região ou no país, passando pela televisão, revistas, jornais, livros e quadrinhos.
Quem mais sofre com os gozadores são as pessoas muito sérias, pessoas que levam isso tudo na vida com muito rigor, austeridade consigo mesmo e com os familiares, pessoas regradas, sistemáticas ou pessoas obvias, previsíveis.
O mundo não seria o mesmo se não existissem os gozadores. A maioria dos artistas, dos gênios, dos grandes nomes da história da humanidade foram tremendos gozadores e por isso mesmo conseguiram chegar aonde chegaram.
Picasso (não confunda a obra de arte do mestre Picasso com a pica de aço do mestre de obras), Salvador Dali, Henfil, Bello, Jaguar, Angeli, Carusos e Millôr. Todos são grandes gozadores e nem por isso deixam de cumprir com suas obrigações. Muito pelo contrário, fortalecem o sentido de cidadania e de criatividade.
O grande gozador geralmente não aparece muito na mídia apesar de ser conhecido e até imitado. Ele praticamente prefere saber que suas gozações estão sendo adotadas e compreendidas como antídotos contra os males que assolam e aterrorizam o mundo.
A pior coisa que pode acontecer com os gozadores é passar um dia inteiro sem contar com uma gozação, com algum fato que envolva alguém ou situações onde o final é pra rir.
O primeiro gozador que se tem notícia foi Deus, pois criar o mundo e deixar acontecer essas coisas todas que aconteceram nestes últimos bilhões de anos. Dinossauros, homem das cavernas, programas de auditório, exame de próstata, estradas sem manutenção, musica brega, som automotivo pra ficar puto, propaganda eleitoral gratuita, etc. Pode ser muito divertido quando se tem o dom da onipresença, só que enfrentar essas gozações todas durante esse tempo todo, não é fácil não.
Tem cada gozação que fazem com a gente que parece até programa de humor negro, porque não dá pra definir de outra forma. Por exemplo:
IPVA, seguro obrigatório e taxa de licenciamento: são três gozações anuais e crescentes, mesmo quando seu carro ou seu caminhão são totalmente destruídos ao rodarem nas estradas do Brasil.
Voto obrigatório: é uma gozação com a democracia, pois se é obrigatório não é facultativo e se não é facultativo muito menos será democrático...
Previdência oficial: é outra gozação que dura sua vida toda. Desde o momento que você entra no mercado de trabalho é descontado na fonte sem direito, a saber, pra onde “foram” com o seu, o meu, o nosso pão de cada dia, isso até o dia em que você resolve aposentar. Aí meu caro, se prepare para o inicio da gozação. Guardou todos os contra cheques? Todas as contas de luz? Declarou imposto de renda na época do Cruzado? Cadê seu comprovante do carnê em URV?...Aí depois disso tudo você tem que provar que está vivo e não adianta comparecer falando, gesticulando, pois o cara do INSS não vai acreditar que você é você mesmo!
Fidelidade partidária: essa é uma das maiores gozações que já inventaram nos últimos tempos, dessas que iludem em massa, ilusionismo coletivo no eleitor sem hipnotizar ninguém. Outro dia alguém pediu a palavra numa sessão lotada no congresso nacional e falou: - Porquê nós temos que manter a fidelidade partidária... Foi uma gargalhada geral. Deputados, senadores e outros senhores rolaram no chão de tanto rir e a reunião foi suspensa por falta de decoro...
Prisão de segurança máxima: sem a mínima cerimônia podemos dizer que bandido tem que ser preso e merece pagar pelos seus erros, porem fazer o caboclo acreditar que: celular, visita de prostitutas, consumo de drogas, tráfico, etc. não vai ser possível, é muita gozação com o detento e ele pode ficar traumatizado pelo resto da vida.
Promessa de campanha: é a maior gozação já inventada pelo ser humano! Não existe nada parecido e nem é conhecido o pai da criança, assim como acreditar no Papai Noel, no Bicho Papão, no Saci Pererê, na Mula Sem Cabeça ou no Bolão da mega lá de Novo Hamburgo...
É gozado né?

Amilcar não é gozado!

O Pulmão

Todo mundo sabe que o pulmão é um órgão do corpo humano, que faz parte do nosso sistema respiratório, que manda oxigênio para a corrente sangüínea e que não pode ser maltratado como vem sendo desde a revolução industrial e a explosão populacional.
O pulmão tem sofrido demais nesses últimos tempos, mas só se pensa nele na hora da tosse, do resfriado, da pneumonia, da tuberculose, do catarro, do excesso de meleca que seu nariz anda produzindo. Essa unidade de abastecimento de oxigênio do seu corpanzil sempre ficou em ultimo plano, veja seus pés como podem ser bem tratados: tênis, sapatos, botas, meias e galochas são feitos de forma a proteger, a revigorar e a embelezar seus lindos pisantes e as vezes exalantes.
Sua cabeça pode desde algum tempo contar com os mais variados tipos de chapéus, tôcas, capacetes, gel, bandanas, perucas, tônicos e implantes, alem de cirurgias neurais na sua massa cinzenta e ôca.
Essa sua boca escancarada e cheia de dentes, esperando a morte chegar, como diria o inesquecível Raul, tem prótese, implante, canal, flúor, etc. pra mastigar de tudo, pra mascar todo tipo de borracha e outras gomas que “brotam” de suas cordas vocais.
Os olhos que te mostram as cores e outras situações enxergáveis e visíveis a olho nú ou de binóculos, pode contar com lentes, óculos de sol e de lua, colírios, rímel, sombra, pra’s senhoras, pra’s meninas e bibas.
Pra’s pernas inventaram a bicicleta, o balão, o automóvel, os patins, a escada rolante e o elevador, o metrô, e um monte de outras formas de levar sua magnifica personalidade pros lugares mais distantes e eróticos da biosfera.
Até pra votar inventaram um facilitador ou descomplicador de eleitor indeciso e comprado de última hora, a tal da urna eletrônica, que alguns mais otimistas querem até exportar. Dizem que a exportação dessa oitava maravilha da política nacional (as outras sete são: enriquecer ilicitamente, empregar os parentes, não comparecer ao serviço, enganar o eleitor, trocar de partido todo santo dia, fazer lobby contra o contribuinte e aprovar aumento de salário pra si próprio), será a redenção financeira do país, o nosso passaporte sem visto pros EUA, pro primeiro mundo encantado, como diria a Alice aquela do país das maravilhas.
Mas e o pulmão, o seu respirante, o seu fazedor de oxigênio de graça sem taxa do apagão, o que fazer pra protegê-lo, pra preservá-lo, pra tê-lo nas horas de sufoco, na hora que falta o gás?
A primeira idéia que me vem na cabeça é usar uma máscara daquelas que filtram o ar, ou um cilindro daqueles de mergulho, um escafandro, com oxigênio puro, asséptico, limpo. Só que nem todo mundo vai poder ter seu kit eletrônico de oxigênio digital ou analógico, as pessoas ainda nem acabaram de comprar seus DVD’s!
Quem sabe se todos nós procurássemos proteger as reservas florestais, emitíssemos menos poluentes na atmosfera, exigíssemos mais dos fabricantes de automóveis e caminhões, das industrias e governantes, e não tolerássemos qualquer arzinho desses que tem por ai nessa atmosfera pesada que paira sobre a sua cabeça?
Uma greve de respiração não seria uma boa idéia, esconder o ar é meio fictício e nem tem local apropriado, respirar mais depressa que os outros pra ter mais acesso aos gases nobres, fica parecendo coisa de tabela periódica, propagar a emanação dos gases oriundos de fontes intestinais, é covardia, é molecagem, é falta de educação.
A solução está na sua frente a um palmo do seu nariz, é preservar, é manter, é revigorar nossas reservas de oxigênio, nossas matas, nossas árvores enquanto é tempo.
Em Bicas, no centro urbano, temos quatro “matinhas” um pouco ralas, não tão densas, porem ainda resistentes e produtoras do elixir da vida, o O2, também conhecidas como Matinha do Ginásio, Matinha do Sitio da Dona Zezé, Matinha do Sitio da Dona Glória Retto e Matinha do Sitio da Dona Therezinha Barroso.
Esses oásis, fábricas de oxigênio, de vida , precisam ser preservados, precisam de atenção, deveriam ser tombados, adquiridos pela prefeitura ou pelo estado e transformados em patrimônio ecológico da cidade. Em Juiz de Fora a Mata do Krambeck foi tombada, se eu não me engano por um Biquense o Deputado Custódio Matos, pra ser preservada ou considerada área de preservação...Um belo exemplo a ser seguido.
Porém nem tudo são flores nem árvores, as coisas têm preço ou quase tudo e uma área urbana central, bem localizada sofre todo tipo de especulação, com razão, as pessoas precisam se manter, patrimônio não é de comer nem de vestir, gasta-se com impostos, com manutenção, com proteção.
Mais um motivo pra incluir o Parque Florestal da cidade (se não me falha a memória criado pelo então prefeito Amilcar Verlangieri Rebouças), situado nos fundos do parque de exposições, nas prioridades de governo de qualquer prefeito, da comunidade, de toda a sociedade, afinal todo mundo respira e quer continuar respirando principalmente se for oxigênio do bão, como diria o Seu Abreu, aquele da abreugrafia.
As quatro matinhas protegidas e revigoradas e até exploradas “ecoturisticamente”, mais o parque florestal incrementado com trilhas, quiosques e um reservatório na parte mais alta pra servir toda a área e até combater os incêndios criminosos que vêm ocorrendo ultimamente, seria muito bom. Com plantio de mudas de espécies nativas, frutíferas e outras, haverá um retorno de pássaros, outros animais silvestres que praticamente estão a beira da extinção e a produção espontânea de OXIGÊNIO!
Charles Darwin se sentiria feliz ao saber do nosso esforço, da nossa vontade de preservar e manter a qualidade do ar, da vida, e a evolução das espécies.

