Boca-Aberta
A
maioria das pessoas crê que o mal do século é o stress, outros têm certeza de
que é o PT (século passado e presente), porém quem anda fazendo a diferença são
os “boca-aberta”.
Pra quem não sabe os “boca-aberta”
são seres humanos assim como você, como a Presidente Dilma e o mais novo
“poste”, o Haddad, novo prefeito de São Paulo.
Por falar em São Paulo um estudo
mostra que é grande a concentração de “boca aberta” na terra da garoa...
Quem nunca cruzou com um boca
aberta na fila do banco...daqueles que comem mosca (e outros insetos) na hora
da senha? – Já deu a minha vez???
Na fórmula um o Massa é e o
Rubinho também, com a diferença que os dois, apesar da lentidão, da vagareza e
barbeiragens, ganham fortunas pra chegarem atrás.
Os boca-aberta são irritantes
pois não se dão conta que existem mais pessoas no planeta, mais pessoas no trânsito,
mais pessoas olhando, mais pessoas com vontade de usar o banheiro ou pessoas
conversando.
Quem nunca foi totalmente
interrompido em uma conversa, onde você está completando um assunto, vendendo o
seu produto e como por encanto um boca-aberta pede até desculpas: -
Desculpe interromper, mas pode me informar as horas? Onde fica a rua tal? Tem
fogo?
Uma das coisas que mais me
aborrece é quando estou a observar ou contemplar alguma coisa e sem mais nem
menos entra um objeto no meio de seu campo de visão. O sujeito pára e começa a olhar
na mesma direção que você...só que imediatamente na sua frente e de
boca-aberta!!!
Eu sou favorável a criação de
mais um imposto. O imposto do
boca-aberta. Todo elemento que possuir essas características, quer dizer,
de retardar uma ação, de inibir um diálogo, de interferir em local além da sua
própria jurisdição, de obstruir a visão, de bloquear seu caminho ou abrir a boca pra puxar conversa com o
motorista do ônibus lotado na hora do
rush, deverá arcar com a despesa anual de mais R$ 500,00 e 10 pontos na
carteira...
Não tem explicação que naquela
foto, daquele ângulo, aquele cabeção com caspa, praticamente ocupou toda a
paisagem.
Alguém já me disse que eu sou
o problema e por isso não dou carona. Tudo bem, sinto que tenho os nervos a
flor da pele com pessoas sem rumo, que ficam “zorongando” por esse Brasil e outros países latinos desse mundão
de doido. Mas o que ocorre é que você
quer ajudar, quer agradar e de cara tem desligar o som do Le Orme ou do Banco,
porque o cara desanda a falar, a indagar, a comentar tudo que dá na sua
telha...
Que ano é esse carro? Precisa
colocar o cinto? Dá pra levar mais aqueles três? Meu pé tá um pouquim sujo de
bosta de boi pois eu tava no curral...Que som é esse? Eu gosto é de musica
baiana, axé music e de sertanejo universitário...Cê tem aí algum disco da Banda
Adão e Eva, Ivete Sengalo???
E na sua frente dois ou três
motoristas domingueiros de boca aberta agarrados
atrás de um caminhão bi trem, a 50 km/hora, dando seta pra cortar e quando
percebem já não vai dar...
O pior é que ainda pode
acontecer de cada um pedir pra descer num determinado local...Aonde
cê vai? Cê volta hoje?
Depois que todos descem resta
apenas: tapete sujo, vidro aberto e o silêncio total das musicas que não pude
escutar...
É melhor fechar a boca pra não
falar asneiras!!!
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