segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Pop In Rio


Quando o Medina surgiu com a ideia do Rock in Rio e a concretizou muita gente achou que ele estava delirando, mesmo porque naqueles idos já tínhamos o Eike Batista se bilionarizando a mais de mil por hora e outros brasileiros como o Lemann, Telles, Safra e Sicupira na lista Forbes das grandes fortunas mundiais.
Mesmo assim, o cara, descolou uma área perdida na Zona Oeste do Rio (Barra da Tijuca) e conseguiu seus sonhados intentos, realizando o que viria a ser o maior encontro de rock mundial.
Bandas famosas se apresentaram por aqui em shows memoráveis, até bandas nacionais se reinventaram com performances de primeiro mundo como foi o caso do Capital Inicial.
O problema, esse é o problema, é que as coisas foram evoluindo, o dinheiro foi se multiplicando, a marca viralizou e tornou grife, foi exportada (Portugal virou freguês), o local virou um rockodrómo, só que os estilos musicais já não são mais o velho e bom rock’n’ roll (balançar e rolar).
Lembro muito bem que numa noite de rock pesado ou heave metal, daquelas bandas como AC DC e Iron Maiden, misturaram o sonzinho enjoadinho do baiano Carlinhos Brown, em 2001. Foi um massacre.
O local tava lotado de metaleiros e colocaram na abertura de bandas extremamente radicais de som pesado, esse cidadão do axé. Até ovo ele levou e pelo jeito ainda não aprendeu, apesar de conviver com o Arnaldo Antunes.
Pois bem, nisso os organizadores resolveram mesclar um monte de gente, que na minha modesta opinião de roqueiro desde Bill Halley e seus cometas, passando por Beatles e Rolling Stones e tudo mais que surgiu, a coisa virou um circo, a coisa degringolou. É como misturar alhos com bugalhos em frangalhos e ca%¨&ra#lhos!!!
Eu não tenho nada contra axé music ou Gil e Caetano, apesar de achar que a tropicalismo na verdade é melhor com o Jorge Mautner e o Tom Zé, porém colocar essa gente no meio de verdadeiras lendas do rock mundial, bandas formadas por músicos altamente qualificados intercalados com músicos de barzinho...
O rock é tão adorado, é tão respeitado que recentemente um cidadão que comprou um ingresso pro Iron no dia 4/10 justamente no dia do seu casamento. Ele tá oferecendo de graça pra quem quiser ir no lugar dele. A igreja fica em Jardim Camburi e a noiva se chama Andréa, tá tudo organizado e quitado. Só chegar e casar...
Agora vem uns caras e começam a bagunçar com vida de nós pobres rockeiros e/ou bluezeiros chamando verdadeiras aberrações pra cantar e tocar em templos de rock.
Alcione, Elza Soares e Ivete Sangalo. Chama o Kid Abelha (com a Paulinha inclusive) mais não me chame o Chicletes com Banana! Ajuda nóis aê broder!!!
Porque não o Cachorro Grande, banda gaúcha de rock de primeira e com vários discos de categoria?
A tchurminha do Rio fica muito ligada no bairrismo e socando Michel Teló, Luan Santana e outras pragas da sofrência sem fim e sem noção de quem compra esse tipo de produto. Depois quer falar mal do STF (serviços trambicados falsos), quer meter o pau no Alcolumbre só por que ele prefere ficar do lado do Renan Pentelho Implantado na cabeça chata.
É por essas e por outras que o Brasil nunca irá pra frente. Não tem como ir pois quando tem oportunidade caga na retranca.
Vou dar uma idéia: façam um Pop In Rio só com essas figuras grudentas da musica pobre brasileira e essas porcarias internacionais que tocam nas novelas ou esses despacitos  rebolantes. Vê se vai dar Ibope.
Só falta chamar o Roberto Carlos, o Julio Iglésias, a Anita e a Celine Dion...
Ô Medina para com isso caboclo!

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sacadinha do pum