terça-feira, 29 de março de 2016

Um Século! Um Jornal!




O tempo é implacável e passa numa velocidade constante a pelo menos 24 horas por dia, 30 dias por mês e 365 dias por ano...
Olhando pra trás vemos civilizações de 5.000 anos como a dos egípcios, dos chineses e o mundo continua girando... Não dá pra saber se estamos sempre no mesmo ponto do universo.
O último século da humanidade pode não ter sido um dos melhores, mas que foi um dos mais acelerados em todas as áreas, isso é verdade.
Estamos vivendo momentos difíceis no Brasil, momentos que nunca antes nesse pais ninguém jamais cogitou ou imaginou que aconteceria. Esse modelo populista de governar tem deixado o país a mercê da bancarrota, da quebradeira e da desordem, só que a história está aí pra atropelar essas jararacas e outros ofídios peçonhentos dos bons costumes.
Na verdade o assunto é a rapidez com que as coisas aconteceram e apareceram nesse século que estamos completando com o jornal biquense “O Município”. Do avião ao submarino atômico, das viagens espaciais, do viagra, da estação espacial, do rock progressivo, dos computadores, da dengue e da internet! Dos super medicamentos e transplantes de órgãos, dos veículos a tração animal pro’s trens a 300 km/h.
Lembro que até pouco tempo atrás o telefone era na base da manivela e passava por uma telefonista. Em Bicas a central telefônica funcionava num lindo casarão na Rua Dona Ana, em frente aos Correios... Hoje com o celular, o “aifone”, você faz compras no exterior, reserva passagens aéreas, transfere dinheiro de bancos, faz fotos e até fala com outras pessoas: - Alô tem alguém aí????
A expectativa de vida aumentou tanto que a previdência social precisa tomar uma providência urgente pra poder romper essa década. Dizem que além das péssimas gestões tem mais aposentado que trabalhador...
A seleção brasileira de futebol, penta campeã mundial, tinha no currículo um penta campeonato e a incrível derrota pro Uruguai na inauguração do Maracanã em 1950. Num é que hoje, dentro do mesmo século, bancamos outra copa (ultra faturada) e passamos um vexame maior ainda: 7 a 1 pro’s alemães, dentro do Mineirão, palco de Raul, Piazza, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Natal e Tostão de um lado, do outro João Leite, Luizinho, Cerezo, Paulo Isidoro, Reinaldo e Marcelo... Fora as obras inacabadas.
O incrível disso tudo é que o nosso jornal, O Município, vem rompendo o século, passando por Getúlio, pelo incrível Juscelino que projetou Brasília de Niemayer, Burle Max, Lúcio Costa, Joaquim Rodrigues e Candido Portinari. Depois a ditadura militar, o biônico Ribamar e seus fiscais, o caçador de marajás, Itamar. Com FHC, uma luz no fim do túnel (se é que existe túnel), até que a ética apareceu pra retroceder tudo de novo...
Esse país é forte, vai aguentar o tranco, vai conseguir se reerguer... O povo é que está no limite e o PIB tá no buraco!
Enquanto isso o nosso “O Município” vem conseguindo mês a mês, ano a ano, muda a política, muda os costumes e as notícias de Bicas e região estão sempre publicadas. A nossa historia vem sendo contada em capítulos serenos, sem solavancos.
O Veiga me deu a grande notícia, em primeira mão (quase um furo), de que todo o acervo do jornal estará disponível em meio digital, em computador, ou seja: você vai poder acessar O Município de qualquer canto da Terra, quiçá em outros planetas!!!
Um século pode parecer pouco considerando toda a história da civilização humana, pode parecer insignificante confrontado com os impérios passados, as descobertas marítimas, o renascimento e outras conquistas, só que nesse século atual nós estamos nele e o nosso pequeno, corajoso e ininterrupto tabloide também!
Vida longa pro O Município!!!
Obs. Vale lembrar ainda, que os articulistas Frank Granado e Júlio Vanni mais o Jarbas Antunes, eram os maiores entusiastas da edição de um século.  

terça-feira, 15 de março de 2016

Condução Coercitiva



Estão falando que eu sou corrupto, que minha família enriqueceu ilicitamente, que meus amigos são todos bandidos, que eu sou dono de um tríplex, de um sítio, de fazendas e com dólares guardados no exterior...

