terça-feira, 25 de novembro de 2014

Salve-se quem puder...






Dá até pra acreditar que nos idos de 100 AC, quando se ouvia falar apenas em império romano e outros povos concentrados em parte da Europa, África e Ásia, que milagres aconteciam...

De uns tempos pra cá o mundo mudou muito, cresceu muito, esquentou bastante e o numero de crenças mais ainda.

Os deuses foram aparecendo na medida em que os povos começaram a se comunicar através das viagens marítimas e Johannes Gensfleisch, conhecido como Johannes Gutenberg, inventou a primeira impressora ou tipografia. Um de seus primeiros trabalhos e dizem que ainda existem 40 exemplares, foi à bíblia, com 641 páginas.

Os Gregos acreditavam na mitologia e em vários deuses, da mesma forma que os egípcios e os Incas, os Maias e os Astecas. Na Índia são muitos deuses representados de toda forma. A grande maioria dos povos creem em Buda, Maomé e Jesus Cristo.

Daí centenas de milhares de religiões foram surgindo, se destacando o catolicismo, a budismo e o islamismo.

Como sou católico, porém não praticante. Digo assim porque fui encaminhado em alguns sacramentos dessa religião, quer dizer: batizado, crismado e casado na Igreja Católica Apostólica Romana. Sou do tempo em que as celebrações eram em Latim e os 10 mandamentos ainda cobriam todos os pecados principais.

Hoje em dia alguns mandamentos podem ser contestados num “júri celestial” com a contratação de um bom advogado. Um advogado que saiba pelo menos redigir uma petição inicial de um processo!!! (!?).

Na verdade os mandamentos, nos dias atuais, deveriam ser pelo menos uns quinze, além dos dez originais, senão vejamos:



11º - Não agredirás o meio ambiente;
12º - Não pularás cercas, muros e afins;
13º - Não emitirás cheques desprovidos de lastro;
14º - Não desobedecerás à lei da responsabilidade fiscal;
15º - Não votarás no PT (gravíssimo);



Se eu te falar que já fui coroinha ninguém vai acreditar, até eu mesmo penso como isso pode acontecer, porém não deu certo porque comecei a tocar o sino em horários desencontrados, quando fui gentilmente convidado a permanecer a uma certa distância da torre...

A idade vai deixando o caboclo mais pensativo, mais calmo e até mais comportado. Isso acontece com todo mundo, são fases da vida.

Nessas alturas o catolicismo foi se subdividindo, principalmente depois da ruptura conhecida como “A Grande Cisma do Oriente”, que foi uma rusga entre o pessoal de Roma (católicos) e a galera de Constantinopla (ortodoxos)... Muito tempo depois surgiu Martinho Lutero que não concordava com o celibato e missa em latim. Aceitava o batismo e a eucaristia... João Calvino botou mais fogo na lenha ao escrever que o eleito de Deus era quem tinha sucesso material... E pra piorar as coisas Henrique VIII separou de sua primeira mulher Catarina de Aragão, depois teve mais cinco esposas (esse é campeão) e fundou a igreja anglicana, onde as coisas que ele queria a igreja aceitava ou seria destivada.


Nos dias atuais, já escrevi sobre isso, várias igrejas e seitas surgiram e todas se baseiam na bíblia, aquela mesma que o Gutemberg imprimiu.

Jesus virou o salvador da pátria, dos presos, dos torcedores de futebol, dos apostadores dos jogos liberados da CEF e do bicho e das maquininhas também, dos empreiteiros, dos biriteiros e ex manguaceiros, etc.

Acontece que tá quase todo mundo entrando nessa e sinceramente, sem querer desmerecer ninguém, acho que Jesus não dá conta dessa galera toda, pois: primeiro tem gente demais querendo a salvação; segundo no meio dessa patota tem até os que não pecaram tanto (e olha que não tô falando dos quinze mandamentos nem do petrolão); terceiro tem gente falando ou escrevendo que seu carro foi Jesus quem deu; quarto a maioria dos pregadores estão cada vez mais ricos e Jesus era pobre... E quinto dizem que o inferno mudou muito, lá só tem esse pessoal??!?!?!?

E a turma que passa na sua casa domingo de manhã falando que Jesus te ama? Jesus nunca faria uma coisa dessas... Domingo??? Cedinho???

