Dizem que seres humanos com pouca paciência ou
que não querem ser incomodados com assuntos irrelevantes/irritantes, são sujeitos com
estopim curto. Existem outras que nem estopim possuem.
Algumas pessoas falam, a boca miúda, que eu me
enquadro em gênero, número e alto grau de descontentamento, nesse segundo caso!
Isso não quer dizer que saio atirando pra todas
as direções, feito metralhadora giratória do tipo “Heckler & Koch MP5K” (considerada a melhor sub metralhadora
pra sair atirando em áreas urbanas), apesar de passar pela minha cabeça durante
pelo menos umas 22 horas por dia, que tem muita gente na minha mira...
Na cidade, na fazenda ou numa casinha de sapé,
sempre existe mais de uma pessoa e é nesse ponto que começa a minha indignação!
Como diria Lavoisier: “dois corpos não podem
ocupar o mesmo lugar no espaço” ou seja: duas ideias distintas não podem ocupar
a mesma cabeça o tempo todo.
Você pensa de um jeito e na minha opinião de
forma equivocada, eu penso de outro jeito, diametralmente o oposto. Resultado
não tem dialogo!!!
Numa cidade onde deveria prevalecer o bom senso
e a educação do tipo sua liberdade vai até onde começa a minha, não é isso que
ocorre e vem ocorrendo diariamente nestes últimos 63 anos.
O caboclo acorda cedo todo dia pra fazer merda,
pra fazer apenas o que lhe interessa, só que tem gente que não concorda. Eu
discordo.
Lógico que você deve “brigar” pelos seus
interesses, pelos seus propósitos, porém tem outras pessoas que habitam ou orbitam
na mesma cidade.
As vezes seus negócios se cruzam, sua engenharia
e sua arquitetura, sua medicina e sua política, sua carpintaria e seu comércio,
podem estar a serviço do mesmo patrão, mesmo que alguns charlatães e
inabilitados entrem no negócio.
Tem muita gente, pessoas do bem, que ainda não
percebeu que “o barato sai caro”, como diria Bário Blaster (expert em explosivos e outras bombas).
Na minha profissão tenho visto muita gente
preferir pagar mais por um serviço oferecido por leigos e achar que é mais
barato do que consultar um profissional habilitado, que conhece as regras, as
normas, que conhece a Lei de 1979 de Uso e Ocupação do Solo Urbano!
O pior é que vários profissionais, de todas as
áreas, vendem sua habilitação por merreca, pra que o charlatão venda seu
produto, diga-se passagem: produto sem lastro.
Ninguém é melhor do que ninguém, o problema é
quando esse alguém tem certeza que pode ganhar todas ou que só venha a nós tudo
e no vosso reino nunca!
Nessas alturas dá vontade de mudar de cidade.
Sair de uma 1.0 do FPM (Fica de Pires na Mão) e mudar de mala e cuia pra uma
5.0 do FPM, com mais de 500 mil habitantes onde a possibilidade de encontrar
com essas figuras incontráveis a olho nu é praticamente de menos de 1%. Porém alguém
vem e sopra na sua “orêia”: - E a velha e surrada Lei de Murphy???
Pronto, dito e feito. Sem mais nem menos e olha vocês
cruzando, em sentidos opostos, na mesma calçada, próximo a Avenida Brasil... Só tem uma solução pra mim: atravessar o Paraibuna
com água até na cintura.
Não dá pra andar na mesma calçada! Não dá pra
encontrar no mesmo restaurante! Não dá pra "trombar" com um desafeto desses no mesmo bairro!
Não há a mínima possibilidade dessa cidade comportar essas pessoas e eu!!!
Fico imaginando-me em uma padaria tradicional,
que frequento há vários anos, que tem um balcão e um café, ao olhar pro lado
enxergar esse elemento ou vários desses.
Essa cidade já ficou pequena demais pra nós
todos...
Talvez uma solução mais duradoura seja mudar de
país. Mudar de continente, só que essa opção não é simples. No meu caso eu escolheria
ir pra Portugal, mesma língua, Europa, Lisboa, Porto, vinhos e bacalhau.
Comecei até a ler sobre essa possibilidade e
viajei no tempo... O ano era 1988, o Rossio, Chiado, Alfama, o Tejo, o fado, as
ruas em paralelepípedos, o bonde nº 28, telhados cerâmicos, a Rua Augusta...
Acabo de saber que um monte de gente teve essa
mesma e brilhante ideia: sumir do Temer, da Gleisi, do Renan, Ciro, Sarney, PT,
Gilmar, Lula...e mudar pra Portugal.
Tanta gente já foi que as duas maiores cidades,
Lisboa e Porto, estão infestadas de brasileiros. Cariocas em Lisboa e
Paulistanos no Porto. Apelidaram Cascais de Leblon e a Rua Santa Catarina, de Consolação.
Vai que tomando uma “ginja” no “Café A Brasileira”
em Lisboa ou saboreando um cálice do fortificado Ramos Pinto no Majestic Café, me
aparece você que vira de frente pra mim e ainda me dirige a palavra?
Das duas uma: mergulho no Tejo e vou pra Setúbal
ou pulo no Porto emergindo em Vila Nova de Gaia!!!
Ô carma, sô!
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