segunda-feira, 31 de março de 2014

Tri...buto



Dia desses o Veiga me falou que estava à frente do jornal, O Município, há mais de 20 anos e que a minha primeira crônica publicada foi em setembro de 1999. Já se vão quase 14 anos...
Nesse ínterim, convivi com vários colaboradores do jornal mais antigo, ou um dos mais antigos, em atividade no Brasil e passei a admirá-los por suas personalidades marcantes e pelos trabalhos publicados nesse jornal.
Recentemente três desses colaboradores, escritores ou articuladores de O Município, não aguentaram esperar pelos 100 anos do nosso periódico e foram dessa pra outra melhor.
Lulú Ferrari, Frank Granado e Júlio Vanni, esse trio de atacantes, meio campistas e/ou defensores, que são titulares em qualquer seleção, estiveram persistentemente contribuindo para a continuidade do jornal e quando encontrava-os, sempre mencionávamos que o centésimo ano do jornal seria um marco histórico. Nós éramos e seriamos parte dessa verdadeira façanha. Afinal por um século passam várias gerações. O mundo se transforma, a evolução nesse período vai do 14 Bis a estação espacial...Do maiozão ao topless...Da direita pra esquerda...volver!!!
De qualquer forma, mesmo sem a presença física dessas três figuras inesquecíveis e talentosas, os cem anos estão próximos e uma edição histórica já deve estar passando pela cabeça do Veiga.
Lulú Ferrari escrevia sobre os costumes, em geral, de forma mordaz e com humor, quer dizer: dava seu recado sobre o que estava errado de uma maneira engraçada, porém escarafunchando assuntos sérios. Os preconceitos eram sempre combatidos de forma divertida, porém contundente.
O Saudoso Professor Frank, meu amigo pessoal, autor literário com um linguajar mais rebuscado, mais acadêmico, destrinchava a história da humanidade, andando pela origem das espécies, passando por impérios até chegar aos dias atuais e futuros.
Pra quem não sabe o Professor Frank, além da literatura produzia também pinturas, charges, caricaturas e grafites. Acredito que nos cem anos do jornal, se vivo estivesse, iria pedir a palavra para exaltar a longevidade do periódico e a persistência invejável dos proprietários e colaboradores.
O ex prefeito de Pequeri, Professor Júlio Vanni, historiador, autor literário e ufanista mor dos imigrantes desbravadores que por aqui se fixaram, contribuía de forma lúcida e sólida com suas ideias de desenvolvimento das cidades, suas formas de urbanização.
Uma de suas bandeiras, que também defendo, sempre foi a ligação por estradas asfaltadas das cidades da região, lição abraçada pelo então governador Aécio Neves, que lhe rendeu a reeleição.
A ligação entre a sua Pequeri e o Município de Levi Gasparian, sempre foi defendida e exigida por ele. Porém o poder da concessionária da BR 040, nunca harmonizou com essa ideia...provavelmente pela fuga do pedágio...Conseguiu uma grande façanha. Era querido por suas duas pátrias: Brasil e Itália.
Fica a saudade grande sem tristeza nenhuma, já que o trio era alegre, vibrava com o jornal e sempre positivo.
Os encontros anuais, na redação do O Município, não serão mais os mesmos, porém tenho certeza absoluta, que de onde estiverem vão querer que comemoremos, do mesmo jeito, os bons momentos vividos entorno do centenário jornal!!!  

Amilcar está tri emocionado!    

terça-feira, 18 de março de 2014

O Lado



Tudo tem lado. A lua tem o lado oculto da lua...a rua tem o lado de lá...na política você vai ficar de que lado?

O lado de dentro e o lado de fora. O lado de cima e o lado de baixo. O lado A e lado B. O lado da esquerda e o lado da direita. 

Lado a lado com alguém não quer dizer que quem está ao seu lado esteja do mesmo lado que você...

O lado bom e o lado ruim...

Atualmente com a proliferação das minorias autoritárias e enfezadas, na maioria das vezes incentivadas pelo regime de  esquerda bolivariano, podemos dizer que existem três lados...mas como?

Sexualmente falando tem-se o lado masculino, o lado feminino e o lado oposto.

Politicamente existem: o lado da situação, o da oposição e o P.M.D.B. (Participações, Ministérios, Diretorias e Boquinhas)

Na democracia os poderes são três: o executivo, o judiciário e o legislativo. Na democracia brasileira só existe um lado, o lado do executivo, senão vejamos: O executivo escolhe os membros do Supremo e o legislativo faz igual carneiro de presépio...presepadas!!!

Os dois lados da moeda...Na Papuda pra qualquer lado que se olhe só tem presos, mas se você olhar bem, vai notar que do outro lado alguns detentos estão cumprindo sentenças do lado de fora...Papuda pra boi dormir...

Na verdade não adianta ficar mudando de lado o tempo todo. Nesse caso muita gente só olha pro seu lado...venha nós tudo, vosso lado nada.

De que adianta dizer se só existem dois lados? O quadrado, o retângulo e o losango possuem quatro lados. Já um cubo possui seis...só que geometricamente falando. E nisso a grande maioria das pessoas detesta matemática e é justamente aí é que se encontra o lado prático das coisas.