 
Amilcar é radicalmente contra o corte das árvores da cidade, da Alameda do Cemitério mais bonito da região, da praça São José, da Reta, do Bairro Santana, da Rua 15...

O Salário Máximo

Chega de ficar batendo boca, fazendo suspense e aparições na mídia sobre como culpar os aposentados e trabalhadores com essa historinha anual, sacal e sistemática do salário mínimo!
Se esse mínimo salário resolvesse o “pobrema” de quem recebe, valeria a pena todo o precioso tempo gasto pelo governo e outros encrenqueiros, para a sua definição.
Há muito tempo tenho vontade de apresentar, ao nosso povo, uma nova modalidade político-administrativa de governo, um novo regime, e que provavelmente poderá ser adaptado em outras nações que tenham esse grau ou degrau negativo de desenvolvimento e positivo de malversação do dinheiro público.
Para dar certo, primeiro temos que mudar a razão social do Brasil e uma boa razão social para isso é a dívida externa contraída por nós sem o nosso consentimento.
-A Brésil deverr nós! Exclamaria um desses agiotas internacionais...
Segundo: seria mudar a capital para uma nova cidade a ser construída o mais longe possível dos políticos atuais. Num local totalmente protegido de águias, gambás, raposas, maribondos, tucanos, sindicalistas, vampiros, gafanhotos e outros seres de rapina ou predadores da cadeia alimentar.
Um local onde essas pragas e doenças crônicas não possam se alojar, quer dizer: uma cidade transgênica, urbanisticamente modificada...
Sei que não vai ser fácil, porém se adotarmos um Salário Máximo para todos os cargos públicos que existem e impedirmos que os beneficiários desse salário não se pronunciem, não façam leis, não distribuam verbas, não preguem seus retratos nos postes e nem falem no horário gratuito de radio e TV, teremos muito mais vantagens e alegrias do que da maneira atual.
Com isso economizaremos de mais de 80% da arrecadação, conforme estudos apresentados na CAEACAP - Convenção Anual de Estudos Alternativos de Combate ao Assalto de Cofres Públicos, pelo filósofo e carcereiro Dr. Bariósteles Péricles de Esparta.
Essa conta é muito simples de fazer. Basta você dar um Salário Máximo prum caboclo desses, algo em torno de 30.000,00 euros por mês e não deixar ele ver o restinho de dinheiro que vai pra saúde, educação, previdência e transporte, por exemplo.
Estancada a sangria crônica e profunda, o país, agora com outro nome (quem sabe Bingolândia ou Pindorama?), poderá vir a ser uma nação livre e justa como nós queremos.
Portanto o grande dilema seria definir o salário máximo. Um salário compatível com os anseios e objetivos da classe, da diretoria atual...
Um salário que dê, pro sujeito, condições dignas de viajar de primeira classe em vôos internacionais. Que seja suficiente pro danado poder manter uma cobertura de frente pra alguma praia da Barra da Tijuca. Adequado para que possa desfrutar pelo menos algumas semanas por ano nas montanhas do Vale do Cuiabá, de Visconde de Mauá ou de Monte Verde. Um salário compatível onde o assalariado possa comprar automóveis, barcos, cavalos, espumantes e “Patekes Philipes” de bolso...
Pagar impostos e essa gama pantagruélica de taxas e tarifas, vai ser muito mais tranqüilo pro´s cidadãos cumpridores de seus deveres, junto ao fisco sem fazer fiasco, estar em dia e ainda achar graça, se o meu salário é o Salário Máximo.
Desta forma quero crer que teríamos o máximo de retorno com o mínimo de investimento!


Amilcar quer a volta da censura pro horário político !

Estressado

Até há pouco tempo atrás, essa palavra: estressado, nem existia no vocabulário luso brasileiro. No dicionário local e nacional. Dizem que é coisa de gringo do primeiro mundo e que se escreve stress.
Tudo bem sei que muita coisa existe desde os primórdios até hoje em dia, porém essa rotulação, essa definição, essa descrição das coisas, negócios e preferências, começou há pouco tempo, talvez há uns 510 anos, pra ser mais preciso...
Tem gente estressando só porque não se tem uma data precisa de quando começaram a rotular as coisas. Muita calma nessa hora, pois se uma data já te estressa, imagine um calendário histórico completo das rotulações e seus rotulantes?
Fontes confiáveis do governo que militam nessa área e ainda não foram rastreados pelas operações da Policia Federal, que vem fazendo um excelente trabalho, diga-se de passagem, dizem que o caboclo mais estressado que já existiu no sistema solar foi o Nostradamus.
- Nostradamus!!!??? Exclamou alguém interessado neste assunto.
É ele mesmo e tudo porque Nostradamus sabia que no futuro teria avião, liberação sexual, silicone, chicletes, viagra, filme pornô, comida a quilo, musica sertaneja e pagode, radar, eleição pra deputado e senador, vereadores, macacas de auditório, som automotivo pra chorar, etc., e ele não iria nunca desfrutar de nada disso.
Alguns pesquisadores, cientistas e outros birutas pensam em até viajar no tempo, ao passado, pra mostrar pro Nostradamus e outros videntes da época que hoje em dia, quer dizer em 2010, a grande maioria do povo brasileiro vive num estado de estresse da ordem de 23 megabibas (unidade de medida de estresse, que vai de zero a 24).
Imagine você chegando lá nos idos de “lá vai pedrada” (não confunda com a Idade da Pedra e a invenção da roda), e mostrando pro “Nostra”, que o estresse tomou conta de todo mundo capitalista e consumista de produtos orgânicos, enlatados, tóxicos, diet’s e outros.
Basta observar o dia-a-dia das pessoas e de como o estresse vai entrando dentro de você, do seu eu, até atingir o seu âmago...
Chegar no açougue e perguntar: - Essa carne é de boi ou de vaca?
Na livraria: - Aqui vende livros, né?
No posto de gasolina: -Tem gasolina? É misturada ou adulterada?
Na farmácia: - Se você tomar aspirina é melhor do que supositório pra gripe?
E por aí vai. É cada coisa somando, acumulando, estocando sobre sua envergadura, sua coluna vertebral, sua pessoa, que no fim do dia um pequeno desvio pode deixar o sujeito em estado de calamidade pública, incomunicável e que alguns acabam cometendo atos desabonadores e traiçoeiros, se posicionando de forma napoleônica...
Algumas profissões ou situações realmente são mais estressantes que as outras, por exemplo:
Jornalista de futebol: ter que escutar todo santo dia que o novo reforço recentemente contratado veio pra somar, pra dar tudo de si...
Presidente da República: nomear figurinhas difíceis e ainda ter que escutar lamúrias, engolir asseclas e outros.
Juiz de futebol: escutar todo tipo de xingamento, antes da partida, durante e sair escoltado, pra não apanhar da torcida.
Padre: rezar missas idênticas todo santo dia e escutar a confissão dos mesmos pecadores durante anos.
Anotador de Bicho: descarregar ou não, eis a questão!
Operador de vôo: no Santos Dumont avião subindo e descendo de tudo quanto é lado. No aeroporto de Goianá avião sumido ou desaparecido até aposentar...
Motorista na BR267: participar ativamente do crescimento desordenado dos buracos, crateras e afins e acabar caindo em vários deles.
Santo: ser solicitado a resolver problemas de toda natureza e fingir que acredita no pagamento das promessas...
Então eis que surge o estressado. Esse cidadão atual, moderno, inteirado, ciente de seus direitos (muito) e de seus deveres (muito menos), em dia com o alistamento militar e com a taxa de licenciamento de veículos (apesar de não ter salário de embaixador), ligado nas questões de interesse social, voltado para o bem comum, a mercê da violência urbana e da carga tributária de primeiro mundo, que pode ser apagado do sistema a qualquer momento, no momento em que por qualquer motivo sair da linha!
Portanto meu caro candidato a estressado, fique tranqüilo, tenha paciência e tolerância, porque quando você menos espera, quando você acha que já pagou todos os tributos é então que a coisa pode estar querendo te pegar, a coisa está na espreita. Nesse caso relaxe e aproveite, pois pode ser melhor com o seu consentimento...

