Depois
que você vai a primeira vez, fica logo se achando o maior viajante do planeta.
Tem
gente que sai do país naquelas famosas excursões de vários países em 12 dias e
volta querendo montar uma agencia de turismo “diferenciada”, incorpora um guia turístico
experiente e viajado.
Eu
comecei assim também e hoje estou mais calmo, estou mais concentrado num lugar
só. Uma viagem intercontinental é muito cansativa e não há tempo a perder com
malas e traslados. Mudanças de cidades e de hotéis, geralmente cansa, irrita e
o tempo passa...
Todo
mundo tem a sua viagem inesquecível ou ainda está programando uma. Não importa
se você está sozinho ou acompanhado, importa é tudo correr bem e o local
escolhido realmente corresponder.
Há
alguns anos atrás tive a oportunidade de conhecer uma parte do México, mais precisamente
a região de Yucatan, onde está Cancun.
Naquela
época era necessário um visto do consulado mexicano, que fica Rio de Janeiro,
pois a fama do brasileiro é de entrar clandestinamente nos EUA pela fronteira
com o México. Tudo bem, dá trabalho, mas a vida de turista é assim mesmo.
A
operadora era a maior do Brasil, Soletur, com pacotes pra todo canto com voos
fretados e hotéis conveniados. Adquirimos um pacote de 7 noites, Varig e hotel
quatro estrelas...o básico.
Fomos em quatro: as patroas, o Virgulino e eu...época de boas vacas gordas e
substanciosas, fomos pro Galeão com chofer e carro importado, uma Variant alemã
de cinema.
A
sensação de liberdade era tanta que no Boeng 737, fomos convidados pela
tripulação a ficar na cozinha com todas as biritas e rangos a disposição...as
vezes ser inconveniente rende dividendos...o problema é que álcool não combina
com altura e dar retorno em banheiro de avião na hora dos procedimentos de
aterrissagem, com pouca pressurização...tudo o que era pra cair, subia e o que era
pra subir descia...foi um caos.
Tudo
bem, extrapolamos mas chegamos sãos e salvos com uma ótima notícia...fomos
passados para um hotel cinco estrelas, um tal de Intercontinental, com praia
particular de coqueiros e água da cor mais transparente que eu já tinha
visto...piscinas e cascatas, hidros e canteiros com iguanas incríveis e estáticas.
O
café da manhã, ou melhor um buffet de tirar o fôlego de qualquer glutão, tinha
omeletes e wafles, croissants e frutas, filet mignon e frutos do mar, sucos e
vinhos...né brinquedo não...eu ficava pelo menos uma hora e meia tomando
café...ou mais...
Cancun
é um balneário pra americano, mas descobrimos alguns passeios que considero
sensacionais: o primeiro a Ilha de Cozumel, mergulhos e um pôr do sol de deixar
o caboclo sem som...depois uma área
de proteção ambiental e parque temático “X
Caret” onde nadamos com colete flutuante, pé de pato e snorkel, num rio subterrâneo
de águas cristalinas, simplesmente maravilhoso e pra completar com chave de
ouro, em outra empreitada fomos, para
o interior do país, meio deserto com cactos, conhecer um Sitio
Arqueológico Maia, incrível, lindo, fora de série ou melhor sensacional: a pirâmide
de Chichén
Itzá e seus 365 degraus, escalamos e nos deslumbramos. Me senti um “faraó
maia” lá do alto...hoje já não é mais permitido subir (vândalos, pichações,
etc.). Chic não?
Bifes
de chorizo argentinos, Hard Rock Café, comida mexicana, tacos, Mariachis,
tequilas e margueritas... ô vidinha mais ou menos, sô!
No
último dia ainda comemos umas lagostas do Caribe com rum e aproveitei pra fumar
um havana Monte Cristo...de lamber os beiços. Patrocínio do Virgulino...Mais uma
vez obrigado!
Como
ninguém é de ferro a volta nos foi oferecido, por mais 200 dólares por cabeça, o
setor executivo da aeronave...só deu nós. Oito horas de voo o jeito que eu sempre quis:
poltronas largas, espaço pra deitar, atendimento vip, refeições diferenciadas,
champangne e outros obséquios sem explicação...de repente o Galeão.
Ô
trem bão, sô!!!
Amilcar sabe vestir...não tem é
roupa!!!
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