Padre cantando e gravando disco, virou moda. Canto gregoriano, música sacra acho que é válido, mas gororoba gospel, setanejo da paróquia ou brega do bispo, aí também não!

O Zeca Baleiro tem uma música muito melhor e mais autêntica sobre esse tema. Chama-se “Heavy Metal do Senhor”. Escutem e reflitam...

Pelo menos nas ultimas eleições acho que ninguém falou seu nome em vão... Também pudera, com a ajuda do doleiro... Do funcionário graduado... Do empreiteiro... Do banqueiro... Do marqueteiro... Da secretária de  assuntos íntimos... Do instituto de pesquisa e da bolsa... Mesmo assim ainda querem ir procéu????

Amilcar é contra o comércio de indulgências!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Bar São José





Desde que me entendo por gente e lá se vai um bom tempo, sei que os bares fazem parte da vida das pessoas. Fazem parte das cidades e acredito que não existe cidade sem bar, ou melhor: existe, porém não contem com a minha presença numa metrópole desse gabarito!

Os bares vão surgindo de todo tipo e tamanho. Têm os famosos “pés sujos”, também conhecidos como c@#ú sujo, os botequins que glamourizados viraram botecos, pub’s, cafés, bistrôs e por aí vai.

Esses locais estão ficando tão entranhados na vida das pessoas, sóbrias ou não, que muita gente já passa a maior parte da vida dentro ou fora de um ambiente como esses.

O pé sujo geralmente é frequentado por indivíduos que fazem uso da bebida alcoólica de forma diária, quer dizer: horária. Pela manhã apesar de meio amarrotado, do dia anterior, toma logo uma lisa pra parar com a tremedeira,  raciocinar e refletir melhor.

Alguns usuários desse procedimento chamam o “liquitido” de remédio, pois é a única coisa que concerta o caboclo naquele momento.

Quem frequenta um bar na segunda feira é considerado, pela diretoria (!), um profissional, já que a grande maioria prefere se expor apenas nos fins de semana, quando bebe quantidades pantagruélicas dos derivados da cana, da uva, da cevada e do lúpulo...

O papo não é o bebedor ou o frequentador assíduo desses verdadeiros antros do entretenimento alcoólico e sim os bares botecos e afins.

Nos dias de hoje a proliferação destes estabelecimentos é tão maciça que o cidadão pode escolher aonde ir a cada dia do mês... ou enquanto ainda não estiver “negativado”...

Agora inventaram a “comida de buteco”, que nada mais é do que retirar dos botequins o preconceito e mal olhado da sociedade tradicional, que sempre viu que a perdição começa nesses imóveis para fins destilantes e/ou fermentantes, desde que com graduações “lussaquianas” crescentes.

Nesse interim, a cidade foi crescendo, o numero de botecos também e o de frequentadores mais ainda, tanto é assim que a Praça São José, vem sendo ocupada a partir das quartas com mesinhas em pelo menos quatro locais distintos.

A princípio existia apenas um trailer estacionado que se fixou e o pipoqueiro. Depois outro trailer que também já está se fixando e abrindo filial. Depois mais outro...e mais outro...

Na verdade a praça já virou um grande bar a céu aberto, tem batata, pastel, churros, pipoca, xburguer, pula-pula enquanto seu pai bebe, camelôs, bicicletas, skates e lógico: bebidas e tira-gostos... a ocupação caiu no gosto popular, ninguém proibiu e vem crescendo.

O problema é que tudo deve ser regulamentado e combinado com os soviéticos, principalmente com os dependentes do ruído sonoro em veículos automotores... esses distorcem o que já vem sendo distorcido pela ocupação irregular.

O Bar du Léo em JF, na Praça Armando "Ministrinho" Toschi , no Jardim Glória, utiliza e cuida há anos  daquele logradouro. Aqui poderia ser feito o mesmo. Os beneficiários desse espaço democrático (?), dariam uma contrapartida na manutenção e remuneração dos funcionários que tentam recompor e limpar a praça, suas calçadas, seus canteiros e suas benfeitorias, praticamente todos os dias da semana. Pelo menos pra compensar o restinho da população...

Bar São José, seu ponto de encontro no coração da cidade.  Beba com educação e sem usucapião. Respeite o cidadão, o cristão e a locação sem remuneração.

Afinal o imóvel não é particular e nem privado, é do Santo. É do São José!!!

Amém!


Amilcar é a favor da praça.

sacadinha do pum