Todo
mundo gosta de viajar, inclusive minha patroa e eu sempre que podemos, saímos
meio que sem rumo, porém com tudo programado, muita mala e pouca bagagem e lá
vamos nós.
Nosso
destino predileto, além do Brasil é o Velho Mundo. O problema é o custo, mas
juntando euro a euro, dá pra fazer algumas extravagâncias e conhecer lugares
com muita história, gastronomia de glutão, andanças pra todo canto
(principalmente de metrô e trem) e ainda pequenas compras, já que somos
consumidores de novidades.
Uma
das coisas que não abro mão é de ter pelo menos 15 dias de férias. Afinal, o
preço das passagens aéreas, os rituais e procedimentos de embarque e
desembarque, mais de 10h a 12h de voo, não são coisas que dá pra fazer todo dia
ou toda semana.
Dessa
vez escolhemos um giro pela Espanha e confesso, minha expectativa não era a
mesma que para a Itália, Portugal ou cidades como Londres, NY e Paris (Esnobeichion). Fui achando que não era
lá essas coisas todas, mas era. Era muito mais! Nada como uma reciclada no
primeiro mundo!!!
Fomos com praticamente tudo acertado: 8 noites em Madri e 7 noites em Barcelona.
Dois bate-e-volta de trem com os bilhetes comprados aqui, mais a ida de trem
Madri-Barcelona (a 300km/h) e a volta para Madri de avião, pra pegar o voo de
volta pro Brasil.
Euro
no bolso, mapas, passaporte, chicletes, celular, óculos de grau, óculos escuro e lá fomos nós... Voo noturno, classe econômica, Ibéria, monitor na
poltrona, rango fraco (como sempre), lotado, gente que leva bagagem de mão do
tamanho da bagagem de 32Kg, etc.
O
Hotel, em Madri, no calçadão da Plaza del Sol, centro histórico da capital e
pertinho de tudo. Apesar de modesto, um 3 estrelas com café da manhã justo e um
quarto de bom tamanho.
Viajante
que se preza não pode perder tempo, malas no hotel, o tempo é veloz e já saímos
em direção a Plaza Mayor, de cair o queixo. Perto dali o Mercado São Miguel pra
passar o dia, a noite e outros se puder (pelo menos umas 3 vezes eu fui: Jamons, vinhos,
tapas e comes e pães e azeites e gente bonita...). Resumindo: Reina Sofia (Picasso e Dali),
Palácio Real, Parque del Retiro (um parque do nível do Central Park, Hyde Park,
Villa Borghese ou Jardins de Luxembourg), Cava Baja, Prado, Gran Via e mais tapas,
vinhos, paellas e jamons pata negra...
Os
bate-e-volta perfeitos de trem: Toledo, primeira capital, medieval, becos,
ponte romana, muito artesanato, cutelaria, Doménikos Theotokópoulos (El Greco),
nascente do Tejo e rangos no Abadia (pra rezar, orar meditar comendo).
Alcalá
de Henares, terra do Miguel de Cervantes (Dom Quixote), cidade universitária e uns drinques
em frente à Catedral Magistral (medieval e sensacional).
Segóvia,
outra linda cidade medieval com um aqueduto romano intacto e imenso (28 metros de
altura em pedra encaixada), passeio inesquecível. Castelo de Alcazar,
Catedral de Santa Maria e o cochinillo assado (leitãozinho) no Restaurante do Zé Maria (famoso), onde os
garçons cortam o assado na sua presença com dois pratos, sem facas...num baba
não...
Da
estação de Atocha, mistura de estação com shopping, com metrô, atalhos
subterrâneos, encontro de raças e idiomas, subimos no trem AVE da RENFE (2ª
classe, alta velocidade, um luxo) e em 2 horas estávamos em Barcelona...
Dessa
vez ficamos num hotel conceito, meio modernoso, quarto bom e café da manhã
fraco, porém bem localizado.
Se
você não tiver preconceito com mapas e sair perguntando em perfeito “portunhol”
vai levar alguns “foras” mas acaba chegando nas principais atrações. Barcelona
fica na Catalunha e o idioma é mais complicado, porém não temos medo do metrô,
que como o de Madri e de outras cidades europeias te leva pra todos os cantos
com segurança e conforto.
Barcelona
é a terra de Gaudí, então vamos lá: Sagrada Família, Hospital Santa Creu i Sant Pau (Santa Cruz e São Paulo), Parque Guell, Paseo de
Gracia, La Rambla, Mercado La Boqueria, Plaza Mayor (menor que a de Madri com o
mesmo charme), Bairro Gótico, El Born (ruinas preservadas dentro de um galpão incrível),
Parque de la Ciudadela, Montjuic (fontes e mais fontes e mais fontes) e etc.
Pra
fechar, um bate volta em Montserrat (Virgem Negra), um mosteiro beneditino,
construído a partir do ano 880, encravado nas montanhas serrilhadas, lá pro’s
lados de Monistrol (Parc Natural de la Muntanya de Monteserrat), em direção a
divisa com a França. A subida, de mais de 700 metros, num trem panorâmico com
cremalheira vale o passeio... além das “cavas” (um tipo de espumante da
Catalunha) e da feirinha de produtos artesanais da região (queijos, doces, etc.).
Dá
vontade de ficar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário