Todo mundo quer ser biografado, porém nem
todos possuem o personal biógrafo, aquele que vai contar a sua historinha...
O biógrafo, em 109% das
vezes, quer descrever, biografar a vida de alguém importante, uma celebridade,
não importando se existe uma boa história pra contar...o negócio é faturar
algum contando que aquele menino aprendeu a ler na Escola Municipal lá do interior...
Quer dizer: aos 18 anos, por
que teve que trabalhar na roça, pra ajudar a mãe, que lhe ensinou a cantar músicas
de Natal e daí virou cantor e etc. e tal.
Apesar de ninguém se manifestar
sobre a minha biografia eu posso adiantar que naqueles idos de 60 e 70, quando
ainda passava trem por aqui, ninguém foi atropelado e depois cantou no circo que
armava lá no Bairro Santana...Além do Chacrinha e do Renato Aragão.
Nunca fui famoso a ponto
de ter que sair do país, fugindo do regime militar e ir parar em Londres com
meu amigo Dagoberto Til, logo eu Laureano Zeloso?!?!
Naquela época ninguém usava tabaco, nem cânhamo...aliás na nossa turma não existia doidão. Existia
um listão, porém quem figurava nela era o Fulano, o Beltrano e o Sicrano (pode deixar que eu não vou biografar ninguém
não tá bão?)...No início a única mulher relacionada era a aquela menina,
aquela tal de... cumé mesmo o nome dela?
Já o Tico Baluarte, exímio letrista, bem
nascido e enturmado com a nata da
carioquice bon vivant, falou que
não podia escrever e que a ditadura era uma vergonha pra nação...já quando o
assunto é a ilha dos irmãos Castro, tudo muda de figura. Na verdade quem não
gostaria de possuir um apartamento bem localizado em Paris, próximo ao
Sena...Será que dá pra ir a pé ao D’Orssay? A torre fica logo ali...
Agora vem o Laureano Zeloso e fica pu@#t%o,
querendo causar polêmica pra tentar encaixar seu fracassaço, digo abraçaço,
dizendo que sua biografia só pode ser escrita se for autorizada pelo ex
ministro da cultura...isso é censura meu rei!!!
Podem escrever que eu já
fui escoteiro, que fui no Jamboree Pan
Americano, lá na ilha do Fundão, foi no quarto centenário do Rio de Janeiro
e o Governador era o Carlos Lacerda que discursou...isso nos idos de 64 e olha
que era o ano um da Revolução
Militar!
Meu pai comprou um “compacto duplo" dos Beatles, com Help e mais 3 canções,
em 65 e nem por isso sempre fui aquele rebelde que muita gente andou
falando...pode escrever...eu quero a minha biografia contada tintim por tintim...comigo
não tem esse negócio de ir todo mundo bonitinho visitar a Dilma e não contar em
Detalhes aquele Domingo no Parque.
São tantas
Emoções que dá até um embargo infringente meio que Tremendão em quem
estiver passando pela Avenida São João, né não?
Na verdade o “bolsa Família”
foi criado pra pessoas “Sem Lenço e Sem Documento”, gente que fica vendo a
Banda passar mesmo que Você não goste de mim...Mas sua filha gosta!
Já o Minha Casa Minha díVida,
é ou não é uma Construção!???
Ninguém se lembra, porém
eu já fui jogador de futebol do Baeta, time juvenil ou sub 17 e cheguei a
disputar duas partidas num torneio...podem escrever...jogava no meio de
campo...e parei.
Minha biografia é muito
interessante e sem valor comercial, quer dizer: tem conteúdo mas não mata a fome de ninguém...
Recentemente passei a
escrever coisas sobre assuntos variados e já se vão mais de 15 anos de crônicas
e artigos que publico no “O Município, na revista da minha irmã “Em Voga”, no “Diário
Regional” e outros periódicos. Debutante???
Dentre os famosos e
celebridades que resolveram polemizar com suas biografias (continuo achando que
é marketing...a não autorizada do Rei tá valendo R$800 pratas nos sebos...),
ainda bem que meu ídolo do Clube da Esquina e seu som “barroco progressivo” já deixou parte da sua história contada no
livro “Os Sonhos Não Envelhecem”, escrita pelo Márcio Borges...quer mais?
Depois da minha
biografia podem escrever: Nada Será Como Antes!
Amilcar
é contra a censura!
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