segunda-feira, 23 de maio de 2016

Cultura Inútil



Eu sou do tempo que pra ingressar na faculdade tinha que passar no vestibular. Pra fazer o tal vestibular o estudante era direcionado pro’s cursinhos pré vestibular. Nesses cursinhos tudo que poderia ser perguntado no esquema de múltipla escolha era lecionado de forma compactada e veloz. Os professores tinham que ser artistas e criativos pra manter a classe ligada na matéria.

Acho que foi nessa época que surgiu a expressão “Cultura Inútil” ou: pra que aprender biologia, química e história da Grécia se vou tentar engenharia? Ou pra que tanta matemática e geografia se meu vestibular é pra medicina?

Voltando aos dias de hoje, dias de mudança, dias que podem tirar esse país da trajetória das trevas em que o governo lullopetista enfiou o Brasil. Pensei comigo mesmo: Nessa hora quem tem um pouco de discernimento vai dar mais um voto de confiança pro’s políticos que agora estão no poder...

Claro que o que todo mundo quer é um presidente correto, honesto e eleito diretamente pelo povo. Todo mundo quer um governo que faça a coisa certa. Todo mundo quer uma economia funcionando  e o país crescendo!

Os problemas são vários e escabrosos. São escândalos, corrupção pantagruélica, desvios de arrecadação em escala de ano-luz e aparelhamento da máquina pública em mais do que o dobro da necessidade de pessoal.

Dá pra arrumar a casa em menos de um ano? Vai ter vaga nas cadeias pra essa cambada insaciável toda?

Acho que é praticamente impossível.

Quem tá chegando agora vai dar uma olhada e sentir: O barco está desgovernado. Está a deriva... Não sabe o que arrecada... Não tem como taxar mais nada, nada, nada... Tá lotado de sanguessugas... Devendo até a calcinha (com a ex) e a cueca (com o atual)... Pindaiba Saturada!!!

A solução que todo mundo sabe e repete é: cortar gastos e reduzir despesas já. De imediato, doa a quem doer. A máquina federal tem de parar de gastar. Água, luz, telefone, jatinhos, diárias, carros com motoristas, mil assessores, papel higiênico, cafezinho, gráfica do senado, publicidade, etc. Ou vai ou racha!

Todo mundo vem pedindo a redução dos ministérios e a primeira tentativa meio que ilusória foi feita. De quarenta pra 22 ministérios. Só que até agora, sem demissão e a gastança pra manter a galera continua igual, quer dizer: nada!

Pra reduzir esses ministérios, optou-se por fusões e numa dessas fusões, de educação com cultura, onde no orçamento só perde pra saúde é que se criou o maior estardalhaço. O pior: estardalhaço oriundo de pessoas consideradas cultas e educadas. Pessoas que  pressupomos sabedoras do estado terminal que se encontra o país. Do estágio avançado de putrefação da coisa pública. Do populismo tipo Venezuela...

Estou estarrecido e p$%#u*to de ouvir artistas famosos como aquele que tem imóvel na beira do Sena e por lá se purifica a cada seis meses. Da diva do teatro do Brasil que sem a Globo não seria tão diva assim. De alguns ricos baianos que possuem posses em NYC e moram de frente pro mar de Ipanema... soltarem seus argumentos “artísticos e culturais” indignados com a fusão dos ministérios, como se fosse a coisa mais importante e urgentíssima nesse momento de construção como se fosse o último!!!

Incentivando a baderna, os baderneiros e outros cultos. Tem que ter alguma coisa muito culta ou oculta por trás desses caboclos!

Imaginem a musa do Arnaldo Jabor, que já foi Gabriela e Dona Flor... Moradora de mais de 20 anos nos EUA, mostrando uma plaquinha  em outra língua defendendo o legado das necessidades fisiológicas que esses 13 anos de escuridão soviética foi deixado pro brasileiro.

Alguém me soprou que só nesse filme de Cannes, o Minc desembolsou mais de 3 milhões...

Só existe uma explicação plausível pra essa classe tão intelecta, rica, educada e muito acima de nós pobres insanos e “blasfêmicos”: A gente somos cultura  inútil!!!



Nota Final: pelo que ando lendo, os artistas mais pobres não pensam como os mais abastados ou o Minc atende quem não precisa!

Um comentário:

sacadinha do pum