Amilcar está fora!

Autobiografia

Muita gente, quer dizer: umas duas pessoas, já me disseram que eu escrevo falando de todo mundo, citando pessoas, criticando políticos e contraventores, dissecando corpos e costumes dos vários tipos que existem ou que orbitam esse planeta. Que apesar de, na maioria das vezes, falar besteiras de alcance moderado, eu deveria olhar pra mim mesmo, pra dentro do meu eu, pra´s minhas atitudes e passar a escrever sobre a minha pessoa, sobre minha vida e meus vários e nem sempre visíveis atributos!!!!!
My life, como já disse alguém, é um livro aberto, todos podem folheá-lo. Na maioria das páginas nem existe texto e sim gravuras e fotos, de tão nítida que é a minha existência. Logicamente esse livro não tem páginas numeradas e algumas já foram destacadas ou arrancadas, visto que não merecem uma leitura mais aprofundada ou que não vão acrescentar nada em ninguém. Quer dizer, vou te posicionar melhor:
Geralmente quem escreve suas memórias ou autobiografias não mede esforços pra tentar se elogiar sem cair na modéstia demasiada ou na malha fina. Às vezes contrata um biógrafo, às vezes um jornalista, um contador, alguém que acredita em tudo ou até mesmo um escritor.
Eu não vou falar que sou o tal, que na escola eu era o melhor, que só tirava "notão" ou que fui convidado a lecionar na USP já aos 9 anos de idade. Não vou sair escrevendo que apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos, porém mais velhos e mais sistemáticos, muito mais sistemáticos.
Por falar em sistema, quem nunca, assim como eu, pensou em ser entrevistado pelo Jô Soares, logo após a publicação de seu livro autobiográfico e nessas alturas cotado para sentar na ABL, eu disse na cadeira da ABL? Vestir o fardão?
Pra começar, minha biografia, eu não poderia deixar de falar de um dos dias mais importantes da história da humanidade: o dia em que nasci, que foi o inicio de tudo...
Minha passagem pela escola foi boa pra mim, razoável pro´s meus colegas e ótima pro´s professores, logicamente depois que eu saí do colégio.
Quando me formei, muita gente não acreditou. Chegaram a por em dúvida o sistema educacional nacional, criticando o modelo de educação desse país: Esse cara comprou o “diproma, né possiver”!!! Acho até que o Provão foi inspirado neste fato...
Esse período estudantil, que no meu modo de ver, é o período, ou seja: saúde de ferro, muitos amigos, namoradas, viagens, festas, apertos, pouca grana e nenhuma responsabilidade, etc..., com muitas histórias e que histórias pra contar. Desde histórias censura livre até histórias desaconselháveis pra maiores mesmo com senha!
Essa autobiografia vai entrar nos anais da literatura moderna, impressionista, surrealista e leitura obrigatória nas universidades proliferadas por esse país afora.
Portanto, não banque o “dezintelectual”, antecipe-se ao lançamento e compre já o seu exemplar do futuro livro de cabeceira, de cabeleireira, de banheira ou de atrás da bananeira de qualquer maneira: A Autobiografia Biodegradável
 
Amilcar procura uma editora!!!!!

amilcarreboucas@uol.com.br



nota do autor: pode ser a gráfica do senado, ou da câmara, ou da assembléia...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O DIA DO SEU ENTERRO

Não é uma boa ficar falando de morte, velório, enterro, cemitério ou coisas parecidas tipo: qual o tamanho do seu caixão?
Você tem terreno ou jazigo de família em algum local pra fazer a sua cova, seu túmulo?
Quem vai levar seu ataúde? Vai ter quorum no seu velório, principalmente durante a madrugada? Você tem algum plano funerário ou está guardando algum pra's despesas mortuárias?
São perguntas cabulosas (como diria o César Cooperfield), porém que devem ser analisadas a fundo, friamente, pois afinal uma coisa é certa todo mundo um dia morre!
O seu enterro aconteceu de uma maneira normal, seu terno estava sem ir a um tintureiro desde a última festa naquele dia ensolarado, mas tudo bem, dentro da urna com aquelas flores mórbidas ao redor não deu pra ninguém notar, nem mesmo aquela reparadeira da sua rua que sabe mais da sua vida que você mesmo, quem sabe poderia escrever suas memórias?
O caixão era de boa qualidade e confortável, apesar de você ter adquirido parajú e mandarem um de pinus, com acabamento trabalhado, todo preto, enfim um belo paletó de madeira, como diriam alguns apreciadores de bebidas alcóolicas do botequim que você freqüentava até muito.
Muitas pessoas queridas estavam ao seu redor pensando em tudo, se você tinha seguro e qual o valor, se pegou algum emprestado e não pagou, quem iria cuidar da viúva, e o cartão da mega ficou com quem? Outros choravam e uns meditavam: “Já vai tarde essa anta”.
Uma boa idéia foi aquela de deixar por escrito suas últimas vontades, seus últimos desejos, tais como: levar um talão de cheques pra alguma despesa de translado ou café da manhã; um xerox de alguns documentos de identidade, certidão de nascimento, CPF e carteira de trabalho, a burocracia do além pode ser eternamente perversa...
O carro fúnebre de som anunciando seu falecimento ao som de uma boa suite de rock progressivo, talvez Time do Pink Floyd ou aquela do Camel, o problema é o cara do som arranhar seu CD.
Já que, depois de morto, muita coisa pode rolar, quem sabe um pedido seu, um argumento de defunto, uma solicitação “pós mortis”, não seja prontamente atendida?
Quem sabe a Caixa Econômica Federal realmente facilite a vida dos candidatos a mutuário ou mortuário?
E se o DNIT num ataque de competência e numa recaída de honestidade aplicasse todos os recursos recebidos do governo nas estradas, principalmente na BR-267?
Outra solicitação do moribundo poderia ser concretizada: que as obras do metrô fossem realmente iniciadas; e que as árvores da alameda do cemitério fossem preservadas da ira da moto-serra, afinal uma sombra no seu leito eterno cairia bem, já que protetor solar é coisa de outras praias.
Você vai feliz, muitas coisas que em vida nunca conseguiu realizar irão certamente se concretizar, exemplo: você agora é dono do seu nariz, vai poder dormir fora (ou dentro da catacumba); se ficar sem tomar banho ninguém vai reclamar; sua falta de diálogo não será mais causa de discussão.
Algumas coisas também vão mudar: Primeiro: seu endereço, apesar de sua correspondência continuar indo pro antigo local e ser violada. Segundo: seu peso que tanto lhe preocupava, dietas, carboidratos, você irá perder o excesso e o restante tambem mesmo sem querer. Terceiro: a renovação da sua carteira de motorista não precisará de psicotécnico nem de mais nada e Quarto: é que seu chefe vai ter que dar ordens pra outra pessoa.
O féretro, ou cadáver, ou ainda o esquife, ou melhor, o presunto, agora jaz inerte na posição horizontal, e finalmente será colocado no interior do túmulo. Aí então é que o bicho começa a pegar, literalmente, pois são seus novos amigos e mordedores, não aqueles que sempre te deram o cano, nem os mais chegados que disputavam palmo a palmo seus ganhos materiais, mas formigas, minhocas, vermes, baratas e outros habitantes das profundezas.
Não adianta chorar, você agora está debaixo de sete palmos de terra, no escuro, sozinho com seu talão sem fundos (pois nestas alturas já estarão detonando suas economias), qual o caminho a seguir? Virá alguém te encaminhar ou te guiar? Um anjo bom ou uma carruagem sinistra? Como será a vida eterna?
E aquele cara que queria te ver nos quintos do inferno, será que a praga colou? Ou entre altos e baixos você esteve na média?
É, cumpadi, como diria São Tomé: "é ver pra crer..."


