segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A Carta Anônima



Escrevo-lhe estas maus traçadas linhas meu eleitor, só pra chamar a sua atenção e também por que tá todo mundo escrevendo carta de uma hora pra outra.

Começou com esse presidente temeroso interino antes mesmo de ser presidente e antes de ser interino.

Depois foi a vez dessa presidenta afastada, que continua morando no palácio, sem ser mais presidenta e que ainda não foi afastada definitivamente...

A seguir veio a público a carta da Katia Abreu, que não pagou nem eu nem ninguém, e que virou a melhor amiga de infância dessa mulher honesta, falando que pra andar de bicicleta tem que pedalar, nem que seja pra acabar de descer a ladeira despingoladamente.

Agora o mais indeciso dos senadores, Cristovam Buarque, que como Cristóvão Colombo descobriu alguma coisa que já existia fazia tempo ou Chico Buarque que cada vez mais faz parecer que suas letras e músicas são de outra pessoa, também está escrevendo cartas.

Dizem que na carta da Dilma, versão vetada pelo PT (Postagem Temerosa), ela menciona que nos próximos jogos olímpicos não irá permitir modalidades do tipo lutas: boxe, judô, taekendo e greco romana, além de sumô, por que não são jogos e permitem GOLPE (Garfaram O Lulla Pedalaram Eu). Isso é GOLPE!!!

Outra coisa que ela escreveu, ou alguém escreveu pra ela, é que se voltar vai ter só um ministério: vai se chamar Ministério do Lulla! Esse ministério vai ter todos os poderes necessários pro Lulla fazer e desfazer quantos ministérios quiser. Nesse caso, nas reuniões de ministério ela só vai reunir com o dito cujo. No fundo, no fundo do poço é ele que dá a pedalada final mesmo...

Já na minha singela cartinha anônima, visto que, eu não tenho esse pistolão todo que andam dizendo, quer dizer: quem tem um pintão de rico por trás daquela cara de galã é o Lindemberg, vou escrever coisas do tipo:

O povo brasileiro quer menos impostos;

O povo brasileiro quer menos políticos;

O povo brasileiro quer menos bandidos;

O povo brasileiro quer menos partidos!

O povo brasileiro quer a faixa presidencial de R$ 55.000,00 de volta!

O povo brasileiro quer o broche cravejado de brilhantes de volta!

Essa carta vai aparecer nas Crônicas do Amilcar mas não é ele que está escrevendo. Eu sou anônimo! Não confunda com acrônimo, já que nunca lavei dinheiro de campanha! Sou como o deputado Tiririca: Não caio na lava-jato porque lavo meu carro em casa...

Ainda nessa carta vou dizer que a partir de agora não temos mais esse tão falado “complexo de vira-lata”, que Nelson Rodrigues descrevia como sendo a síndrome do pânico dos brasileiros ao encarar o “primeiro mundo”. As olimpíadas foram um sucesso!

Quem deveria escrever uma carta, mesmo escrevendo errado, falando errado e fazendo tudo errado, deveria ser o Lulla. Deveria fazer igual ao nadador americano e contar a verdade, mesmo que fossem várias versões. Depois devolver os presentes que ganhou de chefes de estado e que são propriedades da nação.

Outra coisa, que é sempre bom relembrar, depois dessa lambança toda as seis horas da manhã no posto de gasolina da Barra, é que a Dilma depois que sumir de vez dos holofotes e deixar todo mundo em paz, passe a ser nadadora. Pode não ganhar medalha, já que não nada nada e nem fez nada, mas pode ganhar nada mais nada menos que uma medalha folheada a ouro. Manchete no New York Times: Campeã da Mentira deixa o Ryan Lochte pra trás.

Essa carta vai ser enviada a todos os brasileiros que ainda sabem ler sem ter que pagar impostos e sem remetente pelo mesmo motivo que já havia dito antes: É uma Carta Anônima!  

