sexta-feira, 30 de julho de 2010

A festa no céu

Outro dia aconteceu uma festa no Céu!
Muita gente boa foi convidada, gente muito boa..., desmaiada...(como diria o Sr. Torto)... porém, a grande maioria dos convidados teria de ir por seus próprios meios.
Os indivíduos alados como os urubus, águias, corvos, abutres, condores, pterodátilos, pombos, pardais e outros flutuantes além das aves de rapina, não tiveram nenhum problema pra chegar no local combinado: Rua das Galáxias, numero ∞, bairro Nebulosa, Céu, Universo Atual.
Outros tiveram dificuldades, pois com a quebradeira da aviação civil e os altos preços cobrados pela NASA, basicamente foram de carona com os portadores de sistema de vôo independente ou de sucata espacial soviética.
Alguns, apesar de convidados, preferiram ficar aqui na Terra mesmo, só que a todo o momento ligavam a Internet pra saber novidades a respeito da mais famosa festa já realizada dentro do sistema intergaláctico. Logicamente que o POLIVERSO deverá ter outras raves ou luais, só que no nosso universo é a festa do ano-luz, uai!
Eu fiquei sabendo que um sujeito que não foi convidado, ou foi convidado a contra-gosto pelos organizadores do evento (os querubins, os politiquins, a que saiu da roça mas a roça não saiu dela, os puxasaquins e os ascones), escondeu-se dentro da sigla do partido, ou melhor, dentro do instrumento musical (que toca conforme a música), daquele urubuzão do contra baixo (baixo acústico) e ali ficou até entrar na tão sonhada festa.
Lá chegando logo se enturmou, como se tudo o que tinha dito até o momento fosse mentirinha, suas idéias agora estavam praticamente idênticas às daqueles seus “novos” e inseparáveis amigos.
A festa tinha de tudo, pessoas importantes, gente mais importante do que árvore, prefeito de várias obras, prefeito de duas obras, prefeito de obra nenhuma, plantadores de florzinhas e cortadores de árvores adultas, pessoa séria que já pediu demissão, pessoa que pediu e continuou, etc.
E como toda festa, no inicio tudo era festa, todos se entendendo muito bem, alegria o tempo todo, poses pro´s retratos, entrevistas pro jornal da situação, que dizem a boca miúda, vai mudar de nome, entrevistas na rádio que saiu do ar porque antes da festa era do contra, muito circo e pouco pão...
Nisso apareceu um sujeito que queria aparecer mais que o dono da festa, sempre tem um sujeito assim, diga-se de passagem, que queria além de mandar e desmandar, comprar e vender, fazer obras que deveriam ser de frente pra traz, de traz pra frente, dar palpite na organização da festa como se aquela festa fosse só a do venha a nós. E o vosso reino? Exclamou alguém que começava a desconfiar que aquela festa não iria acabar bem!
Quero ir embora agora. Não sei voar, mas pode me jogar na pedra! Disse irado um dos convidados.
Não, deixa disso! Disseram em coro a turma do deixa-disso.
Acalmado os ânimos a festa continuou rolando, ou melhor, toras empilhando e logo depois aquele mesmo irado pediu: - Agora eu vou, me joga na pedra!
- Espere, não me deixe só! Exclamou o dono da festa. Os outros já não se manifestaram.
Mais uma vez acalmado os ânimos, a festa já ia pra metade do tempo previsto e o bi irado mais uma vez gritou: - Agora é pra valer, quero sair, me joguem na pedra!
Dessa vez ninguém moveu uma palha, ninguém disse um nada e o cara meio que sem graça falou: - Já que ninguém quer me jogar na pedra eu vou ficar aqui no cantinho esperando uma carona pra sair...
E foi ficando...



Amílcar não toma red bull!

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sacadinha do pum