sexta-feira, 2 de julho de 2010

Surgiu um clima...

Antigamente quando se falava em clima era pra dizer do tempo. Do tempo em relação às chuvas, ao frio, as mudanças bruscas de temperatura, etc.
Hoje em dia quando se fala em clima várias interpretações estão implícitas na palavra ou na frase e é necessário que o ouvinte esteja atento pra interpretar qual a conotação exata.
A princípio você pode imaginar que é por causa do frio que baixou de repente no hemisfério sul.
Depois pode ser que a conversa tá tomando um rumo indesejado, que o clima do papo esquentou ou é outro.
Por outro lado, surgiu um clima pode ser que você e alguém qualquer ao se depararem num cruzamento ou se esbarrarem por aí, na verdade sentiram que existe alguma coisa em comum entre ambos...que surgiu um clima?!?!
Você que nunca acreditou muito nas previsões do clima ou não é formado em meteorologia (não confundir), não pode se dar ao luxo de adivinhar que o clima do dia tal vai ser um clima ameno.
O clima surgiu no momento em que não existia mais como falar das coisas sem citar o clima, ou melhor: ficou sem clima!
As mudanças climáticas são como o temperamento humano, principalmente do sexo feminino.
A mulher é o próprio clima. Ela cria clima, muda de clima em questão de segundos, climatiza muito quando deveria deixar o clima rolar, esquenta o clima tem hora e é sempre de acordo com o clima ou não...
Na verdade a gente fica sob as regras do clima quando está sob pressão,fora de orbita, sem tempo, etc.
Quando você fala em tempo é só reparar como as mulheres nunca tem tempo depois do casamento, porém sempre encontram tempo pra manicure, pra’s compras, pra novela, até pro culto.
Algumas mulheres mais complicadas ou ocupadíssimas nem trepam nem saem do clima...
Nesse ponto as solteiras são mais solícitas, não sei se é a concorrência desleal (além do fato do numero de mulheres ser maior, já que o numero de homens vem diminuindo ano a ano devido à expansão gay...), ou se é a velha história do casamento a qualquer clima...
No fundo, no fundo tem clima pra tudo!
Chega de verão, outono, primavera e inverno! Isso é coisa de europeu. Tá na hora de criarmos nossas próprias estações, assim como as extintas da Leopoldina e da RFFSA. No Brasil deveríamos ter pelo menos 8 estações que poderiam se chamar: calorão, chuvão, seca, friagem, ventania, ounada (outono ou nada), invernico e primalúcia (pode ser qualquer prima)...
Ninguém fala: Tá um verão, né? Todo mundo fala: Tá um calorão, né?
Na verdade o que vem acontecendo com o clima é fruto dos maus tratos do homem para com o planeta.
Estamos vendo na TV um vazamento de petróleo, há mais de 2 meses, no Golfo do México, no Caribe e a coisa não para. Enquanto isso no interior do nordeste brasileiro cidades alagadas e a música “Sobradinho”, ótima por sinal, de Sá, Rodrix e Guarabira, composta há mais de trinta anos, já previa em seus versos que:

O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Vai virar mar vai virar sertão...

Nessas alturas da vida, analisando por esse ângulo, chego à conclusão que entre o Serra e a Dilma fico com a Marina. Pelo menos sei que ela vai cuidar bem do planeta e não só ficar criando clima!

 
Amilcar está no clima!

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