quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

“A culpa é da estrela”



            Nossa presidenta se apresenta sempre muito indignada e atira pra todo lado... Como chegou a esse ponto?
Vamos voltar no tempo... (eu disse voltar, não disse votar), há mais ou menos 25 anos atrás...

O partido dos trabalhadores formado em sua essência por intelectuais de esquerda, ou seja, a elite acadêmica das universidades e a maioria da elite cultural chegaram ao poder, pregando uma música maravilhosa aos ouvidos da grande maioria do povo brasileiro: Justiça, Responsabilidade com a Coisa Pública e Ética!!!

Sua bandeira não era a foice e o martelo, por que pregavam na ditadura que comunista comia criancinha, mas uma estrela branca solitária num fundo vermelho. As cores são idênticas as da antiga URSS antes da Perestróica.

O caboclo que mais representava os anseios dessa nata do pensamento utópico do éden era o Lulla. Figura com menos de 3% dos atributos acadêmicos e culturais de seus criadores e mentores, porém carismático, saído do ninho do sindicalismo grevista e outros coçadores de saco da grande São Paulo.

O grito de guerra dos militantes logo começou a ecoar por todo o canto: Calote na dívida externa, fora com a americanização do país e melhoria na distribuição de renda.

As “elite”, como diria o grande falastrão, palestrante brincalhão e ex-tadista de São Bernardo, eram os ricos, os empresários, os banqueiros, os políticos corruptos e a maioria das pessoas que tentavam produzir alguma coisa nesse país.

O falecido Renato Russo da Legião Urbana, banda de rock surgida nos anos 80 em Brasília, embarcou nessa canoa e criou o hit “Que pais é esse?”.

Mais ou menos na mesma época outro grupo de Brasília, Os Paralamas do Sucesso, criou a música “Luiz Inácio” ou “300 picaretas”, com referência a maioria dos parlamentares, sendo que nessa fornada o próprio Lulla era deputado federal!!!

Pois bem, a estrela enfim chegou ao poder. Lulla eleito presidente do Brasil e com isso começou uma nova era: a era da estrela!

Dona Marisa Letícia, ex-primeira dama, plantou uma enorme estrela nos jardins do Palácio do Planalto... Que lindo gesto! Afinal o poder estava nas mãos dos não elite!

Só que o poder é o ópio dos homens ou cavalo de cocheira também come capim!!!

Nem bem iniciou seu mandato e tudo que foi falado virou de cabeça pra baixo. De cara as alianças politicas incluíram Sarney, Bandalho, Renan, Ciro, Newtão, Paulo Maluf e tantos outros homens honrados como nunca existiram nesse Brasil!

Banqueiros e empreiteiros viraram amigos do peito com circulação liberada nos palácios e explanada dos mais de 40 ministérios. Marqueteiros ditavam a moda.

Alianças com o Stedille com direito a status de ministro e verbas milionárias para as ONG’s do povo.

Distribuição da poupança nacional em forma de bolsa família sem nenhum critério da contrapartida...

Aumento incontrolável da tributação!

Aparelhamento da maquina pública como se nunca viu na nossa galáxia repleta de estrelas... Como diria o Raul Seixas,: “É muita estrela  pra pouca constelação!”.

E de repente o MESALÃO e logo a seguir a operação LAVA-JATO!

Nessas alturas da distribuição de cargos e benesses com o dinheiro do contribuinte, a estrela que brilhava reluzente e subiu igual foguete, agora despenca suja de petróleo e lama de rejeito igual martelo sem cabo, já que a foice foi fondo, foi fondo ate que... foi-se.

Pobre estrela branca solitária...

Na verdade esse ilusionismo ou hipnose coletiva, sempre existiu e continuará existindo. A maioria do povo é crente ou carente de promessas e uma que tem uma estrela solitária brilhando no céu anil leva todo mundo para a pátria que caiu!!!



Amilcar não é astrônomo!

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sacadinha do pum