Amilcar é mortal.

O Futuro

Quem vai falar do futuro, imaginar como será o futuro ou simplesmente dar seu testemunho do futuro, tem que olhar o passado mesmo estando fixado no presente.
O futuro sempre despertou grande curiosidade por parte dos estudiosos, alquimistas e cientistas de todas as épocas. Muitos acham que só teremos uma explicação convincente da origem dos homens quando estivermos no futuro, bem no futuro.
Não me venhas com coisas tipo: esse é o país do futuro ou o futuro é agora, porque isso é ficção científica e eu estou falando daqui há uns 300 anos aproximadamente, estou falando do ano 2.304...
Arthur Clarke quando escreveu 2.001 uma odisséia no espaço, acertou nas viagens espaciais entre a Terra e as estações orbitais, porem errou no ano. Talvez o ano correto seria 2.101! Os computadores também serão mais inteligentes assim como o “Hal” de 2.001, com vontade própria, lá pelos idos de 2.100. Pena que Stanley Kubrick não esteja lá pra ver se as estações orbitais serão como ele imaginou e projetou de forma magistral no cinema.
A musica sim. Essa provavelmente ainda estará tão atual quanto agora. Uma sinfônica tocando Strauss, Eumir Deodato detonando Assim falou Zaratustra...
Como estamos em 2.300, muita coisa mudou nestes últimos 300 anos, senão vejamos: pra começar, nós todos estaremos mortinhos da silva e poucas pessoas ainda lembrarão de você, do Zé Dirceu, do Luis Inácio ou do embaixador desastrado.
O Brasil estará completando 800 anos e a seleção de futebol, disputando a décima copa interplanetária do sistema solar de seleções, com jogos em Júpiter, no estádio subterrâneo com capacidade virtual para 380 milhões de torcedores, inclusive de fanáticos torcedores do Brasil do século XXI que viajarão no tempo, chegando a tempo de assistir a final.
A medicina finalmente estará num estágio de domínio completo do corpo humano e as pessoas terão praticamente saúde total, já que durante o sono seu quarto se transforma em uma oficina biológica, onde todos os itens vitais para o funcionamento do seu corpo são checados, substituídos ou regulados para que ninguém tenha que ficar carregando um desfibrilador portátil pra lá e pra cá ou tomando antibióticos de potências cada vez maiores (bezetasilva, policilina).
Na verdade a medicina estará muito parecida com uma oficina mecânica de autos ou naves espaciais.
Os meios de transporte estarão tão rápidos que o pensamento vai chegar bem depois que sua massa molecular, seu esqueleto, a não ser que seu pensamento esteja engajado em alguma militância estelar...
O inconveniente é que a classe turística vai ficar um pouco mais apertada visto que muito mais gente estará indo pro mesmo lugar na hora que você também for.
As leis trabalhistas no Brasil ainda estarão um pouco onerosas, porem a previdência oficial deixará de existir, vai implodir por volta de 2.050 e em seu lugar vai surgir à previdência real que lhe dará a aposentadoria assim que sua quantidade de produção útil (QPU), atingir a marca de 35 pontos positivos (PP’s), onde cada ponto é conseguido através de serviços executados em cada profissão e que resultaram em alguma coisa aproveitável (ACA), pra empresa e/ou para a sociedade enquanto organização humana.
Com isso não teremos mais funcionário fantasma nem aposentadorias fantasmagóricas, pois o caboclo do futuro (cabornético) não vai comprovar tempo de serviço e sim serviços comprovadamente executados no tempo certo (SCETC),
A democracia estará no auge da maturidade e o eleitor também, ou seja: ninguém precisará “ganhar” nada para votar e o candidato eleito ganhará o suficiente!
Com a família é que se dará grande mudança pro casamento poder perdurar. O casal vai morar em casas distintas e cada qual cuida da sua, assim como os filhos maiores de 14 anos, que deverão estudar em tempo integral e morar na escola onde trabalharão para se manter. A família poderá se reunir pelo menos uma vez na demana (semana de 10 dias) e com isso evitar discussões idiotas ou tolas, poligamia, novela ou futebol, roupa suja, tempero, sogras, cunhados, cachorro ou gato, coisas próprias do casamento do passado...
É, o futuro promete...


Amilcar lembra do futuro!

O Apelido

Todo mundo, quer dizer: pessoas, seres humanos e outros têm ou já tiveram um apelido!
A grande maioria tem mais de um e às vezes prefere ser chamado pelo “codinome beija-flor” do que pelo próprio nome.
Muita gente acha que a aparência ajuda muito na hora de “arrumar” um emprego ou ser recebido por algum figurão, porém, acho eu que o nome do caboclo também é importante tão quanto.
De que adianta ser um mulherão tipo a Flávia Alessandra e se chamar Catarrelda de Barro ou aquele galã da novela global, daqueles tipo Francisco Cuoco e se chamar Dorno Lôrto...
O apelido veio pra ficar e não adianta mudar a forma de governo, alterar a alíquota do imposto de renda, taxar no máximo os aposentados e nem comprar deputado.
O primeiro apelido surgido no seu reino de animal racional foi na época do paraíso quando Adão descobriu que tinha sogra e logo pensou: Aquela jararaca!
Quem mais sofre com os apelidos são os animais irracionais, pois na grande maioria os apelidos são tirados do mundo animal e “transplantados” dos bichos para as pessoas. Só que, alguns bichinhos acabam sendo comparados com verdadeiros abortos da natureza, verdadeiras barrigadas perdidas e o que era pra ser grotesco passa a ser covardia hedionda e inafiançável.
Exemplo: o veado. Quem já viu algum veado fazendo viadagem, afinando a voz ou botando silicone pra sair rotulando o mordedor de fronha, a biba ou o rapaz alegre de veado?
O porco realmente não toma banho e não liga a mínima pra aparência, porém quem não gosta de um lombinho de porco com tutu, torresmo, couve e arroz?
Chamar o sujeito pelo apelido às vezes é só pra quem tem intimidade, os amigos e parentes. Porém alguns elementos preferem o apelido, pois soam melhor nos seus tímpanos ou dá uma idéia melhor sobre o individuo, sua silhueta, às vezes descreve a personalidade do cidadão, sua formação acadêmica ou ainda sua profissão.
Os políticos, como não poderiam deixar de ser, são os seres mais apelidados da Terra, enquanto planeta.
Nas campanhas eleitorais eles aparecem e fazem questão de divulgar seus apelidos tornando o pleito um pouco mais simpático e mais informal ao invés daqueles recados sisudos e chatos tipo: na eleição vote no Dr. Médico ou pra vereador o melhor é o professor...
Alguns apelidos nesse meio já são clássicos tais como: Toninho Malvadeza, Sapo Barbudo, Maribondo de Fogo, Jeca Dirceu, Fulano, Tucano e Beltrano, O Vampiro Brasileiro, Marta Beição, Garotinho Levado, Trator, Netinho do Rio, Jader Bandalho, ,Dilma Roskofe, Arruda Panetone, Miúdo, Patinho, etc.
Tem cada apelido que só vendo a figura pra poder definir se é verdade ou apenas gozação, porem na maioria das vezes a gente vê que o individuo só poderia ser chamado daquela forma.
Às vezes alguns apelidos são maldosos, outros são instrutivos, porem todos têm alguma coisa em comum: a identificação do pseudôntico (pessoa que incorporou o codinome), a semelhança com alguma coisa (pode ser cor, elemento químico, material de construção, lugar de onde surgiu ou algum fenômeno da natureza), e até algum atleta, artista ou bandido.
Eu já vi gente sendo chamada de Peido Alemão (ninguém agüenta o papo do sujeito por mais de 30 segundos), Pé de Cana, Caixão, Morto-Vivo, Jumento, Tripé, Cabeça de Côcô, Meleca, Bunito (o cara era horrível), Frutinha, Espírito de Passarim, Limpa Trilho, Frieira (não convide alguém com esse nome pra almoçar na sua casa), Corno Manso (ou bravo, ou moderado é tudo corno), Pintão de Rico, Espalha Bolim, Estopim Curto, De Rã, Cueca, Braúna, Escroto, Bário, Virgulino, Faride, Juaninha, Candurão, Candura , Candurinha, Donana, Tanausa, Redondo e por ai vai.
Nessa história toda se pode concluir o seguinte: o apelido pode sair pela culatra, ou seja, pense bem ao apelidar alguém porque se colar pode ser pro resto da vida e se for de mau gosto, pode deixar o apelidado marcado pra sempre ou a responsabilidade eterna de desfazer equívoco.
Portanto não saia apelidando todo mundo que cruzar na sua frente, já que de frente você é uma pessoa e por traz você é outra! Né não, Campeão, Xará, Meu Cobrão, Menino que Deus guarda...????

