quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A CPI das CPI’s

Antes de mais nada é bom saber o que é uma CPI, ou seja: onde pode chegar uma CPI.
Traduzindo ao pé da letra, CPI quer dizer: condenar pessoas inocentes ou comissão praumentar a impunidade, ou ainda, crescimento do patrimônio invisível.
Pois bem, estão querendo criar a CPI do dnit. Nisso surge a do turismo e a da agricultura...na verdade querem transformar o congresso nacional numa eterna CPI – circo pirotécnico internacional!!!
A CPI do DNIT nem bem começou foi terminada por falta de investigados...todos foram demitidos, aliás quero aproveitar esse espaço democrático "verbal" pra pedir a mudança do nome do DNIT pra DMIT?!!!!!
EU escuto umas historinhas desde menino sobre o DNIT, ex DNER (dinheiro nenhum pra estradas de rodagem), tais como a do mapa rodoviário que consta aquela rodovia asfaltada ligando nada a uma rua sem saída... A estrada não existe e ninguém nunca foi lá conferir porque era como um beco sem saída.
Quem trabalha com estradas sabe que o melhor preço da planilha é a demolição em rocha, sempre super estimada em quantidades generosas e fartas...
Quem sou eu pra julgar, porem se você pensar bem vai notar que uma CPI séria iria envolver praticamente toda a sociedade.
As decisões judiciais estão cada vez mais escassas. A maioria dos julgadores prefere que as partes esgotem todos os recursos para que não falte defesa nem ataque...
A CPI é uma comissão de investigação, criada e conduzida pelo poder legislativo. Precisa de 1/3 dos 81 senadores, portanto 27 figuras distintas ou 1/3 dos 513 deputados, portanto 171 ilustres cidadãos...dizem que daí surgiu o artigo do código penal nº171...
Nesse "pós ditadura" algumas CPI’s ficaram famosas, tais como a do PC Farias, que derrubou o Collor; a CPI do Orçamento que investigou os 7 anões, inclusive o incrível ganhador da mega sena por centenas de vezes, João Alves...
Depois vieram as CPI’s do narcotráfico, do mensalão, dos correios, dos bingos , do judiciário e do apagão aéreo, ou seja: CPI de tudo quanto é tipo e gosto, com direito a bisbilhotar a conta corrente dos meliantes, os cartões de credito...surgiram até musas das CPI’s como foi o caso da Teresa Collor, a morenaça das Alagoas...ganhou status de socialite, foi no programa da Hebe, convidada pra sair pelada nas melhores revistas do gênero, etc. Tem gente, como eu, esperando até hoje...
Na verdade as CPI’s, que podem ser mistas, quando há membros da câmara e do senado, são verdadeiras festas com direito a jantares, almoços, churrascos, viagens internacionais (como as do Suplicy), ou melhor: verdadeiros circos.
O mais interessante que o réu, totalmente desmascarado, porém com pouquíssima coisa em seu nome, pode se recusar a responder qualquer pergunta que achar aborrecida, enfadonha ou embaraçosa...
Na verdade tá na hora de fazer uma CPI dos políticos do Brasil! Todos, desde vereadores até a presidente. Filtrar e retro lavar o congresso nacional e os outros poderes também.
Imaginem se a natureza resolva criar uma CPI pra apurar os abusos do ser humano, do político sobre o meio ambiente. No mínimo faltará xilindró pois é uma multidão, uma quantidade pantagruélica de pessoas, que pode ultrapassar a população desse país e ter que importar mão de obra da China pra engaiolar essa patota toda. CPI made in China.
Nisso poderá causar até um desequilíbrio nos movimentos do planeta já que a concentração de peso em partes distintas do globo terrestre afetará as placas tectônicas do sistema imunológico da Terra, causando um sem fim de tsunamis, erupções e terremotos, além da extinção do mico leão dourado, da tintura (óleo de fígado de graúna) usada pelo Lobão, pelo Sarney e outras pinturas rupestres do sertão do nosso querido Brasil!
Essa sim seria a verdadeira CPI, a máxima Comissão Parlamentar de Inquérito... A CPI das CPI's!!!
Enquanto isso o Barack Osama vem ensaiando o maior calote da história do dólar furado, um verdadeiro tombo no sistema financeiro internacional...Quem sabe uma CPI – comissão do patrimônio internacional – pra ver se a economia americana foi pro buraco...
Já no Brasil com a onda das paradas (inclusive as paradas de ônibus), resolveram fazer a parada da corrupção...dizem, ficou sem platéia...inté cumpadi!


