sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O Aniversário do Kakay



Lisboa, capital de Portugal, de onde saíram as naus e caravelas capitaneadas por Pedro Alvares Cabral para descobrir o Brasil, virou o point preferido dos advogados e outros ricaços brasileiros pra se esbaldarem com os prazeres da “terrinha”.

Tive a oportunidade de estar em Lisboa em 3 ocasiões, principalmente a lazer, mas também para aprender e estudar no LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), onde existe uma réplica do Rio Tejo em maquete, da nascente a foz, com todos os detalhes do rio mais famoso de Portugal.

Porta de entrada para a Europa, Lisboa é uma cidade linda e segura. Sua origem ocorreu no século VIII A.C. Além do bacalhau, dos vinhos e do fado a moeda é o euro.

Recentemente uma festança patrocinada pelo advogado das estrelas cadentes da lava jato e outros endinheirados, Antônio Carlos de Almeida Castro, vulgo Kakay, foi realizada nos salões do Palácio Xabregas, em Lisboa, espaço suntuoso alugado pelo criminalista, para celebrar seus 60 anos em terras portuguesas.

Pra quem não sabe o Dr. Kakay é advogado de várias figurinhas carimbadas da banda podre da política nacional, dentre elas destacam-se: Joesley e Wesley Batista, Roseana Sarney e seu adorável marido Murad (aquele que achou muito dinheiro dentro do cofre), José Sarney, Romero Jucá, Edison Lobão, Ciro Nogueira, ainda dá uns pitacos na defesa de Aécio Neves e de Alberto Yousself.

Pelo nível da clientela imagine o valor dos honorários desse caboclo e de onde vem esse dinheiro que jorra na conta do impoluto defensor da justiça e do direito???

Voltando ao papo da festa de aniversário, Kakay quando fez 50 anos, (agora o rega-bofe que durou mais de uma semana de comemorações é de 60 anos), comemorou no Brasil e pode convidar clientes, amigos, juízes, políticos e empresários (leia-se empreiteiros).

Justificou, ao fazer a comemoração em Lisboa, que no Brasil o povo não entenderia uma festa com convidados do STF, do PT, do PMDB, do MPF, de empresários envolvidos nos esquemas do mensalão, do petrolão e do tráfico de tudo que rola por baixo dos panos.

- Meu relacionamento é com essas pessoas, sô!

Estiveram por lá algumas figuras do naipe de Alberto Toron, um dos mais requisitados na área de crimes financeiros, que tem o senador Aécio Neves na Lava Jato; Marcelo Leonardo, defensor do publicitário Marcos Valério no mensalão; e Roberto Podval, um dos advogados do ex-ministro José Dirceu.

O Poder Judiciário estava representado por duas juízas federais: Fátima Costa, recém-aposentada da 10ª Vara Federal do DF, onde correm processos contra o ex-presidente Lula; e Candice Galvão Jobim, atualmente na corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.

Filha de Ilmar Galvão, ex-ministro do STF, Candice é casada com Alexandre Jobim, herdeiro de Nelson Jobim, ex-ministro do Justiça. O casal dividiu mesa com Monica Oliveira, mulher do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

“Nosso país hoje não permite comemorações. Muitos clientes estão presos, é difícil separar o pessoal do profissional”, lamentava Podval.

Roberto Podval, acha natural ter colegas de outras áreas do direito em eventos sociais como o de Kakay, já que no seu casamento, realizado na ilha de Capri, na Itália, contou com a presença do ministro do STF Dias Toffoli.

Conforme noticiado na imprensa, esses advogados cruzaram com duas figuras conhecidas que viajaram no mesmo voo pra Lisboa: Rodrigo Janot e Gilmar Mendes. Logicamente em primeira classe já que ninguém é de ferro, né mesmo?

O cardápio também foi do mais alto nível que o dinheiro pode proporcionar, ainda mais sabendo que se conseguir soltar Joesley e Wesley vai receber a simples quantia de R$100 milhões de reais: No primeiro dia bacalhau na brasa regado a vinhos portugueses do Douro e do Minho, ao som de Carminho, a cantora de fado mais famosa de Portugal. Cachê de R$75.000,00.

No dia seguinte, o almoço, pelos arredores de Lisboa, em alguma quinta de vinhos, onde o menu principal foi a base de frutos do mar: camarões e lagostas e etc.

Nisso você que andava meio sumido do circuito, talvez perdido no Rossio, vagueando pela Rua Augusta até a Praça do Comércio, vira de frente pro Elevador Santa Justa e pergunta: - Mas quem vai pagar essa conta?



Resumo: fazer 60 anos qualquer um faz, fazer bonito é que são elas...

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sacadinha do pum