Logo eu que ajudei quase meio Brasil ou mais durante esses anos todos, que não sei ler direito (e nem esquerdo), que  falo meio errado, que coloquei meus companheiros pra andar de avião, jatinho, helicóptero, iate e pedalinho pra todo canto do planeta, inclusive Angola, Venezuela, Rússia e Cuba. Eu que passei a minha vida toda sem trabalhar, sempre em greve, sempre provocando prejuízo nas “elite”. Trouxe muita gente que nunca fez nada a continuar não fazendo, porém com remuneração de primeiro mundo...

Fiz de tudo nesse Brasil, que nunca antes teve uma viva alma tão transparente como devem ser as almas, ou não?

Lembro como se fosse hoje, quando eu ainda comia PF no bar da Rosa, sorvia umas 51 e pendurava a conta pra sempre. De uns 30 anos pra cá, ou mais, só como coisas exorbitantemente onerosas.

Ainda bebo umas “Havana” que uns amigos trazem lá de Minas e fumo uns “Havana” que uns companheiros trazem da ilha dos irmãos “Castros tróficos”. Coisinhas simples.

Claro que mudei alguns hábitos tais como: o jeito de falar, a maneira de vestir, os meios de transporte, os aparelhos eletrônicos lá de casa e alguns comportamentos.

Passei a tomar banho diariamente e vinhos europeus. Uso ternos de um tal de Ermenegildo e do Armani. As gravatas são presentes do grande amigo e injustiçado Collor, da marca Hèrmes. Meus sapatos geralmente são de cromo alemão ou mocassins italianos. Não entro mais em rodoviária e nem em estação de metrô. Só área vip de aeroporto. Passei a usar camisas de linho e meus pijamas e cuecas, a grande maioria, são de seda. Do bicho da seda...

A gente vai mudando e tudo que tenho foram meus amigos de infância, adolescência, militância e presidência que me deram.

Nesse meio tempo parei de ir na Rosa, lá no São Bernardo, pra num causar tumulto e também por causa do “pendura” que, com essa inflação galopante, já deve tá beirando um pixuleco ou dois acarajés...

Quando eu e a patroa inventamos o bolsa família, pensávamos que nós também tínhamos direito a receber pelo menos duas bolsas ou três, pra cada bolsa dada... Só que a Casa da Moeda não é igual a Casa da Mãe Joana.

Então eu fiquei muito aborrecido quando a polícia federal me levou no camburão e sem o Japa!!! Eu sou um ex presidente, sô!!!

Lá na delegacia só me perguntaram coisa difícil de responder: - O tríplex é seu? O sítio de Atibaia é seu? A Oi é sua? O Friboi é seu? Seu filho sabe escrever? O elevador é seu? Conhece a Dilma? E o Zé Dirceu? E o Bumlai? O sr. ainda faz palestra?  Como é viajar com a Rosimery? A ilha em Angra é de quem? Quanto custa uma palestra?

Eu me lembrei do Oscar e fiz igual à Glória Pires, respondi que não sabia, não vi, não posso comentar...

O pior de tudo foi a Jandira, que resolveu fazer selfie com a minha cara, justamente na hora que eu estava falando que a lava jato era “cuercitiva”. A Rede Grobo interpretou que o buraco era mais embaixo. Né a Rede da Marina não viu?

Na verdade eu disse que era pra eles enfiarem o processo no curso da história desse país!

Um absurdo! Eu não falo palavrão desde que fui ao Vaticano com minha secretária da presidência, a Noronha, que é feia de cara, mas boa de fronha... e ficamos na embaixada.

Uma coisa eu sei e posso afirmar no fim disso tudo: se eu for preso viro presidiário, seu eu morrer viro presunto e se eu ficar solto... tô no bico do anú!!!      

sacadinha do pum