Dia desses li
que os prefeitos da região estão se cotizando pra montar uma usina de asfalto
itinerante e que o governador de Minas está incentivando essa ideia que acho
uma das piores que já tiveram nos últimos anos.
Venho falando
sobre esse assunto há vários anos, não só eu, mas a grande maioria dos
profissionais que lidam com pavimentação de ruas e avenidas urbanas de municípios
de pequeno porte.
Acho que essa ideia estapafúrdia de converter parte
do FPM em capital em fuga das pequenas cidades, só pode ser
de pessoas totalmente descompromissadas com o futuro dessas urbes...
O asfalto além
ser um derivado do petróleo, que não possuímos ou que temos de trazer de longe,
ainda é um produto fóssil. Sua
extração é poluente, aumenta o efeito estufa e sua produção é caríssima.
Um dos motivos
da crise sem precedentes nunca antes
havida nesse país é justamente o petróleo e o pré-sal do brincalhão do
mentor do petrolão!!!
O preço do
barril foi nas alturas e até o caboclo que já estava caindo de Maduro ressuscitou
e começou a falar grosso e agora com o barril despencando o danado finge de
morto.
Voltando ao
asfalto acho que esses prefeitos querem é o chamado imediatismo. Joga-se o asfalto, as ruas ficam bonitinhas (mais ordinárias)
durante um período (principalmente o eleitoral) e depois gasta-se o restinho do
único dinheirinho que ainda entra nessas comunidades, com operações tapa
buracos e outros rombos nas contas públicas!
Vários
prefeitos desavisados e mal informados, vem fazendo lenha sobre lenha entra ano
sai ano...ruas pavimentadas com pé de moleque ou paralelos são lindamente
impermeabilizadas para que uns e outros deslizem em seus automóveis reluzentes sem
solavancos. Ora bolas! Vai te “solavancar” lá na casa dos pavimentos intertravados
ou não de concreto!!!
O asfalto além
de detonar com o dinheiro curto das prefeituras, impermeabiliza o solo
aumentando as enxurradas. O aumento da temperatura nas proximidades das ruas asfaltadas
é flagrante ou flamejante. O aumento da velocidade dos carros e motos e até
bikes é notório e então a solução é quebra-molas (3º mundo). A operação
tapa-buraco é sensacional : o remendo
fica horrorível e o dinheiro sai da cidade...
O asfalto só é
solução pra rodovias e grandes cidades onde os serviços devem ser rápidos, onde
o tempo passa em segundos.
A solução para
os pequenos municípios também é uma usina, só que uma usina de pré-moldados de
concreto. Uma usina que fabrique blocos para pavimentação em larga escala. Isso
sim é solução de longo prazo, solução que gera empregos locais, solução que
segura o rico dinheirinho dos repasses na cidade de cada um.
Uma rua
pavimentada com pré-moldados de concreto é tudo de bom, como diria minha antiga
colaboradora da SMO de JF.
Uma rua desse
jeito permeabiliza o solo.
Uma rua
pavimentada dessa forma não aumenta a
temperatura.
Uma rua em pré-moldado
de concreto não provoca enxurradas.
Uma rua com
paralelos ou paralelepípedos pode ser demolida facilmente e recomposta
rapidamente. O material de reparo está estocado, está garantido imediatamente.
Os buracos não precisam ficar “adultos” para serem tapados!!!
Uma usina de
artefatos de concreto pode fazer muito mais: blocos para alvenarias e muros,
tubos para canalizações e poços, esteios para cercas, vergas, lajes pré-moldadas,
etc.
Sabe quais os materiais
necessários para se fabricar esses artefatos? Areia lavada, pó de pedra, brita,
cimento e água!!!
Nós temos isso
tudo aqui! Em abundância!
A mão de obra
não requer especialização e então o desemprego pode diminuir, além do excesso
da produção poder ser comercializado!!!
Gente, por favor, acordem!!!
Combustível fóssil
está em extinção, o Fundo de Participação dos Municipais está em declínio e a
folha de pagamento desses pequenos municípios gira pra lá de 50% da arrecadação
total!
Quer mais???
Amilcar
é favor do retorno dos paralelepípedos da Praça São José e da Praça Dr. Vicente
Bianco!
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