segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Mala

O Mala











Todo “mala” tem um pouco de caspa e leva consigo um pente e um lenço de pano. Faz parte da indumentária do elemento, inclusive contam que um desses indivíduos sempre carrega enroscado, no seu pente “carioca”, um pedaço de fio dental pra poder reutiliza-lo após as refeições. Existem pessoas assim denominadas em todos os níveis sociais, em todas as classes e credos, alguns são malas de nascença outros se tornam sem alça durante o passar dos tempos.


O mala aparece em situações mais inusitadas possíveis e pode causar grandes constrangimentos tais como: um garçom que insiste em te perguntar pela “patroa” quando na verdade você está com ela e ele acha que a outra do outro dia era a que era, já que à distância entre você e sua esposa era de segurança, era de mantenha a distância...


Tem também aquele caixa do banco que te vê lá no fundo da fila e falando alto começa uma conversa: - Num deu pra segurar aquele cheque da sua ex-mulher e sua conta tá no vermelho há mais de uma semana...


O cara vê o elevador lotado com a porta quase fechando e mesmo assim mete o dedo no “butão”...


Outro quer conversar mesmo vendo que você está ao telefone, simultaneamente, como se o sujeito fosse estereofônico!


Os malas aparecem de tudo quanto é canto. De repente alguém pisa no seu pé, te entorna caldo de tira gosto na roupa, sopra fumaça dentro do seu espaço aéreo, passa de moto na faixa de pedestre na hora do rush, te acorda pra perguntar se você está dormindo justamente quando você sonhava com a Nicole Kidman, etc.


O pior mala é aquele que sabe do seu potencial malafético e tenta disfarçar fazendo as coisas parecerem normais, aí é que mora o perigo!


Saia de perto, mude de emprego ou peça licença sem vencimento, tire um atestado ou simplesmente desapareça, pois quando você identifica um mala tá arriscado ter que “carrega-lo” por muitos e muitos anos...


Dizem que o primeiro mala humano apareceu na Era Malaquiana (antes da queda do Cometa Maley), onde hoje é o continente africano, e, que após anos de estudos do arqueólogo e malanotrista, professor Bário Maleta, numa de suas escavações, descobriu um crânio intacto dentro de um recipiente com formato de mala.


De lá pra cá as coisas evoluíram, foram crescendo, as espécies se adaptando e os malas também se transformaram e se espalharam pelo planeta como uma epidemia, uma peste, tipo uma malária.


O presidente dos EUA, George W. Bush é mala, basta você inverter o “W” do nome dele que vai criar um “M” de Mala. É coisa do FBI pra despistar o Osamala bin Laden.


O Galvão Bueno de tanto viajar, cada dia num lugar, cada hora num país, sem entender nada de futebol, nada F-1 e pé frio no vôlei, virou mala de tanto arrumar a mala...


Você não precisa ser de Rio Novo pra ser mala, se sentir um mala. Com o seu salário diminuindo, seu mês crescendo, seu saldo ruborizado e sua geladeira vazia: você é um grande e incorrigível MALAbarista...










Amilcar despacha a bagagem!

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sacadinha do pum