Amilcar tem vários apelidos!

Os Sem

De uns tempos pra cá a mídia, a esquerda festiva, os formadores de opinião, o Zezé de Camargo Correia, a imprensa em geral vem falando muito nos “Sem Terra”.
O cunhado da Thereza Collor introduziu no noticiário o papo de descamisados (os sem camisa) e os pés descalços (os sem sapatos ou tênis) até que foi massacrado pela própria invenção: os caras pintadas!
Contam, que durante esse período, um pé descalço desses que andam de sandálias havaianas, chegou numa sapataria e perguntou: -Tênis quedis?
O vendedor respondeu:
-Tênis!
E ele indagou:
- Quedis?...
Cada um que chega vem com uma historinha bem dramática pra sensibilizar o povo, colocando a culpa na sociedade, no sistema capitalista selvagem, "nas elite", na concentração de renda e de poder.
Eu vejo esses modismos e expressões populescas com muito sarcasmo e com um ligeiro pressentimento de que tudo isso parece conversa pra boi nelore dormir...
Quantas campanhas já foram iniciadas no Brasil e que se perderam no esquecimento coletivo da população? Quantos confiscos, planos mirabolantes, bloqueios e empréstimos compulsórios, além dos cheques em branco que assinamos pra que um inventor de moda deixasse a galera a ver escunas?
Tambem pudera quem mandou o brasileiro ser tão crente e tão solícito assim?
- Peraí! O mineiro é solidário só no câncer! Disse um tal de Oto Lara Rezende.
Tudo bem, sei que tem gente bem intencionada nessa historia toda, eu mesmo sou um desses e de imediato, agora que se inicia um novo governo, um governo cheio de receitas no plano social, de ideologias progressistas e com a prerrogativa da solução de todos os problemas, quero dar minha sugestão: na verdade "os sem" são mais de cem e não são só esses que estão sendo falados por aí.
Ficou sem fala?
Pois existem os Sem Pudor que nos deixam pelados e ruborizados com as mordidas, taxas e impostos. Também conhecidos como os Sem Alma.
Os Sem TV por assinatura que são obrigados a ver o Gugú, o Faustão, o Raul Gil, o Luciano Huck, a Adriane Galisteu, a Hebe Camargo (diagnosticada como Sem Diagnóstico), a Luciana Gimenes, o Mion (diagnosticado como sem miolo de jaca, papito, ô meu), etc.
Tem os Sem Graça Nenhuma que insistem em fazer a gente de palhaço e aumentam seus próprios salários para o bem do bem estar deles mesmos, morrendo de rir sem medo.
E se você olhar direitinho vai ver que tem os Sem Noção, os Sem Educação, os Sem Papel Higiênico, os Sem Cartão de Crédito, os Sem Banco, os Sem Jeito Mandou Lembranças, os Sem Carro, os Sem Plano de Saúde, os Sem Vergonhas, os Sem Desodorante, os Sem Pai e Sem Mãe, as Sem Roupa, as Sem Calcinha, os Sem Pistolão, os Sem Mandato, etc.
E não me venhas com argumentações paloccianas ou mercadantêscas que na verdade tem muita gente sem alguma coisa, querendo algo ou procurando algum tipo de qualquer coisa, sem cerimônia!
Nesse meio tempo, nós temos é que prestar atenção de onde tudo vem, de onde saem as riquezas e não só reparti-las melhor, bocalmente falando. Não podemos matar a galinha dos ovos de ouro, pois do jeito que a coisa vai, da forma como estamos indo, daqui a pouco vamos ficar é SEM MUNDO!

 
Amilcar é Sem Más Intenções !

O Urbanóide

Não adianta tentar mudar, podemos até querer ser menos dependentes e usuários das parafernálias eletrônicas, dos avanços tecnológicos, das manias urbanas, da civilização.
O conforto das cidades, ruas pavimentadas, água tratada e encanada, luz elétrica, telefone, microondas e televisão, automóveis, planos de saúde, internet, isso tudo já incorporou no seu dia a dia, faz parte da sua vida.
Restaurantes, cinemas, sorveterias, hambúrgueres, fast food, casas de massagem, academias, clínicas, serviços de entrega, transporte coletivo, assistência técnica, igrejas, templos, boates, raves, motéis, inferninhos e terreiros de umbanda, etc.
É a cidade, esse aglomerado de gente e concreto, de vida e morte, de barulho e poluição que fazem de você um urbanóide, esse ser que virou produto do meio, não adianta espernear, isso faz parte do seu sistema biológico e psíquico também.
Seu corpo acostumado com todas essas toxinas e agressões das metrópoles só vão dar mostras de fadiga alguns anos depois, enquanto isso suas horas de lazer num shopping center adiam seu estresse pra daqui a alguns dias, talvez meses.
Seu sistema linfático e nervoso por natureza às vezes te interrompe num acesso de loucura, porem não se preocupe demais, isso está acontecendo com todo cidadão urbano, é só controlar sua vontade incontrolável de consumir, de ingerir alimentos altamente calóricos e maléficos para suas válvulas e artérias, evitar correrias de ultima hora, filas de banco e desavenças de transito; não queira dirigir pra todo mundo, faça um seguro mais abrangente.
Ser urbanóide é bom, é como se sua vida fosse regida pelos semáforos e desaforos de vizinhos, é simplesmente atravessar a rua e não ser atropelado e chegar são e salvo no fim do dia, mesmo a luz de velas; é raramente andar descalço.
Um urbanóide completo é aquele sujeito que vez ou outra é pego falando sozinho, às vezes experimenta um cacho de uva no supermercado e não compra, apesar de saber que está sendo filmado, tem reações normais quando vê uma ambulância com a sirene ligada a 150 decibéis, nem se importa mais em ceder seu lugar no ônibus lotado para alguma senhora grávida com dois pimpolhos no colo, outro em gestação, mais a sacola a tiracolo, toda hora que vê um banco vai puxar o extrato como se sua movimentação bancaria sofresse modificação ao acionar o caixa eletrônico.
Todo urbanóide que se preza tem manias e cacoetes, anda sempre do mesmo lado da calçada, olha sempre as mesmas vitrines, finge que não vê as mesmas pessoas ou acaba fazendo tudo isso ao contrário; tem problemas com escada rolante e elevador sempre lotado; adora comida a quilo pois mistura tudo que gostaria de comer durante o ano, comidas típicas, comidas da época, comidas de festa, comidas dormidas e um pouquinho de cada molho pra enfeitar o prato; o urbanóide é desses que quando está atrás de um prato de comida bem fundo, é sozinho...
Tudo bem, sabemos que a vida no campo, nas fazendas, ao ar livre é muito mais saudável, porem o que seria de um urbanóide sem um telefone, sem um asfaltosinho básico, sem um carro de som totalmente irregular perante a legislação vigente, na maior barulheira anunciando um anuncio.
O que faria um urbanóide sem um controle remoto, sem um microondas, sem um som ensurdecedor desses que entram dentro da sua trompa de Eustáquio e tocam a sua Bigorna a mais de 300 decibéis por cilimetro, com permissão da prefeitura, sem licença do direito autoral e da Vigilância Sanitária; sem caixa eletrônico, sem um engarrafamento, sem um mendigo te pedindo uns trocados?
Provavelmente esse ser oriundo do mais puro e poluído sistema civilizatório e socialóide, não sobreviveria por um dia em outro meio, em outra cultura, seria como sugar todo seu plâncton, seria como tomar pirulito de menino.
Contam até que um certo urbanóide depois que praticamente pirou com a cidade foi criar porcos num sitio, pra tentar voltar ao normal ou pelo menos conseguir manter um dialogo estável com seu semelhante sem precisar partir pra agressão verbal, e logo chegou um fiscal da vigilância sanitária campestre e lhe indagou:
- O que o Sr. dá pros porcos?
- Eu dou resto de comida, lavagem, ... tudo que sobra.
- Isso é um crime contra a saúde pública. Vou multá-lo em dez mil reais!
Passado uns dois meses, novamente o fiscal apareceu de surpresa e perguntou pro nosso já combalido urbanóide rural:

- O que o Sr. tem dado pros porcos?
- Ração importada, caviar, salmão, tudo de primeira! Exclamou nosso herói.
- Pois então vai levar uma multa de vinte mil reais, não tem lógica milhões de famílias passando fome e o Sr. tratando esses animais irracionais e porcos dessa maneira, é um absurdo!
Tudo transcorria mais ou menos quando passados mais dois meses o tal fiscal retornou e foi logo perguntando:
- O que o Sr. dá pros porcos?
- Eu dou dinheiro, pois assim eles comem o que querem, aonde quiserem e quanto puderem...