Quem raciocina sempre com emoção perde pro lado da razão e sem razão você acaba errando de lado.

Porém deixando esse papo de lado, eu volto a afirmar: só tenho dois lados! O lado bom e o lado ruim.

Tem muita gente que me olha meio que de lado e só enxerga meu lado ruim. Aliás acham que meu lado bom é falho e o lado ruim é péssimo. Muito horrível, inclusive só pelo fato de escrever crônicas, dizem que sempre estou crucificando alguém, debochando do fulano, escrachando o cara com pintão de rico, denegrindo a imagem já combalida de algum elemento nocivo a sociedade ou que só escrevo bobagens e deixo de lado o que realmente importa...

Penso diametralmente o oposto e tenho outra opinião formada sobre mim: meu lado ruim é bom e meu lado bom é ótimo!!!



Amilcar aprecia um destilado!

terça-feira, 11 de março de 2014

Um olhar para o futuro




Parafraseando o livro do Dr. Carlos Augusto Machado Veiga, que revela praticamente toda a história de Bicas, baseada em pesquisas bem fundamentadas de jornais, documentos, narrativas e fotografias, quero nesta crônica olhar para o futuro de Bicas.

Para chegar ao futuro é necessário que os mandatários do presente, olhem o passado e mirem nos homens empreendedores que aqui viveram. Que plantaram e colheram. Que tornaram essa cidade um local com boa qualidade de vida!

No campo da urbanização, onde na minha concepção Bicas precisa crescer e melhorar, a atual administração municipal é jovem e pode muito bem fazer o que tem que ser feito nesse sentido: trânsito, meio ambiente e posturas.

Esse pitaco urbanístico é só um ensaio de quem nasceu há 59 anos aqui e viveu praticamente esses anos todos vendo a cidade seguir seu rumo.

A política as vezes atrapalha muito o progresso, porém ela é a ferramenta que pode alavancar esse desenvolvimento. A supressão dos ramais ferroviários foi uma dessas trapalhadas políticas que quase levaram Bicas e outras centenas de cidades a recomeçar, a se reinventar.

Dessa história toda sobrou o tal do “terreno da rede” que pode e deve ser aproveitado de forma definitiva. É uma área de aproximadamente 2 hectares no coração da urbe!!!

Portanto, é daí que vou enumerar algumas intervenções visando o futuro, visando a cidade:

Terreno da Rede: área que deverá ser destinada ao lazer, esporte e cultura. Ponto de encontro, pistas de caminhada e centro cultural. Claro que um projeto abrangendo essas modalidades deve conter arborização, paisagismo e sinalização adequados.

Trânsito de veículos: muita coisa pode ser feita sem radicalização, exemplo: Ruas Santa Teresa e Coronel Souza. Eliminação de área de estacionamento nos trechos mais estreitos e saturados dessas ruas. Nesse caso pontos de taxi, vagas oficiais e cavaletes terão de ser repensados. Sem as vagas essas ruas poderiam ter seus passeios ampliados e melhorados. Acessibilidade e segurança para o pedestre.

Trevo na saída pra Juiz de Fora: Já passou da hora. Essa interseção está cada dia mais perigosa e por enquanto apenas medidas paliativas. Lá no local existe área suficiente pra se projetar um trevo descente e seguro pra todos, além de melhorar bastante o visual de chegada da cidade.

Praça da Reta e calçadas: Na Avenida Governador Valadares existe a Praça Jerônimo Mendes cortada ao meio pela Rua Benjamin Rodrigues Maia. A ideia é unir as duas metades dessa praça, formando uma ilha ou praça real e a rua contornando-a por completo. Sob os Flamboyant's, calçadas e rampas decentes. Mobilidade urbana e aproveitamento dos espaços perdidos.

Praça entre as Ruas Floriano Peixoto e Arthur Bernardes (Rua do Bonde): Um terreno semi abandonado e com sérios problemas de domínio, está sem uso há mais de 20 anos. A solução é a desapropriação judicial e sua anexação a pequena pracinha mal utilizada. A junção da pracinha com esse terreno daria um belo espaço público. A rua de contorno seria transportada para a divisa com o Albergue. Conclusão: revitalização da área com valorização dos imóveis do entorno. Pode-se até pensar em levar os ambulantes da praça São José para o local...com estrutura apropriada...

Trevo para São Joao Nepomuceno: simples e barato. Com meio fio e sinalização adequada é possível criar um trevo descente e seguro nesse local.

Pista de caminhada e ciclovia via Cutieira: Nesse caso Bicas e Guarará deverão trabalhar em conjunto. Imaginem se as duas cidades se unissem para juntas deixarem esse legado de prevenção, de saúde, de lazer para o povo. Também simples. Retificação de alguns trechos, arborização com mangueiras e eugênias (jambos), pista de rolamento em bloquete, iluminação adequada e calçadão pra cooper, caminhada e bikes?

Essas são algumas intervenções que precisam ser feitas em Bicas sem muitas firulas, sem gastos exorbitantes e que se bem executadas, provavelmente colocarão Bicas olhando diretamente para o futuro !



Amilcar prefere paralelepípedo!

sacadinha do pum