terça-feira, 18 de novembro de 2014

Bar São José





Desde que me entendo por gente e lá se vai um bom tempo, sei que os bares fazem parte da vida das pessoas. Fazem parte das cidades e acredito que não existe cidade sem bar, ou melhor: existe, porém não contem com a minha presença numa metrópole desse gabarito!

Os bares vão surgindo de todo tipo e tamanho. Têm os famosos “pés sujos”, também conhecidos como c@#ú sujo, os botequins que glamourizados viraram botecos, pub’s, cafés, bistrôs e por aí vai.

Esses locais estão ficando tão entranhados na vida das pessoas, sóbrias ou não, que muita gente já passa a maior parte da vida dentro ou fora de um ambiente como esses.

O pé sujo geralmente é frequentado por indivíduos que fazem uso da bebida alcoólica de forma diária, quer dizer: horária. Pela manhã apesar de meio amarrotado, do dia anterior, toma logo uma lisa pra parar com a tremedeira,  raciocinar e refletir melhor.

Alguns usuários desse procedimento chamam o “liquitido” de remédio, pois é a única coisa que concerta o caboclo naquele momento.

Quem frequenta um bar na segunda feira é considerado, pela diretoria (!), um profissional, já que a grande maioria prefere se expor apenas nos fins de semana, quando bebe quantidades pantagruélicas dos derivados da cana, da uva, da cevada e do lúpulo...

O papo não é o bebedor ou o frequentador assíduo desses verdadeiros antros do entretenimento alcoólico e sim os bares botecos e afins.

Nos dias de hoje a proliferação destes estabelecimentos é tão maciça que o cidadão pode escolher aonde ir a cada dia do mês... ou enquanto ainda não estiver “negativado”...

Agora inventaram a “comida de buteco”, que nada mais é do que retirar dos botequins o preconceito e mal olhado da sociedade tradicional, que sempre viu que a perdição começa nesses imóveis para fins destilantes e/ou fermentantes, desde que com graduações “lussaquianas” crescentes.

Nesse interim, a cidade foi crescendo, o numero de botecos também e o de frequentadores mais ainda, tanto é assim que a Praça São José, vem sendo ocupada a partir das quartas com mesinhas em pelo menos quatro locais distintos.

A princípio existia apenas um trailer estacionado que se fixou e o pipoqueiro. Depois outro trailer que também já está se fixando e abrindo filial. Depois mais outro...e mais outro...

Na verdade a praça já virou um grande bar a céu aberto, tem batata, pastel, churros, pipoca, xburguer, pula-pula enquanto seu pai bebe, camelôs, bicicletas, skates e lógico: bebidas e tira-gostos... a ocupação caiu no gosto popular, ninguém proibiu e vem crescendo.

O problema é que tudo deve ser regulamentado e combinado com os soviéticos, principalmente com os dependentes do ruído sonoro em veículos automotores... esses distorcem o que já vem sendo distorcido pela ocupação irregular.

O Bar du Léo em JF, na Praça Armando "Ministrinho" Toschi , no Jardim Glória, utiliza e cuida há anos  daquele logradouro. Aqui poderia ser feito o mesmo. Os beneficiários desse espaço democrático (?), dariam uma contrapartida na manutenção e remuneração dos funcionários que tentam recompor e limpar a praça, suas calçadas, seus canteiros e suas benfeitorias, praticamente todos os dias da semana. Pelo menos pra compensar o restinho da população...

Bar São José, seu ponto de encontro no coração da cidade.  Beba com educação e sem usucapião. Respeite o cidadão, o cristão e a locação sem remuneração.

Afinal o imóvel não é particular e nem privado, é do Santo. É do São José!!!

Amém!


Amilcar é a favor da praça.

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sacadinha do pum