Assinado: Lunda.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Pela Volta dos Bons Costumes



Meu pai faleceu há 28 anos e ainda hoje é lembrado como o melhor prefeito que Bicas já teve. Lembrado principalmente pelas pessoas de bem dessa cidade.
Ele entrou na política conduzido e incentivado por seu irmão Maurílio Verlangieri Rebouças, que esteve como gerente da extinta Minas Caixa por vários anos.
É sempre bom lembrar que ao assumir a Prefeitura de Bicas, meu pai, passou a se dedicar única e exclusivamente da administração dessa cidade. Minha mãe Zélia Monteiro da Silva Rebouças passou a cuidar além dos afazeres domésticos da “Sapataria Zélia”.
Naquela época utilizava o seu próprio veículo, uma Brasília VW, era um dos primeiros a chegar no almoxarifado, distribuía as tarefas diárias pra logo depois percorrer todos os recantos do município.
Com recursos escassos conseguiu realizar grandes obras e repassar seu mandato com as contas em dia e o crédito também. Era integro e honesto. Certa vez chegou a dar um puxão de orelha no então Governador de Minas Francelino Pereira, pelo atraso para as solenidades de inauguração da adutora de São Manuel e o novo sistema de abastecimento de água.
São tantas belas histórias que vira e mexe amigos e antigos funcionários da Prefeitura as vezes me param na rua pra dizer: Você tinha que seguir os passos do seu pai!  
Pois bem de tanto ouvir esses conselhos ou apelos resolvi um pouco tardiamente me candidatar a vereador! Meu pai começou como vereador e foi um dos mais atuantes em épocas sem remuneração...
Estou com 61 anos de idade, sou casado há 34 anos com a professora Vitória Lucia de Paula Rebouças, tenho duas filhas Thereza e Mariana, ambas formadas, sou engenheiro civil, natural de Bicas, torcedor do Baeta e do Vascão, além de morador da Praça São José na rua que leva o nome do meu pai.
Acredito que tenho plenas condições e capacidade suficiente para tentar uma vaga na Câmara Municipal de Vereadores de Bicas. A ideia não é ser apenas mais um vereador, porém tentar ser pelo menos um pouco daquilo que meu pai e minha mãe me ensinaram: ter respeito com o próximo!
Esse respeito pode ser definido como: cumprimento dos deveres de cidadão, respeitar os mais velhos, educar os filhos e ser honesto!
A Câmara de Vereadores pode muito se trabalhar pra cidade, pra coletividade. Assistencialismo pode até fazer parte desse procedimento, só que não pode ser tudo pra um vereador.
Vereador além de fiscalizar os passos da administração, do poder executivo tem a obrigação de apresentar e emplacar projetos de lei que visem o bem estar da comunidade. Visem a qualidade de vida das pessoas.
Por ser engenheiro e sempre trabalhar com urbanismo, quero de imediato apresentar as seguintes propostas, diga-se de passagem exequíveis, nessa área:
  •  Novo trevo na entrada principal da cidade.
  •  Passeio público largo e seguro em toda a extensão da Rua Prefeito Oliveira Souza (Bairro Santana)
  •  Aquisição e anexação de um terreno semiabandonado entre as Ruas Floriano Peixoto e Arthur Bernardes, unindo-o a pracinha existente e formando uma bela praça.
  •  Rotatória na saída para São João Nepomuceno (fim da Reta).
  •  Conclusão da passarela Professor José Cúgola;
  •  Passeio público na Avenida Governador Valadares (Reta);
  • Proibir o som automotivo dentro do perímetro urbano;
  •  Unir a Praça Jerônimo Mendes (Reta);
  •  Plano municipal de drenagem (Córrego São José e afluentes);
  •  Revitalização da Praça São José;
  •  Conclusão do projeto do Parque dos Ferroviários;
Além desses projetos penso muito na geração de empregos e na proteção do meio ambiente. Parque Florestal já!
Portanto coloco minha vida, meu currículo e meu empenho nessa empreitada pela Volta dos Bons Costumes!
Sou candidato a vereador!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A verdadeira história do xixi no cinema...



No final dos anos 60 e início dos anos 70 existia em Bicas várias turmas que se reuniam para contestar o sistema e se divertir, principalmente.

Estávamos no auge da ditadura militar e as liberdades eram limitadas, os trilhos ainda estavam no lugar, as oficinas da RFFSA também funcionavam e ainda de pé o Cine Theatro São José!

Nossa turma era formada por garotos com idade ginasial, ou melhor entre 12 e 15 anos e o local principal de encontro era na antiga Praça que ninguém mais sabe o nome, atrás da antiga prefeitura da cidade, na esquina das Ruas Dona Ana e Rua Prefeito Major Severino Costa.

O local era ideal pra gente se reunir. Era central e meio malocado por causa das várias árvores frondosas que serviam de esconderijo e observatório.

Na árvore da esquina um banco de sentar meio detonado foi batizado de “banco da saúde” que não me lembro o porquê e que servia de degrau pra subirmos nas árvores.

