sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A Prisão

A segurança das cidades brasileiras é atribuição do estado com a Policia Militar, mas o que inibe bastante o iniciante criminal é uma cadeia, um xilindró de segurança máxima e Bicas não foge a regra, construiu a sua. Só que a nossa cadeia pública, a nossa PSM ficou conhecida como: Presidio de Segurança Mínima!



As semelhanças, da nossa PSM, com as prisões de segurança máxima do Brasil são muito grandes pois tudo que acontece nesses recintos de detentos como Bangú I, se repete em escala proporcional na nossa prisão.



Não é que tem gente falando de celular lá de dentro da nossa cadeia, o preso daqui usa o orelhão do bairro que fica ali pertinho e o condenado pode ligar a cobrar pra todo o território nacional.



Esse meio de comunicação que foi inaugurado no governo passado, com discurso inflamado, onde se situa o Saracura 1/2, é muito mais difícil de ser rastreado e pelo que sei orelhão grampeado  é brinco ou é piercing!



As paredes do nosso calabouço são de tijolos furados assentados em “meia vez” com massa fraca, daí o nome Saracura 1/2, pois nossos bandidos são de meia tigela, ladrões de galinha ou criminosos do colarinho sujo, tambem conhecidos como sem colarinho...



Dizem que com a parede frágil o preso não fica insistindo em fazer buraco no chão, fazer túnel, o que demandaria um custo muito maior de recuperação após a fuga do bandido, inclusive podendo estourar algum encanamento, quer dizer quem está em cana é o elemento...



Outro dia transferiram um preso de alta periculosidade para o Saracura 1/2, daqueles que não tem pena dos outros, e sim muita pena a cumprir por crimes hediondos. Foi o máximo: -Nós temos um preso de renome estadual, desses que já apareceram na televisão, algemados e com a blusa na cara pra não ser reconhecido!



O problema é que não avisaram pro delinqüente, o marginal, o facínora, que nossa prisão é como uma prisão de ventre: basta um laxante, quer dizer um guarda num cochilo relaxante e pimba: cadê o danado?



Foi cinematográfico: helicóptero, viaturas, soldados da força tarefa, encapuçados e atiradores de elite, corre-corre, bloqueio de estradas, televisão, rádio, gente se escondendo debaixo da cama, gente que já estava debaixo da cama e o circo estava montado.



Essas semelhanças ou coincidências é que fazem de nossa segura e ordeira cidade parecer cada vez mais com as grandes metrópoles, pois temos rotatória, água tratada faltando, carro que mudou de cheiro, vereador do terceiro escalão, leilões, bingos e jogo do bicho. Outra coisa parecida com as prisões de segurança máxima é a comida que aqui se serve. Por ser de segurança mínima não têm as mínimas condições de higiene, a quantidade é mínima e o sabor é no mínimo diferente: sem sabor!



Mas preso que se preza não deve se prender a essas privações até que se possa provar o contrário!



Quanto ao povo de Bicas não há o que temer de ruim, bala perdida ou perseguições de carro, pois falta munição e o combustível foi racionado; porém é sempre bom tomar alguns pequenos cuidados, algumas precauções e equipar suas casas com o mínimo necessário: dobermans e pit bulls, grades de aço especial, vidros blindados de 45 mm, alarmes, câmeras de circuito fechado, vigias 24 horas, guarda costas, colete a prova de balas e evitar sair de casa toda hora, pois conselho, tramela e caldo de galinha as vezes enche o saco!


Amilcar tem seguro!



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sacadinha do pum