terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Viajar é preciso 2



Depois que você vai a primeira vez, fica logo se achando o maior viajante do planeta.

Tem gente que sai do país naquelas famosas excursões de vários países em 12 dias e volta querendo montar uma agencia de turismo “diferenciada”, incorpora um guia turístico experiente e viajado.

Eu comecei assim também e hoje estou mais calmo, estou mais concentrado num lugar só. Uma viagem intercontinental é muito cansativa e não há tempo a perder com malas e traslados. Mudanças de cidades e de hotéis, geralmente cansa, irrita e o tempo passa...

Todo mundo tem a sua viagem inesquecível ou ainda está programando uma. Não importa se você está sozinho ou acompanhado, importa é tudo correr bem e o local escolhido realmente corresponder.

Há alguns anos atrás tive a oportunidade de conhecer uma parte do México, mais precisamente a região de Yucatan, onde está Cancun.

Naquela época era necessário um visto do consulado mexicano, que fica Rio de Janeiro, pois a fama do brasileiro é de entrar clandestinamente nos EUA pela fronteira com o México. Tudo bem, dá trabalho, mas a vida de turista é assim mesmo.

A operadora era a maior do Brasil, Soletur, com pacotes pra todo canto com voos fretados e hotéis conveniados. Adquirimos um pacote de 7 noites, Varig e hotel quatro estrelas...o básico.

Fomos em quatro:  as patroas, o Virgulino e eu...época de boas vacas gordas e substanciosas, fomos pro Galeão com chofer e carro importado, uma Variant alemã de cinema.

A sensação de liberdade era tanta que no Boeng 737, fomos convidados pela tripulação a ficar na cozinha com todas as biritas e rangos a disposição...as vezes ser inconveniente rende dividendos...o problema é que álcool não combina com altura e dar retorno em banheiro de avião na hora dos procedimentos de aterrissagem, com pouca pressurização...tudo o que era pra cair, subia e o que era pra subir descia...foi um caos.

Tudo bem, extrapolamos mas chegamos sãos e salvos com uma ótima notícia...fomos passados para um hotel cinco estrelas, um tal de Intercontinental, com praia particular de coqueiros e água da cor mais transparente que eu já tinha visto...piscinas e cascatas, hidros e canteiros com iguanas incríveis e estáticas.

O café da manhã, ou melhor um buffet de tirar o fôlego de qualquer glutão, tinha omeletes e wafles, croissants e frutas, filet mignon e frutos do mar, sucos e vinhos...né brinquedo não...eu ficava pelo menos uma hora e meia tomando café...ou mais...

Cancun é um balneário pra americano, mas descobrimos alguns passeios que considero sensacionais: o primeiro a Ilha de Cozumel, mergulhos e um pôr do sol de deixar o caboclo sem som...depois uma área de proteção ambiental e parque temático “X Caret” onde nadamos com colete flutuante, pé de pato e snorkel, num rio subterrâneo de águas cristalinas, simplesmente maravilhoso e pra completar com chave de ouro, em outra empreitada fomos, para o interior do país, meio deserto com cactos, conhecer um Sitio Arqueológico Maia, incrível, lindo, fora de série ou melhor sensacional: a pirâmide  de Chichén Itzá e seus 365 degraus, escalamos e nos deslumbramos. Me senti um “faraó maia” lá do alto...hoje já não é mais permitido subir (vândalos, pichações, etc.). Chic não?

Bifes de chorizo argentinos, Hard Rock Café, comida mexicana, tacos, Mariachis, tequilas e margueritas... ô vidinha mais ou menos, sô!

No último dia ainda comemos umas lagostas do Caribe com rum e aproveitei pra fumar um havana Monte Cristo...de lamber os beiços. Patrocínio do Virgulino...Mais uma vez obrigado!

Como ninguém é de ferro a volta nos foi oferecido, por mais 200 dólares por cabeça, o setor executivo da aeronave...só deu nós. Oito horas de voo o jeito que eu sempre quis: poltronas largas, espaço pra deitar, atendimento vip, refeições diferenciadas, champangne e outros obséquios sem explicação...de repente o Galeão.

Ô trem bão, sô!!!      



Amilcar sabe vestir...não tem é roupa!!!

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sacadinha do pum