 
Amilcar é urbano!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Coisa

Tem cada coisa nesse mundo que as vezes nem notamos ou que passam despercebidas como uma coisa qualquer.
A maioria das pessoas civilizadas gosta das coisas nos seus devidos lugares e os lugares nos seus respectivos locais...
Muitas coisas são colocadas dentro da sua cabeça através dos veículos de comunicação em massa, tais como: o rádio e a TV. Outras já existem desde os primórdios até hoje em dia, só que foram se adaptando aos novos tempos e se transformando conforme as conjunturas sócio econômicas de cada região do planeta.
Dizem os mais sábios que: uma coisa é uma coisa e que outra coisa é outra coisa! Nada mais justo e equânime, além de sensato e inteligente. Quer dizer: Trem bão é coisa boa!
A organização política do Brasil, por exemplo, é uma coisa tão assombrosa, tão assustadora que para alguns estudiosos e filósofos de botequim e outros locais apropriados para a prática do ócio criativo , chega a ser uma coisa do outro mundo!
Vejam vocês que temos passado por vários períodos conturbados e coisas inexplicáveis como: José Ribamar, Orestes, Paulo Salim, Antônio Carlos, Jader, Miguel, Newtão, Benedita, Cachoeira e outros, que continuam a controlar os destinos da nação, continuam a nomear parentes e amigos sem parar e em alguns casos, novas gerações, como netos bisnetos e adjacências.
As coisas não são como parecem e o mundo sempre dá muitas voltas como os partidos políticos. O PT (partido transtornado), que até pouco tempo atrás era contra isso tudo que está aí, principalmente os agrados e os conchavos, agora é uma das coisas que mais gosta de fazer, além de viagens internacionais, churrascos com intelectuais e mais e mais...
Muita coisa ainda pode acontecer. Muita coisa ainda está por vir. Bastante coisa há pra se fazer. Outras coisas é melhor esquecer. Porém uma coisa que ninguém vai deixar de fazer é pelo menos qualquer coisa, por menor coisinha que seja!
Toda coisa que se preze tem principio, meio e fim sendo que uma coisa bem começada e a partir da metade continuar sendo bem direcionada, tem grandes possibilidades de terminar como uma coisa bem resolvida, bem concluída, ou seja: uma coisa pronta!
Agora a coisa começa a piorar, a ficar esquisita, a deixar de ser uma coisa normal, a ser uma coisa ruim, é quando por qualquer motivo, por qualquer coisa, você que nunca tinha pensado nisso antes, nem ao menos nunca havia mencionado esse tipo de coisa, passar a ver coisas, a comer coisas, a ouvir certas coisas, mesmo ler algumas coisas e no fundo, no fundo começar a sentir coisas ou sensações diferentes passando a gesticular de forma acentuada. Nesse caso é sinal que alguma coisa você tem em comum... né não coisinha??????!!!!
 

Amilcar não sabe de coisa nenhuma!



A Bolsa

Nunca se falou tanto e de tantas formas possíveis e imagináveis deste acessório que surgiu pra carregar trecos e documentos, que é a bolsa e que acabou virando nome de programa de governo.
Tem bolsa de grife que vale mais do que um automóvel ou do que uma viagem inesquecível pela Escandinávia...
Uma boa bolsa pode levar muita coisa, pode levar coisas valiosas e badulaques, documentos, preservativos, cartões de crédito, cílios postiços, carnê das Casas Bahia, escova de dente, lenço e pente, alem das chaves do carro e da casa.
Porem a bolsa vem sendo adulterada de forma desumana e sistemática nesses últimos 500 anos, vem sendo avacalhada, vem sendo desfigurada e descaracterizada. Sendo inclusive usada para divulgar programas populistas de governo, programas clientelistas e de retorno social muitíssimo duvidoso. Alimentando obesos, por exemplo.
Praticamente hoje em dia todo mundo tem uma bolsa, uma bolsa de viagem, uma bolsa de estudos, uma bolsa de gelo na cabeça, um bolsão de miséria ou uma bolsinha de veludo.
Desde que alguém inventou ou adotou a bolsa como sendo a melhor invenção de todos os tempos pra divulgar esses sumidouros de dinheiro público de uma forma mais “técnica”, mais simulada, mais social, quer dizer mais mutretada, a turma que nunca quis fazer nada na vida, adotou a vagabundagem como meio de vida: a proliferação das famílias com pouca renda e muitos filhos. Quanto mais filho + bolsa!
Será que essas famílias são numerosas porque só nascem heptagêmeos ou porque as mulheres engravidam com o tanque de lavar roupa? Será que as pessoas finalmente resolveram parar de ver televisão, de assistir programas de efeito nefasto sobre os poucos neurônios que ainda funcionam na sua cabeça, ou será que tudo isso é uma campanha dos fabricantes de fraldas através de lavagem cerebral?
É meu caro leitor, hoje em dia temos que ficar espertos com tudo, nada é o que parece ser. Quando menos se espera é porque algo estranho está para acontecer e pode estar certo que se tiver prejuízo, conta pra pagar ou aumento de imposto, você é o primeiro da lista a ser lembrado pra morrer com o desfalque, pra “pagar a nota”.
Vejam vocês o Bolsa Família, o Bolsa Escola, o Bolsa Desemprego, o Bolsa Renda Mínima, o Bolsa Fome Zero, o Bolsonaro, o Bolsa de Sabugosa sem falar da bolsa do masurpião ou seria do canguru? Só falta falar que tucano tem bolsa.
O certo seria: a bolsa de qualquer coisa, pois até homossexualizar a bolsa chamado-a de o bolsa, eles fizeram. Talvez pra simpatizar com os gays, lésbicas e simpatizantes, que usam e abusam das bolsinhas...
São vários tipos de bolsa que podem deixar você, seus amigos e familiares com a bolsa atrás da orelha. Quer dizer quem não tem pulga caça de bolsa...
O problema maior é que a gente começa a falar de um assunto que parece ser muito importante e é, só que logo vem um engraçadinho e quer saber se eu trabalho pra alguma loja de bolsas.
Eu nunca fui de freqüentar a sociedade enquanto local, enquanto lugar de mostrar sua ascensão social e econômica através de uma bolsa. Sei que algumas bolsas pequenas são muito mais “caras” do que verdadeiros “malas”, daqueles que cabem até mudas de roupa para alguma eventualidade, por exemplo.
Muitas são as bolsas desse mundo atormentado e lesado dos dias de hoje, eis algumas: bolsa de valores, bolsa escrotal, a bolsa ou a vida, bolsa de jacaré, bolsa de palha, bolsa nova, bálsamo, Rebouças, bolsa Luis Vuiton e bolsada na moleira.
Portanto a melhor de todas as bolsas é a bolsa escolar e essa por incrível que pareça geralmente é distribuída de forma irregular, loteada ou serve de moeda de campanha pra’s pessoas que não precisam. Carta marcada é roubo...Bolsa vazia é blefe!!!!

