Assim como no futebol tem o reserva, na presidência tem o vice, no teatro o substituto e na casa de alguns tem o Ricardão, no Senado Federal tem: O Suplente!
Suplente vem de suplementar ou de suplemento?
Na verdade existe é uma grande mentira e o eleitor faz parte dessa trágica comédia da democracia sub equatoriana, desse imenso e adormecido país em berço esplêndido.
Conforme a lei eleitoral brasileira, todo senador ao se candidatar deve registrar suas pretensões acompanhadas de dois lindos e desconhecidos suplentes.
Essas figuras, criaturas surgidas da mais inventiva criatividade humana, têm o poder de ressuscitar pessoas muito mais mortas do que Lázaro, pessoas com a ficha criminal de nível elevadíssimo, nível de penitenciaria de segurança máxima sem celular e quebrando pedra.
Alguns têm direitos políticos cassados, outros com dezenas de processos por abuso de poder ou desvio de recursos públicos; indiciados em processos criminais, emissão de dinheiro para paraísos fiscais escondido da receita federal, tráfico de influência nas barbas do poder, formação de quadrilha do colarinho branco sujo, triplicidade de CPF e passaporte, proprietário de empresa fantasma que dá até medo, além do vampirismo sobre o erário e sobre a poupança suada do povo trabalhador.
Esses suplentes que nós votamos sem saber da existência, da procedência e da antecedência do indivíduo, podem ser quaisquer um desde que façam parte do esquema, ou melhor sejam filiados em algum partido.
O cara pode ser boa pinta, boa bisca, boa praça, boa gente, boca boa, ter mulher boa e de boa família. Ele só não pode é ser de outro planeta, pois nossa legislação não permite que cidadãos espaciais, que dizer, seres extraterrestres, venham de outra galáxia ocupar um posto de trabalho nesse momento tão difícil que passa o circo brasileiro sem picadeiro.
Todo suplente deve saber soletrar as palavras: sim, não, o meu e meio-a-meio. Deve saber apertar o botão do painel de votação ou seria o pinéu que deu pane justamente na hora do aumento do seu salário?
O primeiro suplente de que se tem notícia surgiu por acaso quando o titular sumiu misteriosamente na hora de mandar o primeiro homem pro espaço. Era o macaco e desde os primórdios até hoje em dia, o homem repete o que ele fazia.
O suplente do Suplicy poderia ser o Supla?
Eu particularmente acho que todo mundo deveria ter um suplente, nem que fosse só pra fazer raiva em alguém. Talvez pra te substituir na hora de trocar um pneu estraçalhado pelos buracos da BR-267. Ou fazer aquele exame de próstata colocando o dele na reta. Levar sua sogra pra fazer compras no supermercado. Ir na reunião do condomínio, etc.
A grande chance de um suplente surge quando o titular por algum motivo deixa de exercer o mandato ou some misteriosamente ou é convidado a se retirar por falta de decoro, quer dizer: vergonha na cara...
Portanto seja você também um suplente. Procure um candidato bom de voto e ruim de saúde. Suplante os obstáculos suprimindo etapas e beijos. O Brasil precisa urgente de um suplente para suplantar a crise e você pode ser ele!
Amilcar tem um CPF!
Nenhum comentário:
Postar um comentário