Quando alguém aprontava alguma do tipo: furtar jabuticaba no quintal da Dona Maria Baião e tinha que sumir do circuito era fácil: existiam quatro saídas rápidas. Três pra Cel. Souza e uma no fim da Rua Dona Ana que desembocava no cafezal do Dr. Oliveira. Nessa rota de fuga dava pra passar por trás das oficinas e do campo do Leopoldina e vazar lá na Barão de Catas Altas, nas imediações do antigo casarão e hospital.

O prédio do Fórum (atual secretaria de cultura), possuía um portão lateral que nunca era utilizado. Passando por ele uma das trilhas a seguir era por trás do Centro Espirita e chegávamos em um abandonado reservatório de abastecimento de água. Era outro ponto de encontro da Turma da Maloca!

Essa turma tinha uns 20 integrantes fixos e outros que gostavam das aventuras de moleque, mas que não assumiam suas molecagens... como os efetivos.

Todo mundo tinha apelido e estudava no nível ginasial. Alguns em JF, a maioria no Chico Peres em Bicas.

A noite, praticamente toda noite, menos sábado e domingo (quando aprontávamos nas festinhas de aniversário onde um era convidado e o resto era penetra), brincávamos de “barrilium”. Um coitado tinha que achar os outros naquele pequeno imenso universo ao redor do “banco da saúde”.

O cinema era outro ponto de encontro da galera. Nessa época as primeiras namoradas, na primeira sessão do domingo à noite, sentavam bem nas primeiras filas e guardavam lugar pro’s pretendentes.

Assim que o Gote (Iguatemi Índio do Brasil) apagava a luz a galera se ajeitava do lado de sua amada. Quem “pegava na mão” era considerado líder da galera. Pelo menos durante a semana. Mão no ombro então era o máximo!!!

A Turma da Maloca ia em peso no cinema, assistíamos o filme várias vezes e a algazarra era geral. Gritos de “corta Gote” ou Vai acontecer isso. O mocinho vai morrer no final.

Impreterivelmente o Duílio convidava alguém inconveniente a se retirar...

No balcão superior do cinema, pouca gente frequentava. Geralmente o local era dominado por outros marmanjos que mantinham encontros furtivos, em outro nível de relacionamento, nessa área do cinema.

A Turma da Maloca era tão assídua que tinha transito livre até na cabine dos projetores, onde o Gote imperava. Eram dois projetores lindos e imensos, que rodavam o celuloide, divididos em duas ou mais partes. Quando acabava o rolo de uma máquina, dava um breu, até passar pro outro projetor. Nesse momento a gritaria era geral!!! Vaias, assovios, palmas, até estalinho tinha...

Alguém uma vez passou pasta de dente em uma das lentes da projeção e foi um caos. Várias vezes alguém entrava na frente da projeção. Sinais obscenos, sombra imitando animais com os dedos. Muita gente sofria pra ver um filme em paz. Imagina se naquela época existisse o celular???

Numa dessas bagunças e algazarras alguém da turma falou: vou mijar aqui mesmo, Na mesma hora vários outros seguiram a sugestão... O líquido escorreu pelo piso do balcão, entrou no tubo de saída e despejou nas cadeiras do piso térreo. Alguém de baixo reclamou e galera foi saindo de fininho um por um... no famoso pinote...

Rapidinho já estávamos no Bar do João Varanda, tomando um sundae com marshmallow, quando a notícia começou a circular: Fizeram xixi no cinema! Tão falando que foi o Amilquinha filho do Sr. Amilcar!

Assim que escutei o buchicho evaporei do pedaço e na ponta dos pés deitei no meu quarto com o coração a mais de 1000 por segundo.

Passados alguns minutos que pareciam horas meu pai entrou no quarto p$%u@to da vida me deu logo uns quatro ou cinco safanões e decretou: “Amanhã você vai cedo lá limpar a merda que fez!!! “

No dia seguinte, bem cedo, depois daquela noite mal dormida, peguei um balde, um pano de chão e uma vassoura e fui limpar a c@g@d@ da noite anterior. O Duílio estava me esperando e com pena do meu castigo disse: Tá tudo bem. Já limpamos. Vê se aprende a lição!

Paguei o pato sozinho e não entreguei ninguém. Não existia a delação premiada.

Até hoje, quem lembra dessa história, que virou lenda urbana, mexe comigo. Uns de brincadeira outros pra denegrir a minha imagem...

Passados quase 50 anos, criei coragem e vou entregar quem mijou e conseguiu se safar. Foram os seguintes membros da Turma da Maloca e agregados: Cará, Frateschi, Guran e Maclóvio!!!

sacadinha do pum