Quando o Medina surgiu com a ideia do
Rock in Rio e a concretizou muita gente achou que ele estava delirando, mesmo
porque naqueles idos já tínhamos o Eike Batista se bilionarizando a mais de mil por hora e outros brasileiros como o
Lemann, Telles, Safra e Sicupira na lista Forbes das grandes fortunas mundiais.
Mesmo assim, o cara, descolou uma área
perdida na Zona Oeste do Rio (Barra da Tijuca) e conseguiu seus sonhados
intentos, realizando o que viria a ser o maior encontro de rock mundial.
Bandas famosas se apresentaram por aqui
em shows memoráveis, até bandas nacionais se reinventaram com performances de
primeiro mundo como foi o caso do Capital Inicial.
O problema, esse é o problema, é que as
coisas foram evoluindo, o dinheiro foi se multiplicando, a marca viralizou e
tornou grife, foi exportada (Portugal virou freguês), o local virou um
rockodrómo, só que os estilos musicais já não são mais o velho e bom rock’n’
roll (balançar e rolar).
Lembro muito bem que numa noite de rock
pesado ou heave metal, daquelas bandas como AC DC e Iron Maiden, misturaram o
sonzinho enjoadinho do baiano Carlinhos Brown, em 2001. Foi um massacre.
O local tava lotado de metaleiros e
colocaram na abertura de bandas extremamente radicais de som pesado, esse
cidadão do axé. Até ovo ele levou e pelo jeito ainda não aprendeu, apesar de
conviver com o Arnaldo Antunes.
Pois bem, nisso os organizadores
resolveram mesclar um monte de gente, que na minha modesta opinião de roqueiro
desde Bill Halley e seus cometas, passando por Beatles e Rolling Stones e tudo
mais que surgiu, a coisa virou um circo, a coisa degringolou. É como misturar
alhos com bugalhos em frangalhos e ca%¨&ra#lhos!!!
Eu não tenho nada contra axé music ou Gil
e Caetano, apesar de achar que a tropicalismo na verdade é melhor com o Jorge
Mautner e o Tom Zé, porém colocar essa gente no meio de verdadeiras lendas do
rock mundial, bandas formadas por músicos altamente qualificados intercalados com
músicos de barzinho...
O rock é tão adorado, é tão respeitado
que recentemente um cidadão que comprou um ingresso pro Iron no dia 4/10 justamente
no dia do seu casamento. Ele tá oferecendo de graça pra quem quiser ir no lugar
dele. A igreja fica em Jardim Camburi e a noiva se chama Andréa, tá tudo
organizado e quitado. Só chegar e casar...
Agora vem uns caras e começam a bagunçar
com vida de nós pobres rockeiros e/ou bluezeiros chamando verdadeiras
aberrações pra cantar e tocar em templos de rock.
Alcione, Elza Soares e Ivete Sangalo.
Chama o Kid Abelha (com a Paulinha inclusive) mais não me chame o Chicletes com
Banana! Ajuda nóis aê broder!!!
Porque não o Cachorro Grande, banda gaúcha
de rock de primeira e com vários discos de categoria?
A tchurminha do Rio fica muito ligada no
bairrismo e socando Michel Teló, Luan Santana e outras pragas da sofrência sem
fim e sem noção de quem compra esse tipo de produto. Depois quer falar mal do
STF (serviços trambicados falsos), quer meter o pau no Alcolumbre só por que
ele prefere ficar do lado do Renan Pentelho Implantado na cabeça chata.
É por essas e por outras que o Brasil
nunca irá pra frente. Não tem como ir pois quando tem oportunidade caga na
retranca.
Vou dar uma idéia: façam um Pop In Rio só
com essas figuras grudentas da musica pobre brasileira e essas porcarias
internacionais que tocam nas novelas ou esses despacitos rebolantes. Vê se
vai dar Ibope.
Só falta chamar o Roberto Carlos, o Julio
Iglésias, a Anita e a Celine Dion...
Ô Medina para com isso caboclo!