Amilcar não usa bolsa e nem é bolsista!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Som Automotivo

Em recente artigo publicado na revista americana de ciências e tecnologias, “THE FATHER OF SCIENCE”, o engenheiro acústico/genético Douglas B. Ferguson, descreve os prazeres que são produzidos pela audição de músicas funk e rap em aparelhos automotivos.
Conforme Ferguson, os usuários desse ruído de alta potência são tão envolvidos pelos graves e agudos que conseguem instalar num veículo uma parafernália de som, em alguns casos, com valores superiores ao próprio valor do automóvel.
Isso por si só mostra como o dependente de barulho é viciado em som de qualidade duvidosa...
O usuário dessa poluição é como um viciado em cocaína. Ele quer cada vez mais som, mais alto, pois a sensação de poder e euforia são inebriantes, deixando o individuo praticamente hipnotizado, refém de seu próprio barulho.
Durante o sono, desse simpatizante do desconforto auditivo, o repique dos sons graves reverbera pelo sistema circulatório do individuo fazendo com que seu coração bata descompassadamente e com isso alucinações e pesadelos passam a ser constantes enquanto dorme.
No dia seguinte, os “ruidosos” ou DDA’s (dependentes da distorção acústica) , ficam sonolentos, irritadiços e geralmente não escutam direito.
Essa redução na audição faz com que afete o equilíbrio do usuário, quer dizer, tropicões, esbarrões e tombos passam a acontecer rotineiramente. Escadas, degraus, desníveis e rampas viram inimigos do ruidoso, que perde parte da noção de espaço, altura e distância.
O ruidoso deve ser tratado como um viciado, por que passa a gastar muito dinheiro com seu vício, digo seu som e quando seu salário é curto passa a evitar despesas da casa, da família comprometendo o orçamento doméstico.
0 dependente da distorção acústica se sente na plenitude, no auge do êxtase quando estaciona seu veículo em local de grande visibilidade (logicamente longe da sua casa), com grande concentração de pessoas e botecos, aí então liga seu som e no meio daquela zoeira mostra pros amigos que não tem carro, são os DPO’s (dependentes por osmose) ou ruimoses (não confunda com MIMOSA). Ou seja: ouvintes por osmose...
Outro fato que preocupa o Dr. Douglas B. é que isso acaba onerando os cofres públicos, visto que é uma questão de saúde, onde os tratamentos são caros e nem sempre recuperam a audição e o equilíbrio dos que procuram tratamento.
As autoridades de todos os níveis devem procurar inibir a proliferação dessa peste, dessa doença eletroacústica proibindo a concentração dos ruidosos em locais públicos. Os alvarás não podem ser distribuídos aleatoriamente, sem critério algum de limite de potência, como vem sendo feito até o momento. Isso pode impedir os repasses federais e convênios pro município caso não estejam cumprindo as normativas da ANVISA!
Por fim o Dr. Ferguson adverte que após acompanhar vários ruidosos durante 2 anos, na Universidade de Utah, Estados Unidos notou também algumas disfunções sexuais.
Primeiro ficam super ativos, praticando várias vezes ao dia, depois ficam celibatários, e de ativos que viram passivos ou desfrutam do sexo de maneira vulgar, violenta e perigosa!
A maioria analisada pelo professor era hétera, com o vício passaram a ser homosexuais...
Portanto senhores do som, sejam moderados regulem o volume de forma saudável e prazerosa. Não faça do barulho uma arma: As vítimas podem ser você e sua família!



Amilcar não faz ruídos na casa dos outros!

O Queijo


O queijo é uma iguaria saborosa e nutritiva produzido a partir do leite de vaca, de cabra, de búfala, da ovelha, etc., e que vem se tornando uma comida fundamental do cidadão moderno. Suas várias formas e sabores vêm sendo aperfeiçoados desde os primórdios, com a descoberta de novos processos de fabricação e procedimentos de cura e de mistura.
Aristeu um dos filhos de Apolo (mitologia Grega), foi quem descobriu o queijo e a maioria dos povos da antiguidade apreciavam-no. Sendo que Caldeus, Assírios, Egípcios, Gregos e Romanos já consumiam queijo de vários tipos alem de servir de alimento para soldados e atletas. Faltou os Troianos porem eu não assumo a responsabilidade: o queijo agrada machos e boiolas, quer dizer Gregos e Troianos...
Dizem que o leite foi o primeiro alimento do homem há mais de 10 mil anos atrás (o Raul é dessa época) e que quando guardado em ambientes quentes, coalhava rapidamente. Mais tarde descobriram uma enzima do estômago do cabrito, de nome coalho, que ajudava o processamento da fabricação dos queijos.
Queijos mofados são consumidos na França e na Inglaterra (tipo camembert, roquefort ou gorgonzola), como se fosse arroz com feijão e espumante, aqui no Brasil.
A França que é um dos principais países da Europa e um dos mais ricos do mundo (faz parte do G-8), se não me falha a memória tem área equivalente à do estado de Minas ou é um pouco menor. É um dos países que mais consomem queijos e que têm os mais diversos tipos e sabores de queijos que a nossa vã gastronomia nem sonha em catalogar...
DeGaulle, certa vez falou que (ele sempre tinha algo a dizer sobre alguma coisa), um país que tinha mais de 246 espécies de queijos era bastante complexo pra se governar. Isso foi em 1962 quando defendia eleições parlamentares diretas. DeGaulle falou também que o Brasil não é um país sério (dizem que o PT também acha), porem isso não tem nada a ver com queijos...talvez com pizzas...
Minas Gerais sim tem a ver com queijos. E que queijos! Os curados da Serra da Canastra por exemplo, são extraordinários, tanto com vinho, quanto com goiabada cascão ou ainda derretido no pão francês. Olha Minas e França aí outra vez.
Queijo do Serro é de primeiríssima qualidade, porem a cidade é pouco lembrada em relação a: Ouro Preto e Tiradentes, quanto ao valor histórico barroco, igrejas, casario e a estrada Real.
No sul de Minas é que se concentram as marcas mais famosas e que produzem queijos finos tipo: Gruyére, Gorgonzola, Camembert, Saint Paulin, Gouda, Emmental, Roquefort, Estepe, Cheddar, Reino, Caccio Cavalo, Parmesão, Port Salut, Itálico, Tilsit, Lou Palou, Fundido, Chamoi Bleu, Crem’azur, Chavroux, Brie, Chamois Dor, Ricota, Muzzarela, etc.
Porém, a nossa tão abandonada Zona da Mata, não fica nada a desejar em matéria de produção e qualidade de queijos, pois temos aqui uma espécie que raramente se vê em outras regiões, que é o queijo tipo reino. Aquele em forma de bola, vermelho por fora e amarelo por dentro. Os de Lima Duarte, Santos Dumont, de Oliveira Fortes e redondezas, são fora de série alem das embalagens tradicionais e bem produzidas.
O parmesão parece ter mil utilidades. Ralado, tira-gosto, na pizza, em várias receitas. Os melhores são os mais caros como os fabricados pelo Vigor em São Gonçalo do Sapucaí, faixa azul...saboroso!!!
Hoje não dá pro caboclo viver sem o queijo! É igual internet ou televisão. O que seria de um belo xburguer sem o queijo, uma lasanha, uma fondue de queijo, um camarão com catupiri que é mais um tipo de queijo ou requeijão, o queijo coalho na praia, no campo ou na churrasqueira e a bolinha de muzzarela derretida no espetinho. Pão com queijo minas, doce de leite com queijo e queijo com goiabada, quer mais?
No meio dessa história toda, Juiz de Fora tem seu lugarzinho de honra. Primeiro porque a nossa região, depois do surto do café, sempre foi produtora de leite e segundo porque temos uma das poucas escolas, a nível de (conversa de pessoa engajada, pessoa antenada) América do Sul, que forma pessoas em “tecnologia do leite e dos queijos” que é a Candido Tostes.
A Cândido Tostes alem de tradicional e bem implantada fisicamente (suas instalações são magníficas, tanto arquitetonicamente quanto sua área), é considerada um exemplo no Brasil e no Mundo ou ponto de referência, sinônimo de qualidade com o manuseio e a fabricação de leites, queijos, iogurtes e doces.
Portanto o queijo taí pra ser comido, degustado, saboreado ou roído independente de você ser um grande mamífero ou um pequeno roedor.

Amilcar come queijo!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Mundo Acabou Ontem!

