quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

MUITO “TRAFFIC CALMING” NESSA HORA!

Eu sempre digo que quebra-mola é solução de país de terceiro mundo, sem civilização, sem educação, já que, existem placas de trânsito com limite de velocidade, etc.
No Brasil ninguém respeita essa sinalização, basta ver que o radar ou “pardal” foi e continua sendo implantado pra todo canto. Só não vi radar ainda em estrada de terra, vicinal...
Como o custo de instalação e manutenção de um radar não é nada poético, optou-se pelo quebra-mola, única opção apresentada oficialmente até o momento.
Onde tem quebra molas, a redução, nos casos de acidentes foi total e com isso a proliferação desse imbróglio é visível, sensível e pra todo canto que se vai lá está o: - Atenção lombada!
O quebra-mola tem esse nome, caso alguém mais distraído não saiba, porque se o exímio motorista estiver em velocidade incompatível para o local, seu veículo levará um tranco que de tão forte pode vir a quebrar a mola do seu lindo automóvel financiado em 60 meses em modestas prestações de mil e quinhentas pratas...(e você só pagou onze)...
Grande parte dos quebra-molas de Bicas, dizem a boca miúda, era pra pavimentação de ruas, só que o prefeito na ocasião, depois de muito pedir, ganhou do Newtão um monte de asfalto e os outros prefeitos não sabiam: -Leva esse asfalto, mas pelo amor de Deus...num espalha não!!! 
A evolução do quebra-mola, tem um nome pomposo, em inglês: Traffic Calming, que quer dizer Moderação no Tráfego ou Trânsito Calmo.
O primeiro “TC” que eu vi foi em Juiz de Fora, na travessia da Avenida Rio Branco com a Rua Halfeld e com mais outra novidade: sinal de tempo pro pedestre. A medida aumentou a segurança dos pedestres e obriga o motorista a reduzir sem ter que parar totalmente, como é o caso do quebra-nozes, digo quebra-molas.
O problema é que a novidade tem dado o que falar e muita gente que nem pisava na calçada de casa, passou a sair só pra pisar e atravessar no “TC”, já que os motoristas “educadamente”, aliás como a grande maioria sempre comportou , simplesmente param pro pedestre passar...Carro pára, água de chuva não tem que parar.
Alguns estão vestindo roupa de ir na missa só pra desfilar na faixa do traffic calming. Outros estão testando todos os TC’s da cidade pra ver se o carro pára mesmo.
Outro dia um automóvel foi obrigado a frear bruscamente porque uma dessas novas freqüentadoras da faixa calma de pedestres, estava escondida atrás de um carro estacionado e quando o motorista deu conta, a danada, a tinhosa, já estava no meio da travessia...Alguém comentou que é a mesma figura que todo santo dia reclama da prefeitura no programa de rádio Boca no Trombone.
Soube que nesse ínterim está surgindo uma nova turma, uma nova tribo de atravessadores de TC’s, apelidados de Travessos Corretos ou os Só Ando na Faixa!?!?! Tem camisa com foto da turma toda atravessando o TC da Caixa Econômica Federal...Outros fizeram igual aos Beatles no disco Abbey Road...
Nisso os antigos quebra-molas perderam a função, só que ninguém ainda lembrou de demoli-los, o que vem causando um desconforto tamanho pra quem está motorizado. Quer dizer: você acaba de ficar calmo no TC e logo em seguida enfurece no QB. Calmo no TC, nervoso no QB, calmo no TC, pu@%*to no QB, pô*¨#rra de TC, bos%%#ta de QB...O que era pra deixar o transito e o caboclo calmos acaba tornando a coisa um “rali urbano”.
Já vi gente mudando pra jipe ou erguendo a suspensão. 

Pra fazer um circuito alternativo e atravessar a cidade, do cemitério até a saída pra JF sem pegar nenhum TC e/ou QB tem que seguir: da Rua 15 dobre na Travessa São Francisco, Contorne a Praça São José, pegue a Rua do Bonde, dobre na Igreja Batista e vá pela Avenida do Contorno (trecho em terra) até a Rua Dona Ana. Continue na Contorno pelo alto do Bairro Santana, desça um pouco antes do Bairro Edgar Moreira, pegue a esquerda da Rua Francisco Padula e vá até a BR-267 .
Dá um pouco de trabalho, porém você não estressa com os solavancos, com as tribos de atravessadores e outros performáticos e nem com a neura de TC’s e QBs!!!


Amilcar não quebra nem amola!

sacadinha do pum