sexta-feira, 28 de setembro de 2012

sou candidato...



Candidato a Vereador


Tenho notado coisas interessantes nessas últimas eleições. Situações inusitadas e declarações que vão de desagradáveis a verdadeiros achados filosóficos:
Pra começar vejo que a grande maioria dos candidatos considerados ficha suja estão fazendo de tudo pra se tornarem fichas limpas e os candidatos considerados fichas limpas, até que se provem o contrário, no fundo no fundo, pensam mesmo é como vai ser bom poder contar com mais uns trocados e trocas de favores...
Existem coincidências também como no caso de duas candidatas a vereança, concorrendo do mesmo lado e com a mesma roupa, acho que as opiniões é que divergem... não muito...
Na verdade essa vontade incontrolável que dá nas pessoas, sejam elas fichinhas, limpas ou imundas, peladas ou vestidas, vindas lá do Éden, do paraíso, tem explicação e existem desde os primórdios.
O pecado original originou-se através do cargo a alguma coisa com poder e remunerado (logicamente).
Tudo começou quando Deus disse pra Eva (não confundir com a Eva Peron) = “FILHA, AQUI NA PREFEIT... DIGO, NO ÉDEN PODE TUDO, SÓ NÃO PODE CATAR CARGO!” (naqueles tempos isso dava em árvores... com o desmatamento e a nova lei florestal...). Palavras do Senhor!
Porém, o pecado foi cometido. A Eva catou um cargo, o poder subiu-lhe no cabeção e o mundo virou essa bola de neve e caixa dois que ninguém sabe aonde vai parar!!!
Tem hora que dá vontade de pedir: Pare esse planeta que eu quero descer!!!
Os nomes dos candidatos são outras fontes de inspiração para quem vai votar e de antemão saber o “pograma” de governo dos futuros fabricantes de títulos de “cidadão honorário” e inventadores de nomes de logradouros públicos.
Alguns nomes de candidatos são verdadeiros decretos de que estamos num país sério, como diria De Gaulle: Mané Zoando – vou zoar direto! Jesus – voltei pra salvar a cidade! Lula – vamos começar tudo de novo! Maria da Subida – Fora com os médicos!!! Elefante – vou botar a boca na tromba! Dilma – vou proibir vestido igual! Ribeirão do Córrego – vou canalizar o esgoto e todos os recursos que forem para o ralo!
Nas cidades menores há um certo exagero de candidatos, chega a parecer que todo mundo é candidato...
Em alguns casos o candidato conta com o voto do outro candidato, pois em sã consciência ele chega à conclusão que, analisando friamente, votar em si mesmo é muito arriscado.
“Será que se eu for eleito vai dar pra fazer tudo que prometi? Tenho que arrumar emprego bem remunerado pra pelo menos umas 20 pessoas. Tenho que arrumar casa pra pelo menos 40 pessoas. Tenho que dar uma geladeira, um fogão, um microondas, uma cama, uns 5 guarda-roupas, 500 sacos de cimento, 30 caminhões de brita 1, 20 de pedra marroada e padrão de energia pra mais uns quinze?”
Nessas alturas da legislatura cumé que fica a cidade cumpadi???
Na próxima eleição eu também me candidatarei e vou fazer o que tem que ser feito, ou melhor, minha plataforma vai se basear na verdade. A verdade que ocorre depois que o caboclinho tá eleito: Não vou fazer nada pra ninguém, nem pra cidade! Vou encaixar minha família toda nesse negócio (vou diminuir o desemprego), vou homenagear meus parentes, vou prestigiar meus amigos, não vou comparecer as reuniões normais, somente nas extraordinárias remuneradas, vou a Belo Horizonte, Brasília, Rio e São Paulo, com todas as despesas pagas e diárias, vou ficar do lado de quem tiver mandando e mais algumas bobagenzinhas que me falha a memória agora no momento...
Portanto senhores eleitores de vereadores e outros, pense bem: existe necessidade de tantos vereadores? Ou seria de candidatos?



Amilcar nunca esteve no Éden!

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sacadinha do pum