Desde que
me entendo por gente e lá se vai um bom tempo, sei que os bares fazem parte da
vida das pessoas. Fazem parte das cidades e acredito que não existe cidade sem
bar, ou melhor: existe, porém não contem com a minha presença numa metrópole
desse gabarito!
Os bares
vão surgindo de todo tipo e tamanho. Têm os famosos “pés sujos”, também
conhecidos como c@#ú sujo, os botequins que glamourizados viraram botecos, pub’s,
cafés, bistrôs e por aí vai.
Esses
locais estão ficando tão entranhados na vida das pessoas, sóbrias ou não, que
muita gente já passa a maior parte da vida dentro ou fora de um ambiente como
esses.
O pé sujo geralmente é frequentado por indivíduos
que fazem uso da bebida alcoólica de forma diária, quer dizer: horária. Pela
manhã apesar de meio amarrotado, do dia anterior, toma logo uma lisa pra parar
com a tremedeira, raciocinar e refletir
melhor.
Alguns
usuários desse procedimento chamam o “liquitido” de remédio, pois é a única
coisa que concerta o caboclo naquele momento.
Quem
frequenta um bar na segunda feira é considerado, pela diretoria (!), um
profissional, já que a grande maioria prefere se expor apenas nos fins de
semana, quando bebe quantidades pantagruélicas dos derivados da cana, da uva,
da cevada e do lúpulo...
O papo
não é o bebedor ou o frequentador assíduo desses verdadeiros antros do
entretenimento alcoólico e sim os bares botecos e afins.
Nos dias
de hoje a proliferação destes estabelecimentos é tão maciça que o cidadão pode
escolher aonde ir a cada dia do mês... ou enquanto ainda não estiver “negativado”...
Agora
inventaram a “comida de buteco”, que nada mais é do que retirar dos botequins o
preconceito e mal olhado da sociedade tradicional, que sempre viu que a perdição
começa nesses imóveis para fins destilantes e/ou fermentantes, desde
que com graduações “lussaquianas” crescentes.
Nesse
interim, a cidade foi crescendo, o numero de botecos também e o de
frequentadores mais ainda, tanto é assim que a Praça São José, vem sendo
ocupada a partir das quartas com mesinhas em pelo menos quatro locais
distintos.
A
princípio existia apenas um trailer estacionado que se fixou e o pipoqueiro.
Depois outro trailer que também já está se fixando e abrindo filial. Depois
mais outro...e mais outro...
Na
verdade a praça já virou um grande bar a
céu aberto, tem batata, pastel, churros, pipoca, xburguer, pula-pula
enquanto seu pai bebe, camelôs, bicicletas, skates e lógico: bebidas e tira-gostos...
a ocupação caiu no gosto popular, ninguém proibiu e vem crescendo.
O
problema é que tudo deve ser regulamentado e combinado com os soviéticos,
principalmente com os dependentes do
ruído sonoro em veículos automotores... esses distorcem o que já vem sendo
distorcido pela ocupação irregular.
O Bar du Léo
em JF, na Praça Armando "Ministrinho" Toschi , no Jardim Glória, utiliza e cuida há
anos daquele logradouro. Aqui poderia ser feito o mesmo. Os beneficiários desse espaço democrático (?), dariam uma
contrapartida na manutenção e remuneração dos funcionários que tentam recompor
e limpar a praça, suas calçadas, seus canteiros e suas benfeitorias, praticamente todos os dias da semana. Pelo menos pra compensar o restinho da população...
Bar São José, seu
ponto de encontro no coração da cidade.
Beba com educação e sem usucapião. Respeite o cidadão, o cristão e a
locação sem remuneração.
Afinal o
imóvel não é particular e nem privado, é do Santo. É do São José!!!
Amém!
Amilcar
é a favor da praça.
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