Amilcar é a favor da CPI do planeta!!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Meu primeiro filet mignon

Antigamente, somente no almoço de domingo se comia frango assado com arroz de forno e refrigerante. Durante a semana, tinha bife de contra-filé ou chã e água ou limonada...
Hoje em dia todo dia tem frango, etc. refrigerante. Qualquer comida a quilo tem três tipos de carne e peixe, salmão, frutos do mar, etc.
Lembro que “encarei” meu primeiro filet mignon em Juiz de Fora, almoçando com meu pai na antiga rodoviária. Aquela da Getulio Vargas com a Avenida Rio Branco, hoje conhecida como prédio da CESAMA, ou Edifício Adhemar Resende...
O restaurante era da família Imbroise e meu pai pediu o tradicional: filet ao ponto com arroz e fritas...suculento...alto...bem servido...300 gr pra cada um...fritas crocantes e um arroz fumegante...
Nessas horas a fome ajuda o paladar e vice versa, porém eu ainda não sabia que “ao ponto” a parte interna da carne vinha meio que sangrando...tava acostumado com bifes estreitos e bem passados.
Meu pai logo notou e falou: - Filet se come ao ponto ou mal passado! Feche os olhos e deixe a carne derreter na boca!!! Isso sim é conselho de pai!
Dito e feito: daí em diante o filet virou o prato predileto e fui aprimorando nos acompanhamentos, nos cortes e nas formas de prepará-los.
Em Juiz de Fora tinha o Faizão, fogão a lenha e cozinha tradicional. Fui freguês de carteirinha inclusive com direito a escrever na parede e atendimento vip dos garçons “centenários”, principalmente do amigo Bolinha, hoje comandando um bar no alto de Santa Ifigênia.
Dizem que quando eu almoçava com amigos, lá no Faizão, o Bolinha ou o Luiz, sempre me serviam em primeiro e o melhor naco do filet era meu...algum tempo depois, com a proliferação do celular, descobriram que na hora de servir, era só ligar pra mim que distraído era traído pelo próprio Bolinha, que servia a todos e depois ainda comentava: - Não quis te incomodar no celular...
Tudo bem, a diferença não era tão abissal assim e meu histórico com os filés já virou até folclore.
Morei por 10 anos em Belo Horizonte e logo de cara fui conhecer o filet com brócolis da Cantina do Ângelo ou simplesmente Ângelo (Amazonas esquina com Tupinambás e Espírito Santo), um sobrado surrado, pé direito alto, garçons centenários e um filet honesto de primeira qualidade.
Ainda em BH, já mais familiarizado e enturmado (galera do Sion), conheci um restaurante na Savassi, pertinho do Cinema Pathé, na Pernambuco esquina com Getulio Vargas, chamado “CTI”.
O prato mais pedido era uma bola de filet recheada com requeijão, molho madeira, batatas sauté's e cebola ao ponto...era como se te internassem num centro de tratamento intensivo. O bom é que nesse local a caminhada é quase obrigatória. Piso plano, lojas de tudo quanto é coisa, sucos, lanchonetes e sorveterias, além é claro das “meninas das alterosas” em compras...
De volta pra capital da Zona da Mata ou Grande Bicas (como diria o Todinho – prefeito de JF e conterrâneo), passei a freqüentar com mais freqüência a cidade do Rio de Janeiro e adjacências.
Os filet's do Rio são muito bem tirados e os restaurantes do centro servem generosos pratos variando dos tournedor's aos, picadinhos, estrogonofes, medalhões, paillard’s (batido para alargar) e chateaubriand (corte mais nobre do filet). Além do chope gelado e fresco...
O nome filet mignon, surgiu na França e quer dizer fatia (filet) gostosa (mignon) e foi em Paris, nos idos de 1988 numa oportunidade rara, que fui saborear meu primeiro steak poivre, ou seja um tournedor ao molho de pimenta calabresa verde e batatas sauté. Imagine acompanhado de um tinto Bordeaux, olhando pro Sena???
Atualmente depois do “OutBack - Steakhouse” (Barra da Tijuca), carnes com cortes australianos, vários restaurantes estão surgindo com o mesmo conceito e é a tendência. Em JF, ainda não tive o prazer, porém soube do Bravon, do Sartorini e do Cantagalo entre outros, que também já oferecem cortes generosos de partes nobres de bovinos e suínos.
Bicas é que deixa a desejar e muito na área gastronômica, principalmente o simples e delicioso filet com fritas.
O máximo que se consegue em Bicas é um bife de contra-filet acebolado e só. É pecado falar filet mignon nesses locais.
Alguém me disse que é caro...e daí? Ofereçam com ou sem filet e cobrem a diferença, porém tenham filet mignon!!!
Cada bovino fornece duas peças do filet e aqui em Bicas são vários açougues. Não existe justificativa para não ter o tão saboroso, suculento, macio, fácil de preparar, nutritivo e respeitado filet mignon!!!
Basta uma chapa, ou churrasqueira, ou até um frigideira, um forno...e aquele naco grelhado, ao molho madeira, com legumes cozidos (cenouras, batatas, repolho, brócolis e ervilhas...).
Alô Bicas, sai um filet com fritas e uma gelada, por favor...

Amilcar é mamífero e carnívoro!


sacadinha do pum