Mendoza, no norte da Argentina, fica a 365 km de
Santiago, no Chile só que de carro gasta-se 5:30 h de viagem e de ônibus 7:00
h.
Apesar da distância não ser tão grande o trajeto
é muito lento porque a rodovia atravessa a fantástica Cordilheira dos Andes,
além do tráfego intenso e das curvas fechadas culminando com um trecho da Rute
60 conhecido como “Les Caracoles”, onde um emaranhado de curvas forma um zig
zag indescritível.
Outro fator que atrasa muito a bela viagem é a
temida Aduana Chilena. Parada obrigatória pra qualquer um é um
procedimento igual ao de aeroporto:
conferência de documentos e bagagens na esteira com raio x. Inclusive, eu e
minha inseparável companheira de viagens fomos sorteados com uma mais ou menos
minuciosa vistoria em uma das malas abarrotada de vinhos da Séptima, bodega
sensacional de Mendoza, além de uns vidrinhos de oliva sem filtrar...
Essa travessia da Cordilheira, apesar do tempo
de viagem, não é cansativa, principalmente de ônibus. Fomos num de 2 andares
super confortável, bancos reclináveis de couro, janelões panorâmicos e serviço
de bordo.
Saímos de Mendoza as 8:00h, cidade com mais de 150 mil habitantes, porém possuidora de aeroporto internacional e uma rodoviária
de nível de primeiro mundo. Pela rodovia, Rute 7, atravessamos todo o vale do Maipú e
Lujan de Cuyo. Nesse vale estão situadas as bodegas mais famosas da cidade tais
como: Séptima, Família Zucardi, Suzana Balbo, Erica Goulart, Catena Zapata,
Trapiche, Norton, La Rural, etc.
Sempre ao fundo a Cordilheira vai se agigantando, a medida que o "bus" acelera, com seus picos nevados refletindo os raios de sol, muito sol. A região é desértica e o aproveitamento das águas que escorrem do degelo da Cordilheira é muito bem bolado, com drenos, canais e pequenas barragens. Todo cuidado pra não faltar o precioso líquido, inclusive na irrigação do outro preciosíssimo “líquitido”: o vinho. Ou melhor os vinhedos de uvas MALBEC!!!
Sempre ao fundo a Cordilheira vai se agigantando, a medida que o "bus" acelera, com seus picos nevados refletindo os raios de sol, muito sol. A região é desértica e o aproveitamento das águas que escorrem do degelo da Cordilheira é muito bem bolado, com drenos, canais e pequenas barragens. Todo cuidado pra não faltar o precioso líquido, inclusive na irrigação do outro preciosíssimo “líquitido”: o vinho. Ou melhor os vinhedos de uvas MALBEC!!!
O início da subida não é muito agradável, por
serem as montanhas pedregosas e sem vegetação, porém quando os pequenos riachos formados do degelo começam a aparecer, a paisagem meio futurística, parecendo um planeta desértico
e árido, o visual vai se tornando perturbador.
O traçado da rodovia vai procurando as brechas entre as
montanhas e as curvas se sucedendo cada vez mais fechadas e estreitas,
parecendo que os veículos entrarão em colisão frontal...
O nível de escolaridade tanto da Argentina
quanto do Chile é superior ao nosso e consequentemente o grau de civilização também.
Vê-se claramente esses detalhes pela organização imobiliária urbana e rural,
além do respeito e devoção a bandeira do país.
A política está meio desgastada no Chile com a
presidenta Michelle Bachelet e na Argentina quem anda enrolada com a justiça é
a ex, Cristina Kirchner. Ainda assim a bandidagem brasileira é campeã indiscutível e somos alvo das chacotas dos nativos. Eles só respeitam a
seleção brasileira: Tite e Neymar Jr.
A medida que vamos adentrando na cordilheira, a
altitude aumentando, os picos nevados vão aparecendo lindos, extremamente
brancos, ofuscantes e gelados, o visual vai ficando cada vez mais belo,
diferente de tudo o que eu já tinha visto. É de ficar de boca aberta, paralisado.
As pessoas não conseguem se conter com tanta beleza e só se escuta: Oh!!!
Lindo!!! Incrível!!! É coisa de Deus!!! Nossa!!!
Na Aduana todo mundo tem que sair do ônibus quentinho
e enfrentar temperaturas por volta dos 8 graus com ventos, porém com o céu
limpo e o sol a pino ninguém nem sente, principalmente devido a paranóia de enfrentar os
Carabineiros da Aduana Chilena...
O procedimento dura em média 1:00h e logo
estamos na Rute 60 pra segunda e última etapa da viagem.
Com todo mundo mais tranquilo seguimos viagem
por dentro da Cordilheira onde começam a aparecer campings e hotéis, com chalés típicos
pra caçadores e pescadores de truta. Os telhados vermelhos e azuis contrastam com a paisagem e alguns
hotéis estão bem decaídos ou abandonados. Nesse trecho os riachos de degelo
correm entre blocos de granito e rocha e um tipo de pinheiro vertical, além de árvores choronas verdes e abundantes.
Um dos momentos mais esperados da viagem surge no início da descida:
Les Caracoles!
A sequência de curvas sinuosas é tão grande que são numeradas. Os veículos vão se cruzando num zig zag sem fim e tanto de uma janela do "bus" quanto da outra os passageiros tem a visão completa da descida e da subida. O desnível é de mais de 300 metros, além dos precipícios com direito a calafrio com frio...
A sequência de curvas sinuosas é tão grande que são numeradas. Os veículos vão se cruzando num zig zag sem fim e tanto de uma janela do "bus" quanto da outra os passageiros tem a visão completa da descida e da subida. O desnível é de mais de 300 metros, além dos precipícios com direito a calafrio com frio...
Então a Cordilheira vai ficando pra trás e os vestígios,
da capital Santiago, começam a aparecer. Auto estradas, saídas pras cidadelas do
interior, vinhedos e por fim a belíssima capital do Chile... Centola, Cousiño-Macul, Cerro San Cristoban, Costanera, o edifício mais alto da América Latina, Lastarria, só que isso é papo pra
outra resenha.
Nota
final: a estranhíssima e decadente rodoviária de
Santiago não condiz com a cidade!
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