Nenhuma pessoa nesse mundo, nem Nostradamus, nem o chutador mor desse Brasil, o Luiz Inácio, nem o maior dos evangélicos apocalípticos, puderam perceber que o mundo acabou dia 01-02-2010!
Se você que ainda se acha estar vivo e vivendo nesse mundo, notar bem, vai perceber que a data 01/01/2010 colocada de trás pra frente, ao contrário, vai ter o mesmo numero!!!!!
Isso vai voltar a acontecer em 11-02-2011, ou seja: é sempre em fevereiro..dizem que é por causa do carnaval...carnaval é a festa do demônio!!!!!
Eu já havia notado que o mundo tinha acabado. Na verdade isso tudo é miragem pós morte.
O Fernando da Banca me disse que em Bicas virá uma Tsuname, provavelmente formada por uma onda gigante oriunda do Mother Juana River, que entrará em Bicas pelos seus fundos, quer dizer vinda da Saracura (se não sara também não cura), sempre pelas ruas principais e retornando com tudo de porcaria que jogaram em seu leito até 50 anos atrás...
Os dejetos retornados irão cair diretamente na cabeça dos jogantes, ou melhor dos que atiraram porcarias e outras melecas no leito do tão maltratado “Ribereixon”.
Portanto o conselho que eu posso te dar nesse momento é: tente se proteger porque “quem com ferro fere com ferro será ferido!!!”
Assim como os videntes de plantão do Jornal Nacional, pessoas ligadas nessas paradas de fim do mundo me sopraram que pra escapar do rebosteiro ou do retorno das merdas esquecidas, deverá correr para as ruas adjacentes. Isso quer dizer que quem estiver na Rua 15, na Praça São José, Cel. Souza, Operários, Praça Bianco, Cap. Assis Amaral, Barão de Catas Altas e Sta. Tereza, vai levar a pior...Já nas ruas secundárias, as chances de sair morto-vivo desse dilúvio municipal, serão maiores!
Depois desses trinta dias de refluxo sem interrupção, todos os pecadores, quer dizer, os mortos-vivos, serão ouvidos por funcionários das trevas e serão fichados.
Os pecadores receberão sentenças na hora e poderão escolher a forma de ressarcimento: ou vão direto pro quinto dos infernos ou pagarão suas dívidas eternas com serviços voluntários e com os bens materiais acumulados até o momento. Observação: não vale a declaração do imposto de renda...
O local do julgamento final será no QQCP (Quintal de Quem Chegar Primeiro), antigo terreno da Leopoldina/RFFSA, já que o coreto da Praça São José é a única construção que não foi totalmente destruída, apenas levada pela onda para o centro do terreno.
Todos os sobreviventes poderão assistir aos julgamentos e se possuírem provas, que inocentem ou agravem mais, a situação dos réus, devem apresentá-las no ato!
Portanto, quem acha que o mundo não acabou, que no carnaval tá tudo liberado, que logo a seguir vem Semana Santa, depois Copa do Mundo o Brasil hexa campeão (penta é o Flamengo) e ainda eleições presidenciais com a vitória esmagadora dos votos nulos, é gente que não acredita em nada!
Porém aí é que mora o perigo! Isso é tudo ilusão! O mundo já acabou faz tempo e você fica vagando a esmo por todos os lados...Relaxe na Terra nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma (Lavoisier)...
Bem que eu te avisei...

Amilcar ainda não foi julgado!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Câmara Nova

Nas últimas eleições a câmara de vereadores foi renovada em 78%, ou seja: permaneceram apenas 2 da legislatura passada, se não me falha a memória.
Pois bem, isso quer dizer o que?
Quer dizer que o eleitor, o povo, não estava nada satisfeito com os edis que não conseguiram retornar, que ficaram de fora talvez pra sempre da câmara de vereadores e até da vida publica.
Claro que o chôro é livre, sempre vai existir traição, mágoas, retribuições, etc.
Porem eu tenho certeza que o cidadão sabe o que quer, as vezes quer o que não sabe, só que essa mexida mostrou que trabalhar como vereador não é ficar pedindo emprego pra familiares, pedindo obras particulares ou qualquer outro tipo de beneficio próprio.
Ser vereador não é freqüentar o esquema do toma-lá-dá-cá com os outros poderes, muito menos apresentar única e exclusivamente nomes pra rua de gente sem expressão ou títulos de cidadão honorário pra parentes e entes queridos.
O que o povo quer é que o nobre legislador legisle! Faça o dever de casa!
Bicas está a caminho, a passos largos, dos 20 mil habitantes e se isso é bom ou ruim eu não posso falar agora, porem dá pra notar que tá passando da hora de normatizar ou normalizar alguns procedimentos e posturas para o bem de todos, para a coletividade, para a civilização!!!
A primeira, das várias anomalias, é o disparate entre os salários dos secretários municipais e dos vereadores. Tanto a carga horária de trabalho quanto a responsabilidade de uns são incomparáveis. Secretários devem ser remunerados iguais ou a mais que os vereadores. Dá forma como está hoje qualquer prefeito passa a ter enormes dificuldades pra montar sua equipe, fazer a distribuição com sua base eleitoral.
Pergunte se algum vereador quer ser secretario?
Outra anomalia é a falta de um plano diretor, de planejamento. Uma cidade não pode jamais ficar a mercê da vontade de uma pessoa. Várias cabeças pensando e planejando chegam em vantagem aos objetivos. Já dizia alguém.
Apesar de algumas gestões passadas que deixaram a desejar (andando pra trás) e outras catastróficas, temos hoje uma prefeitura organizada e sentinela da “coisa pública”. Isso quer dizer que está na hora de praticarmos um pouco de civilização, de podermos exercer o direito fundamental de todo cidadão: IR E VIR!
Poder ir e vir não é andar pra cima e pra baixo não, é poder escutar o que quiser, é poder se alimentar sem medo de ser contaminado, é poder rezar em qualquer culto, é poder saber que as águas pluviais estão fluindo normalmente (olhem Muriaé e Cataguases).
É saber se as pocilgas existentes estão de acordo com a legislação, é ter um código de posturas, um código de obras decente, é definir melhor o espaço urbano!
Quatro anos voam...Portanto Srs. Vereadores, mãos a obra!!!!

Amilcar é a favor da vigilância sanitária!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SIFU

O nosso presidente realmente é o maior comunicador político que esse país já teve e olha que o Brasil é uma fábrica de comunicadores: Chacrinha, Silvio Santos, Faustão, Fernando Collor, Hebe Camargo, Galvão Bueno, Gugu, Carlos Antônio, etc.
toda vez que ele abre sua boca cheia de dentes, alguma pérola preciosa sai na forma perfeita que a grande maioria do povo brasileiro gosta de escutar.
Enquanto uma meia dúzia de intelectuais ficam se masturbando com os hífens, tremas e circunflexos, o nosso presidente, tem na ponta da língua o que há de mais interessante no povo brasileiro: o improviso!
O brasileiro é o maior improvisador do mundo, a começar por essa neura nacional de querer ser o maior do mundo em tudo e isso só mesmo improvisando muito.
Qual o problema do presidente de um país falar sifu gente? Quem nunca sifu com alguma coisa? Ainda mais um país do hemisfério sifu, digo sul?
Ao nascer você já sifu e pronto. Daí pra frente é só noticia ruim e quando tá bom dá pra pagar os impostos, impostos pelo governo.
Você sifu pra ter uma moradia, sifu pra ter uma televisão bacana, sifu pra comprar uma beka maneira, sifu pra acabar de pagar o automóvel que sifu nas estradas do PAC e com o concerto do possante...
No cartão de crédito você simplesmente sifu!
Aí você fica mais esperto e arruma uma mulher gostosa. Quando menos espera ela sifu com outro...
O próprio Lula, antes de conseguir seus maléficos intentos, ser presidente do país das telecomunicações, já tinha sifu várias vezes. Porem ele, assim como todo o povo brasileiro, aprendeu a sifu desde cedo e se sifu eu, que se sifus vocês todos!!!
Sifu pode ser verbo:

eu sífu,
tú sifus,
ele sifú,
nós sifumos,
vós sifuéis,
eles sefuem...

A palavra sifu, muito bem empregada pelo nosso presidente, que aumentou o numero de empregados e deixou outros tantos sifuem, pode ser usada de várias maneiras tais como:
Ao dirigir bêbado cuidado pra não sifu!
Os últimos serão os primeiros a sifu!
Água mole em pedra dura tanto bate até que sifu!
Mais vale um pássaro na mão que dois sifu!
O sifu, como estamos vendo, tem várias aplicações na gramática, na história e até na bolsa. Quem nunca escutou a frase: Quem aplicou na bolsa sifu!????
Dizem que quem falou o primeiro sifu da história da humanidade foi o Dom Pedro I, que bradou as margens plácidas do Ipiranga: INDEPENDÊNCIA OU SIFU!
A galera toda que estava lá, naquele momento único, momento em que para alguns intestinos desarranjados, não foi bem assim...escutou o imperador falar sifu. Só que ao transcrever para os livros, a palavra foi retirada, foi extirpada, foi escondida e trocada por morte!
Naquelas alturas alguém da corte conseguiu saber por que o escriba não escreveu sifu e Pedro Bário Caminha respondeu:
-Essa parte do brado ficou INAUDÍVEL!!!!!!!

 
Amilcar se fundamentou nos fatos!





sacadinha do pum